segunda-feira, março 29, 2010

And so it is...


Eu havia decidido dar uma segunda chance a ele. Afinal, ninguém termina um relacionamento de anos sem antes dar oportunidade de mudança, não é mesmo?
Foi então que eu decidi ir ao Cine João Paulo no sábado à noite, mesmo depois da última decepção (Avatar Dublado).
Para minha surpresa estava em cartaz um filme que tô bem a fim de ver. Um olhar do Paraíso. Tava lá marcado para às 21h. Eram 19h48.
Tentei comprar ingresso, mas a moça explicou que ainda não estava à venda e que só exibiriam o filme para no mínimo cinco pessoas. Entendi.

Fui pra casa. Revi o comecinho d’O Curioso Caso de Benjamin Button e voltei às 20h48.
“Ah, não vamos exibir esse filme hoje. A máquina deu um problema e... ”
“Então tá!”

Não satisfeita, achei que jantar seria a solução para todos os problemas, principalmente de sessões de cinema canceladas. Fui comer um espetim de gato ali no Segundo Distrito.
Quando acho que a noite já não tinha espaço para mais desastres, chega o cantor. Ele senta e convida outro, vestindo bermuda e chinelo.
O garoto da praia senta, se acomoda e puxa um “Quando o inverno chegarrrrr”.
Fiquei mais um pouco. O suficiente para saber que o rapaz não cantava. Minha deixa foi quando de uma mesa próxima, amigos dele puxavam, em coro, um backing vocal de “É primavééééra, te âmu!”.
Eles pareciam estar em uma festinha particular, um pub londrino ou em Rio Branco mesmo, uma pequena comunidade de muitos amigos.

Cidade sem cinema que preste e com um bando de cantores sem noção é dê-más pra um só fim de semana.

quarta-feira, março 24, 2010

Pilhas, pra que te quero...

Enquanto não caso com um magnata da indústria de pilhas, que banque meu consumo pelo resto da vida, resolverei meu problema com as usadas desta forma:

Difusora faz campanha para recolhimento de pilhas e baterias

Escrito por Golby Pullig
22-Mar-2010


Programa Espaço do Povo, de Nilda Dantas, troca material por cupons para sorteio de brindes


Nilda Dantas faz campanha de recolhimento de pilhas e baterias trocando o produto por cupom que dá direito a prêmios (Foto: Luciano Pontes/Secom) O consumo de pilhas na casa de dona Francisca Carvalho, moradora do Km 9 da AC-40, é de três unidades ao mês, quantidade suficiente para manter em funcionamento, durante quase o dia inteiro, o único rádio da família. Ouvindo o programa Espaço do Povo apresentado por Nilda Dantas nas manhãs da rádio Difusora, ela descobriu que poderia trocar as pilhas usadas por cupons para concorrer a prêmios e ao mesmo tempo parar de jogar este resíduo altamente tóxico no quintal de casa. É a promoção Diga não à contaminação lançada no dia 8 de março e que termina em 7 de maio com o sorteio de diversos brindes aos ouvintes que trocarem 5 pilhas ou baterias por um cupom.
Acostumada a realizar promoções de educação ambiental Nilda Dantas conta que, ao visitar colônias da região, observou um número grande de pilhas jogadas perto da vegetação. "Um dia esperando na fila de um banco notei que havia um sistema de coleta de pilhas e decidi expandir essa ação para que não ficasse restrita a apenas algumas pessoas", explica a locutora que recebeu apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) e de pequenas empresas da capital com a doação de brindes que vão de CD, utensílios domésticos, confecções e até o banho, tosa e imunização para animal.

O secretário de Meio Ambiente do município, Arthur Leite, diz que ainda não há estatística sobre o volume de consumo ou descarte de pilhas e baterias na capital. O órgão faz um levantamento preliminar junto à Secretaria de Fazenda do Estado para acompanhar a entrada desse produto na intenção de fazer um cruzamento com o que é recolhido. Arthur Leite lembra que é dos fabricantes a responsabilidade sobre a coleta das pilhas e baterias usadas.

Em Rio Branco há atualmente quatro pontos de coleta de pilhas e baterias: um no Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), em duas unidades dos Supermercados Araújo e agora, um na rádio Difusora. Os recipientes indicados para acondicionar o material são tambores azuis com tampas. Depois de cheios e lacrados, um protocolo é feito e o produto é encaminhado para uma associação de revendedores de pilha localizada no sudeste do país.


* Não é possível que com esse tantão de pilha eu não consiga ganhar pelo menos um banho pro Rick, né?

quarta-feira, março 17, 2010

Papo de índio

Antes de qualquer coisa, confesso que tenho essa mania feia de prestar atenção na conversa alheia. Mas também, quem manda esse povo falar alto?
Se fala alto é porque quer compartilhar o assunto, oras.
Então eu estava almoçando em um restaurante que sempre vou e na mesa ao lado tinha uma galera da floresta. O rapaz explicava empolgadamente aquilo que, de longe, me parecia a programação de algum festival indígena.
Hora para o almoço, contação de histórias indígenas, danças típicas e uma sessão de filme.
“Aí, txai, às 16h vai ter uma sessão de filme. Avatar. Já viu? Txai, esse filme vai mudar a cabeça dos índios!”
É nesses recortes inusitados do cotidiano que a minha mente afetada logo imagina uma tribo indígena tingindo o corpo de azul e querendo fazer sexo pelo rabo.

segunda-feira, março 15, 2010

Dos projetos de vida - Parte II


Neste momento ando me dedicando inteiramente a uma pesquisa que deve mudar o destino de todas as mulheres do mundo inteiro. Ainda não é a cura da TPM, mas algo de igual importância.
Tenho me mantido longe do blog, porque ando procurando a fórmula perfeita para desenvolver um anestésico momentâneo de virilha. Isso mesmo.
Há dias ando trancafiada em meu laboratório buscando desenvolver aquilo que dará cabo às torturantes sessões de depilação.
Não consigo aceitar que em um mundo onde o Twitter consegue mudar a vida das pessoas, a cera quente ainda consiga ser inimiga.
Se tudo sair como planejado, o anestésico será vendido em todas as farmácias, lojas de conveniência e bancas de bombom. Deverá ser comercializado em spray ou gel, para aquelas que não querem agredir o Meio Ambiente. Aí, é só passar o bicho (no bicho), esperar a dormência deliciosa e deixar a cera quente fazer o serviço.
Inovador, não?
Enquanto não consigo executar esse meu projeto de vida, deixo o blog na responsabilidade das traças.
Avante, companheiras!