terça-feira, janeiro 19, 2010

¡Hola! ¿Qué tal?

Para sobreviver, um escritor, mesmo que decadente, precisa de inspiração. É por isso que quando estou sem ideias para textos sugestíveis, falto o trabalho à tarde e durmo.
Não pensem vocês que é coisa de gente folgada e preguiçosa, é pura estratégia.
Meus melhores sonhos acontecem no bendito sono da tarde. Aqueles sonhos mais improváveis, com riquezas de detalhes e bizarrices a rodo.
Hoje, por exemplo, sonhei que meu vizinho e amigo de infância, Júnior, também conhecido como JotaÉrre, me ligava às 14h para irmos à Bolívia fazer umas compras.
Imaginem vocês que eu aceitava a proposta, mesmo correndo o risco do comércio já estar fechado quando chegássemos lá.
No sonho, a viagem durou menos que as 2 horas e meia habituais. Fomos num pulo.
Chegando lá, o cenário era outro. Não havia aquela ponte de Brasiléia ou aquela entrada por Epitaciolância.
De repente era inverno, e a entrada ficava em um morro absurdamente alto, que me lembrou umas boas ladeiras de Cruzeiro do Sul. O tempo também não era o mesmo. Havia neve e usávamos casacos chiqueterésimos.
Para entrar na cidade, a burocraria era parecida. Vocês sabem que quando os patrícios querem encrencar, eles conseguem. Mas nessa minha história, entrar era muito mais difícil.
Meu amigo desceu do carro, numa tremenda nevasca e deu nomes falsos pra gente. Não lembro exatamente quais, mas os nomes eram brasileiros, com sobrenomes russos e ele dizia à moça que éramos italianos, tudo isso falando português. Coerência pura.
Após muita conversa, a moça libera nossa entrada. A moça, a propósito, era Lidiane, vizinha da outra rua. Não sei mesmo porque ela dificultou tanto as coisas. Nos conhece desde crianças.
Depois que entramos na cidade, não lembro mais o que aconteceu. Aliás, eu nunca achei que seria tão difícil comprar muamba em Cobija.

3 comentários:

Emanuele Nogueira disse...

Ainda vou estudar o significado dos sonhos, são sempre absurdos e confusos. Bjuuuuu

Álefe Souza disse...

Gente, que sonho louco! Nem vou te contar os meus. Será que sonhar sempre a mesma coisa tem algum significado? Eu sempre sonho que no quintal da minha casa tem uma praia! Loucura, loucura, loucura!!

Bjs

Kamilla Barcelos disse...

Eu adoro sonhar quando fazemos viagens e mudamos de local em questão de segundos. Seu sonho se parece com os meus, mas os meus não tem tantos detalhes como os seus. Falar portugues, mas afirmando que vcs eram italianos é ótimo! hahahah