Se tem uma coisa que faz falta nesse mundo, essa coisa se
chama educação. Não aquela que faz a gente se tornar mestre, doutor, PHD, mas a
primária, que parte do “por favor“, “obrigado“ e “desculpe”.
É a partir dela que toda civilização se desenvolve. E quando
isso dá errado, meu filho, vixe maria...
Partindo desse raciocínio, a falta de educação compromete
todas as suas variantes: educação ambiental, no trânsito, dos direitos das
minorias e deveres como cidadão, e por aí afora.
Fica muito difícil exigir que a pessoa que abre o vidro do
carro pra jogar o pote de iogurte entenda a consequência daquele ato, porque
consciência ambiental é um pacote que você entende melhor quando tem educação.
E fica mais difícil ainda fazer com que entre na cabeça das
pessoas que se a luz do semáforo está vermelha, você deve parar.
No meu cérebro funciona de uma forma meio óbvia. É quase
acionado por um botão (salvo algumas pequenas corrupções com a luz amarela , que
ele às vezes interpreta como “ainda dá tempo”, quando deveria entender que já é
pra parar).
Mas no entendimento da maioria das pessoas do bairro onde eu
moro, luz vermelha é igual a “posso passar sim”. Até o motorista do ônibus
pensa assim.
No shopping, supermercado, banco, com vaga para idoso ou
deficiente, o raciocínio é o mesmo “vou parar aqui mesmo, porque é mais perto,
porque eu quero, posso e dane-se o mundo“.
Essas são as questões diárias que me fazem desacreditar na capacidade
humana de mudança de comportamento e perder a esperança na possibilidade de uma evolução da espécie.
Meu desafio de cada dia é tentar deixar que essas situações
não me afetem tanto, que eu não mate ninguém nem morra por isso e que eu não
xingue as pessoas ao me deparar com essas ações ignorantes, porque, afinal,
coitados, “eles não sabem o que fazem”.
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