segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Diário de Bordo - Parte II (do retorno)


A condição de ‘turista’ por si própria já nos deixa em desvantagem. Tudo é gasto. Tudo é vendido.
Quem se propõe a viajar já vai consciente disso. O que acontece é que às vezes cansa, entende? Cansa.
Então, em um city tour dado como cortesia pela empresa de passeios, um rapaz se apresentou como repórter fotográfico de uma revista de turismo da cidade e disse que naquela tarde nós estávamos “como muita sorte” pois “justamente naquele dia” a revista ia fazer uma matéria sobre os pontos turísticos da cidade.
Ele perguntou quem estaria disposto a ceder a imagem para o material, tirou fotos nossas com placas identificatórias para auxiliar o editor na hora de fechar a matéria e passou a tarde inteira nos fotografando. No fim do passeio, perguntou quem ia ficar com o DVD com as fotos, que custava R$50.
Eu já imaginava que isso custaria alguma coisa e imagino também que essa estratégia deva funcionar bastante, mas não é chato?

O que eu espero mesmo é que o equipamento seja do veículo ou que o rapaz tenha noção da desvalorização da sua câmera com esse click click desmedido.
Tirando essa parte, foi mesmo um prazer conhecer a cidade. A visita ao Forte dos Reis Magos valeu a aula de História in loco. É interessante ver onde tudo começou.
Depois passamos pelo centro da cidade e terminamos a tarde vendo aquele pôr-do-sol laranja. Acho lindo o céu tomado de laranja, mas penso que se unisse com o nosso lilás-fim-de-tarde-na-gameleira ficaria mesmo uma belezura, hein?


O hotel mais antigo de Natal
Meu prédio favorito

Peculiaridades

Ponte Newton Navarro


No Forte
Forte dos Reis Magos


Dimensões

Pôr-do-sol-alaranjado


domingo, fevereiro 17, 2013

Diário de Bordo - O Retorno!





Depois dessas últimas férias, resolvi retomar a série “Diário de bordo”, porque a viagem merece.
É certo que os posts não são mais divertidos, porque, ao que parece, eu aprendi a viajar. Não esqueço mais mala em aeroporto, pessoas malucas deixaram de cruzar o meu caminho e me tornei uma adulta um tanto antipática.
O último destino foi Natal, capital do Rio Grande do Norte (sim, o Nordeste de novo).
Gosto do Nordeste, não vou mentir. A água é quentinha, o povo mais acolhedor e eu ainda não conheci tudo.
Quem me acompanhou nesta aventura foi o marido. E a intenção era aproveitar uma intensa semana de praia, sol, praia, shopping, cinema, compras, diversão e, se desse tempo, descanso.
Ficamos hospedados em um hotel na Praia de Ponta Negra, que é 90% tomada pela rede hoteleira.
A praia é linda. O Morro do Careca é lindo e só. O calçadão da praia, além de estar todo quebrado, não oferece estrutura suficiente ao turista. Não encontrei uma farmácia decente (e olha que eu só queria comprar uma loção pós-sol)
À noite o espaço também deixa a desejar e não há como não compará-lo às cidades vizinhas. Fortaleza, Recife, João Pessoa e até Porto Seguro, que é bem menor, oferecem um ambiente mais completo. Então gastávamos mais e íamos jantar no shopping mais próximo.
No segundo dia de viagem fizemos o famoso passeio de buggy pelo litoral Norte do Estado. Passamos por várias praias e conhecemos algumas, mas, para nosso azar, aquele não era o dia do buggueiro(nem sei se o termo existe, mas é assim que passarei a chamar o motorista do buggy)
O passeio, que costuma ser feito com dois casais, foi apenas conosco, porque o outro casal desistiu de última hora. Não sei se esse era o motivo do mau humor do buggueiro, mas ele não se esforçou muito para disfarçar. Fazia breves paradas nos pontos turísticos, não explicava muito bem, nem se disponibilizava a tirar fotos nossas, já que estávamos só nós. Quando o fez, não se deu nem ao trabalho de sair do veículo (daí vocês imaginam a qualidade do clique).
Vi muitos outros profissionais sendo super atenciosos com os clientes e senti inveja do buggueiro deles.
Depois desse dia a coisa desandou. Parece que todos os potiguares decidiram descontar a raiva na nossa frente.
Era buggueiro brigando com buggueiro, taxista com taxista, a moça do balcão da lanchonete com a colega do trabalho. Enfim, todo mundo muito insatisfeito porque estávamos de férias e eles não.
Deu a impressão que o potiguar carrega bem a herança do cabra arretado do sertão e conta com forte influência do jeitinho brasileiro de ser.
Espero mesmo estar errada, mas essa foi a impressão que ficou. Pessoas carrancudas, de cara fechada e que nem bom dia respondiam.

*Continua...