segunda-feira, março 30, 2009

Show (Meia) Boca de Mulher 2009


Pela primeira vez o Boca de Mulher me decepcionou. Claro que não acompanhei os 20 anos do espetáculo, mas já fui a alguns mais organizados e não pensei que justamente no aniversário eu ficaria com a má impressão.

Comprei a mesa de R$ 60 com as amigas, esperando a mesma tranqüilidade dos shows anteriores, mas foi isso que vimos (foto). O erro não foi a idéia de fazer um baile dançante pra comemorar (até achei legal), mas de não saber executar.

Havia mesas e ingressos à venda. Quem trabalha com eventos em qualquer parte do mundo sabe que essa é uma combinação perigosa se não há pessoal suficiente para supervisionar o local, porque o que mais tem é neguinho querendo se dar bem e foi aí que entramos na história.


Como houve uma falha na entrada, pessoas roubaram as mesas de outras pessoas e estas, por conseguinte, se sentiram no direito de ficar em pé justamente em frente a nossa mesa. Pedimos licença como pede a boa educação e elas se justificaram com o roubo. As outras que permaneceram em pé eram só mal educadas mesmo.

O problema dos eventos em Rio Branco é que quando organizadores percebem que falharam, se escoram naquela de que “a cidade é pequena, todo mundo é amigo e no final tudo vira festa”. Não é assim. Existe um público que precisa ser respeitado (e eu nem conhedia toda aquela gente). Quem compra a bosta de uma mesa espera, pelo menos, comodidade no começo do espetáculo.

Depois disso, tudo desandou. Achei a produção fraca, o local inadequado e o som ruim. Em algumas músicas mal se ouvia a voz da cantora, mas pra muita gente daqui o que vale é a intenção.

Moçada, o negócio é feito há vin-tê-â-nos. É claro que não se espera um show impecável, mas já dava pra ter aprendido alguma coisa, não?
Já que a intenção era fazer um baile, que só tivessem vendido ingresso. Assim povo se esbaldava no salão e quem quisesse manter a pose de sentar em mesa, que ficasse em casa, oraporra.

A noite foi salva pelo sábio DJ que desenterrou os melhores sucessos, incluindo “Meu amor, vamos lá, vamos tomar sol, na Praia do Amapá” de Jorge Cardoso. Não há quem resista!
* O título foi sugerido pela Carol, no auge de sua ira.

quinta-feira, março 26, 2009

Das mudanças

Após as *oficinas de jornalimo cultural do Rumos Itaú Cultural que participei nos últimos dois dias, devo admitir que minha vida agora se divide em 'antes das descobertas que mudaram minha vida' e 'depois das descobertas que mudaram minha vida'.

São elas:

Crepe de chocolate da Tia do Crepe lá da *Praça dos
Tocos/Praça Antônio Júlio Maia de Queiroz/Praça da Catedral que me foi aprensentado nos áureos
tempos da Ascom do TJAC e mudou meu conceito de crepes doces e minha visão
de mundo.


Caneta ecologicamente correta da Unimed, presenteada
forçadamente pelo meu amigo André Cajarana. Ela tem um azul diferente das Bics
habituais e uma escrita macia que deixa a minha letra uma gracinha. Posso
dominar o mundo com essa caneta.


Óculos da Carol. A mudança mais significativa, eu diria. Foi através deles que eu descobri que estou ficando cega, mas como não assumo, ele só muda a minha vida por poucos segundos. Só quando encontro a Carol e consigo ler anúncios distantes.

* Foi durante as oficinas que tiva a idéia do post, mas eu aprendi coisas úteis lá. Juro.

