Não sei se perceberam, mas tenho voltado a escrever. Acho
que já posso me reconsiderar uma blogueira com blog, não?
Escrever também é terapia. Até escrever sobre nada. E eu sempre lembro das palavras do
Drummond nessa carta linda que ele escreveu a sua filha Maria Julieta. Tenho a
impressão já tê-la postado aqui. Mas vai de novo.
“Escreva minha filha, escreva. Quando estiver entediada,
nostálgica, desocupada, neutra, escreva. Escreva mesmo bobagens, palavras
soltas. Experimente fazer versos, artigos, pensamentos soltos. Descreva, como
exercício, o degrau da escada do seu edifício (saiu um verso sem querer).
Escreva sempre, mesmo para não publicar. E principalmente para não publicar.
Não tenha a preocupação de fazer obras primas; que de há muito já perdi, se é
que um dia a tive. Mas só e simplesmente escrever, se exprimir, desenvolver um
movimento interior que encontre em si próprio sua justificação…”
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