Depois dessas últimas férias,
resolvi retomar a série “Diário de bordo”, porque a viagem merece.
É certo que os posts não são mais
divertidos, porque, ao que parece, eu aprendi a viajar. Não esqueço mais mala
em aeroporto, pessoas malucas deixaram de cruzar o meu caminho e me tornei uma
adulta um tanto antipática.
O último destino foi Natal,
capital do Rio Grande do Norte (sim, o Nordeste de novo).
Gosto do Nordeste, não vou
mentir. A água é quentinha, o povo mais acolhedor e eu ainda não conheci tudo.
Quem me acompanhou nesta aventura
foi o marido. E a intenção era aproveitar uma intensa semana de praia, sol,
praia, shopping, cinema, compras, diversão e, se desse tempo, descanso.
Ficamos hospedados em um hotel na
Praia de Ponta Negra, que é 90% tomada pela rede hoteleira.
A praia é linda. O Morro do
Careca é lindo e só. O calçadão da praia, além de estar todo quebrado, não
oferece estrutura suficiente ao turista. Não encontrei uma farmácia decente (e
olha que eu só queria comprar uma loção pós-sol)
À noite o espaço também deixa a
desejar e não há como não compará-lo às cidades vizinhas. Fortaleza, Recife,
João Pessoa e até Porto Seguro, que é bem menor, oferecem um ambiente mais
completo. Então gastávamos mais e íamos jantar no shopping mais próximo.
No segundo dia de viagem fizemos
o famoso passeio de buggy pelo litoral Norte do Estado. Passamos por várias
praias e conhecemos algumas, mas, para nosso azar, aquele não era o dia do
buggueiro(nem sei se o termo existe, mas é assim que passarei a chamar o
motorista do buggy)
O passeio, que costuma ser feito
com dois casais, foi apenas conosco, porque o outro casal desistiu de última
hora. Não sei se esse era o motivo do mau humor do buggueiro, mas ele não se
esforçou muito para disfarçar. Fazia breves paradas nos pontos turísticos, não
explicava muito bem, nem se disponibilizava a tirar fotos nossas, já que
estávamos só nós. Quando o fez, não se deu nem ao trabalho de sair do veículo
(daí vocês imaginam a qualidade do clique).
Vi muitos outros profissionais
sendo super atenciosos com os clientes e senti inveja do buggueiro deles.
Depois desse dia a coisa
desandou. Parece que todos os potiguares decidiram descontar a raiva na nossa
frente.
Era buggueiro brigando com
buggueiro, taxista com taxista, a moça do balcão da lanchonete com a colega do
trabalho. Enfim, todo mundo muito insatisfeito porque estávamos de férias e
eles não.
Deu a impressão que o potiguar
carrega bem a herança do cabra arretado do sertão e conta com forte influência
do jeitinho brasileiro de ser.
Espero mesmo estar errada, mas
essa foi a impressão que ficou. Pessoas carrancudas, de cara fechada e que nem
bom dia respondiam.
*Continua...
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