* Descobrir que a praça tem três nomes foi interessante, mas nada que mudasse a minha vida. Na verdade, mudou a vida de uma moça que marcou um encontro na Praça da Catedral e o moço nunca chegou, porque pensou que aquela fosse a Praça dos Tocos.

terça-feira, março 24, 2009

das ocupações diversas


Elmar Weisser penteia a sua barba em formato de bicicleta em barbearia de Brigachtal, na Alemanha (Sasha Schuermann/AFP)
E eu achando que não tinha o que fazer da vida...

terça-feira, março 17, 2009

Diário de bordo - Parte III


Na terça-feira as coisas melhoraram. O céu azul e o sol brilhante recuperaram meu humor e fui à Praia do Bessa. Seguindo instruções da experiente família que já havia passado por lá, pegamos o ônibus e pedimos para o cobrador nos avisar quando chegássemos ao Bar do Golfinho, que era o point da praia. O que a minha família esqueceu de avisar é que havia dois “Golfinhos” e claro que nós descemos no primeiro que vimos. Bar sem movimento, tudo quieto, presumi que não era ali.
‘Vamos caminhando pela praia, deve estar perto’

Foi uma pernada de pelo menos 20 minutos até avistar aquele aglomerado de bares e pessoas na praia. Eu já tava tão cansada que não quis nem saber de golfinho. Sentei na primeira barraca que avistei.

O dia seguiu lindo e feliz. Água de coco, camarão, peixinho...Tudo como deveria ser. À tarde decidimos ir ao shopping. Eu até que não faço muita questão de ir ao shopping, mas quem mora no Acre sabe a diferença que uma Americanas ou um Bob’s faz na vida da pessoa. E faz justamente porque não temos, senão perderia logo a graça.

Ainda naquela minha sina de montar minha dvdoteca, cheguei a uma prateleira cheinha deles. Todos em promoção e doidinhos para pular na minha cestinha. Não resisti, trouxe 16 filhinhos pra casa.

Outra coisa que torna o shopping assaz atrativo é um bom cinema e lá também tinha. Por mim, teria ido todos os dias e assistido sessões seguidas, mas a vida não funciona do jeito que a gente quer. Mesmo assim, ainda consegui ver dois: Sim Senhor, com o Jim Carrey, que eu morri de rir para sempre, e Operação Valkiria, que eu fui mais pelo Tom, afinal o cara veio ao Brasil, trouxe a família e fez toda aquela campanha...Fiquei curiosa, né?

Aliás, ir ao shopping era uma das coisas mais prazerosas, porque nós sabíamos exatamente qual ônibus pegar, onde parar e como voltar, e em uma cidade desconhecida isso conta muitos pontos na vida do turista.

Da curiosidade que matou o gato

Voltaram as especulações sobre quando irei casar.
As pessoas já nem me cumprimentam mais, vão logo perguntando "E ai, menina, quando tu casa?"
Por um lado eu até entendo a preocupação desse pessoal. Afinal, eles irão me ajudar a comprar a casa, os móveis, pagar as contas...Precisam estar preparados para a decisão, né?
Ontem mesmo uma vizinha me contou que a outra contou pra ela (tá acompanhando, né?) que eu 'abri o jogo' e revelei que me caso ano que vem.
Na verdade, foi uma tática para me manter sossegada por mais um tempo, mas pelo visto ainda é pouco.
Da próxima vez digo que será em 2317 e que ela não será convidada!

domingo, março 15, 2009

Das festas

Semana passada participei de uma maratona de formaturas. Uma do meu vizinho e amigo de infância, Júnior, e outra da minha amiga Nayara.
Confesso que não sou muito chegada a esse tipo de festas. Na verdade, na minha atual condição de pessoa desempregada e deprimida, não estou para nenhum tipo de festa, mas em nome da boa e velha amizade, fui.
Dois dias de colação e dois dias de baile.
O sacrifício vale a pena quando você vê a felicidade estampada no rosto de quem se forma. Aquele alívio de finalmente ter superado os cinco ou seis incansáveis anos de academia. Não tive tudo isso. Minha colação foi na sala de reuniões do Departamento de Ciências Sociais e Filosofia da Ufac, na companhia do secretário da Coordenação de Jornalismo, alguns professores (inclusive um que briguei em sala de aula) e mais três amigas. Não teve toda a pompa que imaginávamos no começo do curso, mas a sensação foi a mesma.
Acho que o saldo maior desses dias de festa foi ter ganhando um super cartão de 'disk-garçom' de um tiozinho que nos serviu durante a festa.
"Meninas, adorei vocês! Aqui está um 'disk-garçom' pra quando vocês precisarem...Obrigado, baby!"

