terça-feira, setembro 24, 2013

Levando a vida a la "Grande Edgar"



Uma coisa é certa: “se algo está ruim, sempre pode piorar”. Eu deveria me lembrar mais disso quando me meto em enrascadas causadas pela minha falta de memória.
Antes ela não me falhava com tanta freqüência, mas hoje não é nada confiável.
Acontece que depois de um tempo, conhecendo e atendendo pessoas diferentes, o tico e o teco já não se entendem muito bem.
É nessa hora que a pessoa chega toda sorridente, me cumprimenta e eu retribuo da mesma maneira, mesmo não lembrando sempre de onde a conheço ou qual nossa relação.
E hoje pelo telefone não foi diferente. Com esse tal WhatsApp da vida as pessoas adicionam a gente sem, necessariamente, nos conhecer...
Nessa, a cliente começou a tratar comigo, marcando um encontro no estúdio. Respondi de pronto, mas só tinha comigo um número desconhecido, uma foto pouco visível e minha simpatia empreendedora.
Não queria dizer que não lembrava da pessoa, pois pelo tom da conversa nós já havíamos tido um contato prévio.
Fechei o compromisso sem ter certeza de quem era, mas já com suspeitas. O problema foi quando eu chequei na agenda e o número da pessoa que eu achava que estava falando era outro.
E agora, quem era?
Nesse momento você apela para as amigas, porque elas também têm que compartilhar os perrengues.
Peço pra uma amiga adicionar o contato no WhatsApp e tentar descobrir o nome da pessoa para que eu pudesse, assim, dormir sossegada.
E quando achávamos que o plano seria perfeito, eis que ela responde
“Oi, querida, que saudade!”
Aí desabou tudo.
O contato agora confundira minha amiga e arrematara com
“Hoje mesmo pensei em você”
Agora éramos duas perdidas e uma identidade desconhecida.
Ríamos sem parar e eu só conseguia lembrar do “Grande Edgar” – uma das minhas crônicas preferidas do Luis Fernando Verissimo.
No fim das contas confirmei minha suspeita e minha amiga, que havia sido confundida com a dentista da moça, desfez o mal entendido.
Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. E eu ainda espero fechar o ensaio.

Um comentário:

António Je. Batalha disse...

Cheguei ao seu blog e fiquei entusiasmado, pois foi feito com muita graça, e com boa intenção.
Gostei do que li e achei um blog abençoado, onde se aprende muito.
Sou António Batalha, tenho um blog peregrino e servo, se me der a honra de o visitar ficarei grato.
PS. Se seguir meu blog faça-o de forma a que eu possa encontrar o seu blog para segui-lo também.
Que a Paz de Jesus seja sempre consigo.