quarta-feira, dezembro 30, 2009

Então tá, 2009...


Não poderia encerrar o ano com um post mais original: uma retrospectiva deste ano. Não sei se lembram, mas eu já comecei 2009 esperando 2010 chegar. E desde então tem sido essa contagem regressiva pelo ano seguinte. Não que eu tenha maiores planos, mas iniciei 2009 com um baita pé esquerdo:doente e quase desempregada. Logo, tratei de apostar todas as fichas em 2010 e espero ter sorte no jogo desta vez.

Com o desemprego confirmado, começa a saga pela procura de uma ocupação. O primeiro semestre foi marcado por bicos, uma viagem cancelada e uma viagem feita. Aliás, no quesito viagem, não posso reclamar. Consegui viajar três vezes: uma pra João Pessoa e duas pra São Paulo (o que pode ser considerado um feito pra quem é pobre e mora no Acre).

No quesito trabalho, passei uma chuva rápida na redação do jornal a Tribuna, que, no fim das contas, me ensinou direitinho a saber onde pisar e me rendeu boas amizades.

O ano só foi começar mesmo depois do meu aniversário, em junho. Foi nessa época que consegui o trabalho na OAB-AC e que me permitiu fazer compras com mais de três parcelas.

A fotografia também ganhou maior dedicação investimento. É algo que gosto, me faz bem e que pode render.

2009 tá acabando e o que vem chegando pode ser muito bom. Depende de nós (ou não).

segunda-feira, dezembro 07, 2009

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Das agruras profissionais


Existem pelo menos três verdades pouco questionáveis para o profissional que atua na área de Assessoria de Imprensa. Se houver uma crise na empresa em que você trabalha ou até mesmo no setor público, a primeira que ‘dança’ é a assessoria. As pessoas nunca entenderão o seu trabalho. Sempre acharão que você não faz nada e que ganha muito para ‘fazer isso’. Você nunca será contratado para ser somente um assessor (a não ser, é claro, que entre para fazer parte de uma equipe. Caso o contrário, você será a EUquipe – créditos ao #2).

Compreendidos estes preceitos, o desafio agora será aceitá-los. Por mais que você esteja ciente disso, é difícil topar com certas situações na prática. É duro lidar com pessoas que acham que, porque você se formou em ComunicaçãoSocialbarraJornalismo, tem predisposição para Fátima Bernardes, sabe elaborar convites, fotografar, diagramar, vender, negociar, desenrolar, articular e mais uma série de verbos no infinitivo.

Não me refiro aqui ao que alguns chamam de ‘jornalista multimídia’. Este eu reconheço o esforço e a necessidade no mercado de trabalho. Profissionais que dominam diversas áreas devem sim se destacar e serem recompensados por isso, mas as chances de serem explorados também aumentam.

É comum ver um profissional executar todo o produto e não receber nada além do que já é combinado. Ao invés disso, poderia ter dividido o serviço com outros, que certamente seriam pagos por fora, e poupado o trabalho gratuito.

Nem por isso ele deve se privar de aprender coisas novas, mas deve ter a malícia de só usar se for reconhecido por isso. E quando falo em reconhecimento, me refiro ao dinheiro que cai na conta no fim do mês. Trabalho reconhecido é trabalho bem pago, porque ninguém contrata um encanador, eletricista, marceneiro e dá um tapinha nas costas e um ‘parabéns’ no final do serviço. Tudo isso é trabalho e deve ser remunerado.

Acredito que o próprio desconhecimento da atividade contribui para esse comportamento. Mesmo quem contrata os serviços de uma assessoria, raramente sabe quais a reais competências do setor e sempre encara a atividade como um serviço muito simples de ser feito. É tudo muito fácil. Tirar uma fotinha ali, escrever um textinho aqui. Qualquer um pode fazer, por isso mesmo não há mais obrigatoriedade do diploma. E com isso os ‘mimimi’ vão aumentando e a gente vai empurrando com a barriga a falta de noção alheia.