quarta-feira, março 11, 2009

recortes (2)

- Menina, eu te vi na TV...
- Ah, foi? Quando?
- Naquele dia que mataram aquele cara...Te vi no meio da confusão.
- Não era eu...
- Era sim...
- Não era eu...
- Era sim, eu vi.
-Não-era-eu!
-Ah, nera não, era a Neide, menina! Confundi...

______ * * * * ______


- Boa tarde, linda, vamos tomar uma Kaiser comigo?


*Não é todo dia que se é convidada pra tomar uma Kaiser, né gente? Mas não, não fui...Eu não curto Kaisers nem convites de tiozinhos desconhecidos.

Do zodíaco


Dos signos do zodíaco, este é um dos mais sensíveis a atual onda astral
turbulenta. Por isso, é bom que você se mantenha saudavelmente otimista,
confiante no futuro e disposto a encarar cada desafio com flexibilidade.
Pode
ser que ainda não seja possível se realizar o quanto gostaria.

Ahhh, meu ovo!

terça-feira, março 10, 2009

Diário de bordo - Parte II

Vâmo embora que vai chover, rapaziada


Quando chegamos ao hotel resolvi definir a programação com o guia e, mesmo sentindo que eu não seria feliz ao lado dele, acertei ir à Ilha da Areia Vermelha no dia seguinte.

A segunda-feira amanheceu nublada e eu não quis aceitar que o sol estava se escondendo de mim. Fomos assim mesmo. Chegando lá começa a chuva. A Praia da Areia Vermelha é um banco de areia que fica a uns 800m da praia. Pra chegar até lá tem que pegar uma espécie de balsa, chamada catamarã e curtir a viagem de 15 minutos até o montinho com areia avermelhada.

Após uma longa pressão, aceitamos ir. Assim que subi no catamarã me vem o guia mala com dois celulares, uma carteira e já enfiando na minha bolsa diz: “Guarda aí pra mim”. Ótimo, agora eu teria que comprar uma bolsa para guardar as nossas coisas e a do guia.

Tentei manter um semblante de turista satisfeita, mas o tempo não ajudava. Andamos pela areia molhada e sem graça, tiramos umas fotos com péssima luz, tomamos um refrigerante e chegou a hora de voltar. E foi justamente nesse momento que caiu o maior pau d´água do mundo inteiro. Eu de biquíni e tremendo de frio. Era inônico demais para o primeiro dia de viagem...


Mesmo com o mau tempo o guia sugeriu que fôssemos a outra praia e que era só R$ 10 a mais. Estrategicamente minha rinite entrou em ação e eu não parava de espirrar.
“Ihhh, será que vai gripar?”, perguntou ele.
“Pois então...Essa chuva é fogo. Melhor eu voltar pro hotel e tomar alguma coisa logo!”
“É verdade...”
E foi o caminho inteiro me ensinando receitas caseiras inéditas para curar o suposto resfriado.

No hotel, acertamos o passeio e me despedi sem muitas esperanças de vê-lo novamente. Infelizmente ele não tinha a mesma intenção. Sempre que chegávamos ao hotel havia um recado que eu propositalmente esquecia de retornar.
to be continued...

sábado, março 07, 2009

Da crise

Essa semana um mês que estou desempregada. Tenho a impressão de que faz mais tempo, assim como também me parece que trabalhei lá a vida toda, quando só foram sete meses.
Além da falta do salário, sinto falta das pessoas. Éramos dez em uma sala com ritmo acelerado todos os dias. Muito trabalho, mas muita alugação e lanchinhos à tarde.
Nossa despedida foi sem despedida, só um tchau como quem diz ‘até logo’.

