Dei agora para lembrar de alguns momentos importantes em flashes que surgem na minha cabeça a qualquer hora do dia. Nada é extraordinário nessas lembranças, mas compreendo que estão em mim apenas para provar que tudo vale a pena.
Estou ansiosa para saltar do carro. Chegamos em Angra dos Reis e meu pai tem que descarregar a barraca, a bagagem e minha mãe com a bebê. Eu não agüento esperar a mão dele, tenho que dar um pequeno pulo do banco do carro até o chão. Já salto na areia: “corre papai!” Ele se aproxima correndo, me pega no meio do caminho e paramos num monte de areia para contemplar o pôr-do-sol atrás do mar, no mais belo festival de cores que ainda trago na memória.
Brinco no campo de grama da casa dos meus avós quando minha irmã, muito pequena, começa a chorar porque não pode me acompanhar. “Você tem que cuidar dela, Fabiana. É sua irmã menor!”, diz minha mãe. Volto para pegar na sua mão e trazê-la bem devagar.
Escuto meu pai falando ao telefone com a médica que examinou a mancha removida da minha perna dias antes. Ele desliga e diz que a notícia não é muito boa, entra no quarto e fecha a porta. Fico parada por alguns segundos tentando entender a cena até que decido entrar no quarto. Abro a porta e o encontro ajoelhado orando profundamente.
Meu avô materno datilografava a lista de compras do mês e depois a cantava alto para que os netos dissessem o que faltava: “café, vovô!” “E eu achei que você diria iogurte, chocolate ou qualquer outro doce”. “Mas a lista é sua, oras!”
-- O que vai fazer pro jantar, filha?
-- Berinjela assada coberta com queijo.
-- Não vejo a hora de sua mãe voltar...
Estou ansiosa para saltar do carro. Chegamos em Angra dos Reis e meu pai tem que descarregar a barraca, a bagagem e minha mãe com a bebê. Eu não agüento esperar a mão dele, tenho que dar um pequeno pulo do banco do carro até o chão. Já salto na areia: “corre papai!” Ele se aproxima correndo, me pega no meio do caminho e paramos num monte de areia para contemplar o pôr-do-sol atrás do mar, no mais belo festival de cores que ainda trago na memória.
Brinco no campo de grama da casa dos meus avós quando minha irmã, muito pequena, começa a chorar porque não pode me acompanhar. “Você tem que cuidar dela, Fabiana. É sua irmã menor!”, diz minha mãe. Volto para pegar na sua mão e trazê-la bem devagar.
Escuto meu pai falando ao telefone com a médica que examinou a mancha removida da minha perna dias antes. Ele desliga e diz que a notícia não é muito boa, entra no quarto e fecha a porta. Fico parada por alguns segundos tentando entender a cena até que decido entrar no quarto. Abro a porta e o encontro ajoelhado orando profundamente.
Meu avô materno datilografava a lista de compras do mês e depois a cantava alto para que os netos dissessem o que faltava: “café, vovô!” “E eu achei que você diria iogurte, chocolate ou qualquer outro doce”. “Mas a lista é sua, oras!”
-- O que vai fazer pro jantar, filha?
-- Berinjela assada coberta com queijo.
-- Não vejo a hora de sua mãe voltar...
Um comentário:
E ela finalmene voltou...Lindo texto, Fabi!
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