Entre as teorias que constarão no meu futuro livro de sucesso,
está aquela triste de que “se você não aprendeu a diferença entre 'mais' e 'mas' no ensino fundamental, carregará este fardo pelo resto da vida". Isto também
serve para erros de grafia, acentuação e pontuação de palavras.
É uma espécie de estigma da vida escolar, muito difícil de
romper. Salvo raras exceções, infelizmente isso
irá te acompanhar em diversos textos, cartas, bilhetes românticos e
mensagens no Whatsapp.
É uma deficiência sem cura. E cai por terra aquela outra
teoria (bem difundida, inclusive) de que “quem lê muito, escreve melhor”.
É como se você tivesse perdido um encontro marcado com o
futuro da sua escrita. Como se tivesse ficado doente bem no dia “daquela aula”.
E aí, pronto, só resta lamentar.
E não se iluda. Fazer faculdade de letras ou jornalismo para
aprender a escrever não vai adiantar. Ou você já chega lá com essa bagagem
pronta, ou passa pela graduação só com a roupa do corpo mesmo.
A língua é perversa e rancorosa. Não aceita decoreba. Tem
que colar no cérebro de uma vez, para nunca mais sair.
Não digo aqui que o ser humano é incapaz de aprender. Claro
que não. Estamos em constante evolução. Mas nesse caso aí, especificamente, tá
quase sem jeito, irmão!