Fora isso, o restante está superado. Durante a viagem pude pensar em muitas coisas e várias possibilidades de emprego:

* Dar aulas de fotografia para os guias turísticos do Nordeste e viver bronzeada.
* Tirar fotos de turistas fazendo passeios de jangada em Porto de Galinhas e cobrar R$ 9,99 por foto.
* Virar lambe-lambe e tirar fotos dos casamentos que acontecem todas as sextas no Fórum Barão do Rio Branco
* Ser a gostosinha do shortinho que irá lavar carros no futuro posto que meus primos irão abrir (por enquanto é a opção mais atraente).

Enquanto isso estou no chamado ‘trabalho de março’. Um freelancer que consegui na Coordenadoria Municipal da Mulher e irá pagar minhas contas do fim do mês (pelo menos desse mês).

quarta-feira, março 04, 2009

I love my pet

A novidade mais nova do mundo inteiro é que eu e o Rick Martin ganhamos a promoção "Eu amo meu pet" do site de camisetas Nonsense.


Ó só...
* A foto foi tirada na festinha de aniversário de 10 anos do Rick.

* O que eu ganho? Um blusa "Eu amo meu pet", ora bolas!

segunda-feira, março 02, 2009

A senhora aceita balas ou Diário de bordo

Sair do Acre não é nada fácil, a começar pelo preço das passagens. Se você pretende ir um pouco além da metade do país, tem que esperar no mínimo três horas por outro avião. E, assim o aeroporto de Brasília se torna o primeiro ponto turístico.

Depois de cansáveis horas de voo, chegamos a João Pessoa. Não sei o que aconteceu, mas desconfio que levei uma dose de chuva do Norte, porque tava o maior toró quando chegamos.

“Deve ser apenas uma grande nuvem”, pensei. Ledo engano. Os dias seguiram chuvosos, mas deram uma folga pra eu dar uma douradinha na pele. Não deu pra voltar da cor do pecado, como bem sugeriu a tchura Geisy, mas até que fez diferença.

Como minha família esteve na cidade recentemente, se encarregou de pegar todos os contatos e principais pontos turísticos que eu deveria visitar, ou seja: praia, shopping, praia e praia.

No aeroporto, um guia indicado por minha prima ficou de nos apanhar. Desembarcamos, nos apresentamos e seguimos para o hotel. Durante o trajeto ele foi me explicando que havia feito um roteiro ‘massa’ e que era bem a minha cara. A programação incluía praias, uma visita ao centro histórico, a uma aldeia indígena, ao centro de criação de peixes-boi e uma série de programas que, segundo ele, eram justamente o que eu estava procurando para este carnaval.

Apesar de ter 14 tribos indígenas morando aqui e não demonstrar nenhum interesse inicial por peixes-boi, eu não me importaria em fazer esses programas, mas isso se eu fosse passar pelo menos uns 20 dias na cidade.

Depois de apresentar todo o roteiro que ele fez pensando em mim, cheguei a um daqueles momentos cruciais da vida em que questionamentos sobre a existência humana e sobre o universo são inevitáveis, como “Afinal, que imagem eu passo?” e o mais importante de todos “Por que eu sempre atraio guias turísticos malas?”

Eu não sei o que diabos minhas primas falaram para aquele homem, mas ele já havia traçado um perfil de super-jornalista-fotógrafa-cult-e-podre-de-rica que eu não conseguiria derrubar por nada nesse mundo. Todos os programas que ele sugeria era bem ‘o que eu gosto’ e, talvez, se eu tivesse tentado provar o contrário, ele tentaria me convencer de que eu gosto mesmo do que ele havia sugerido. Ia criar um conflito de personalidade.

Em sete minutos e meio de conversa eu já percebi que não seria feliz no Carnaval se tivesse aquele guia por perto, então fui bolando uns planos para despistá-lo, mas essas são cenas do próximo capítulo, porque amanhã eu acordo cedo para ir ao meu ‘trabalho de março’.