quarta-feira, novembro 29, 2006

Da banalização

Sinto falta do tempo em que poesias e mensagens bonitas eram pra poucos. Quase um privilégio. Era preciso cautela para usá-las, pra não degastar.
E um dia você aprende que não se deve repassar uma mensagem tão significativa de William Shakespeare numa corrente de e-mail, ao ponto dela virar legenda de foto no orkut.
Aprende que, apesar da líndíssima letra de "Canção da América", ela sempre lembra a morte do Senna.
Aprende que todas essas palavras perderam a originalidade e estão entregues ao mundo imoral da internet.
Triste isso.

quarta-feira, novembro 22, 2006

De manhã

Sabe quando a pessoa acorda e fala: Estocolmo?
Assim, sem mais nem menos. Só lembra e fala.

Bem que eu tava afim de ir pra Suécia...

segunda-feira, novembro 20, 2006

Da série "Diálogos"

Ontem saímos pra almoçar em um desses self-services da vida...
Depois do almoço meu pai pegou um doce e o rapaz veio anotar em uma guia improvisada. Ele sai e meu pai fala:
- Não quero mais.
- Por que, pai?
Ele empurra o papel e eu leio "dosse"
- Tô me tremendo todo. Como é que pode o cara não saber escrever "doce"? Se ainda fosse uma palavra difícil, mas é "doce"! O rapaz é até bonitão, mas como é que vai arrumar uma namorada se não sabe nem escrever "doce"!

*Meu pai é professor de Português. E mesmo que não fosse, é doce, cara! Doce!

Acabou

Depois do feri- ado (quarta e sexta) bateu uma preguiiiça...Principalmente quando hoje também poderia ser feriado. Eu tenho uma consciência negra, mas ninguém respeita isso.
Esse fim de semana tive umas tarefinhas difíceis da faculdade. Antes eu reclamava das resenhas, seminários e textos, mas esse foi muito pior: pensar.
Pensar em coisas úteis é difícil pra caramba. Ter idéias para uma programa de rádio, um programa de TV, um formato para o jornal.
Pensar, pensar, pensar.
E pensar em tudo, porque não adianta ter "aquela" idéia sem ter condições de executar.
Por isso mesmo não saiu nada :D

Coluna (Social)

* Hoje é aniversário da Fabiana. Parabéns!
* Renata Ingrata irá escrever um ótima matéria para o jornal laboratório "Memórias Póstumas de Cantores Acreanos".
* Hermington detesta esperar na fila.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Da indignação

Agora estão com uma história de criar um curso de Jornalismo no Vale do Juruá. Um cursinho modular, sem laboratório mesmo, só pra atender a demanda. Aí reúnem-se a vice-reitora da Ufac, o presidente do Sindicato dos Jornalistas e um deputado do Juruá pra brincar de formar jornalista.
Não é bairrismo não, é apenas racionalidade. Afinal, alguém tem que pensar nessa história. Vejamos: eu estudo na sede. Estou no 7º período de Comunicação Social, prestes a me formar. Não tenho laboratório adequado e o quadro de professores ta melhorando agora. Já estivemos pior, admito, mas como criar uma “filial” se nem a matriz tem estrutura? Não faz sentido.
Suponhamos que essa idéia absurda se concretize. Quem serão os professores? Os meus!
Os professores que ministram cerca de três disciplinas por semestre, para atender quatro períodos, ficarão fora por no mínimo 15 dias pra dar uma disciplina em outro município.
Eu provavelmente ficarei sem aula esses dias e quando eles voltarem, retomarão a disciplina como se nada tivesse acontecido. Passarão trabalhos, atropelarão conteúdos, até que outra viagem chegue. Aí ficaremos eu e o Juruá sem qualidade de ensino.
A coordenação nos deve três disciplinas que não foram dadas até hoje por falta de professores.
O ensino superior tem que ser levado a sério pelo menos uma vez na vida. Os estudantes também não deveriam se contentar com uma formaçãozinha “barrela”, como se diz por essas bandas. Comunicação Social/Jornalismo não é aprender a tirar uma fotinha ali, filmar uma coisinha aqui e escrever um textinho para publicar no jornal. Não é pegar emprestado o laboratório de rádio e TV da emissora local, pra suprir a necessidade das aulas práticas. É coisa séria, rapá!
Não tiro crédito de quem aprendeu na prática. Existem bons jornalistas que não são formados. Agora o que não pode é criar um cursinho com cara de técnico, mas com ar superior e sair vendendo diploma por aí, só porque o mercado e legislação estão mais exigentes. Isso é desrespeito! Desrespeito a quem vai passar quatro anos na universidade pra obter o mesmo diploma. É injusto!
Eu só espero que bom senso prevaleça. Caso não, eles vão conhecer uma baixinha muito brava!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Dos sentidos às sensações

Certos perfumes, gostos e músicas funcionam como máquina do tempo pra mim. Geralmente eles estão ligados a viagens, quando estas (que não são muitas, porque eu moro longe pra caramba) faziam algum sentido pra mim.
Marro, por exemplo...Marro é Fortaleza! Lembro que meu pai usava esse perfume quando viajamos pra lá em 1994. É só eu sentir o cheiro que volto automaticamente para a Pousada dos Turistas, próxima a Praia de Iracema.
Outra coisa que me faz voltar ao Ceará é Catedral, da Zélia Duncan. Nessa época a música estourou nas rádios e eu me vejo sentada na barraca América do Sol, comendo carne de sol com baião de dois, ao som de Catedral e contemplando a maravilhosa Praia do Futuro.
De perfumes e viagens, o próximo da lista é Ops!, d’ O Boticário. Ganhei um estojo com a miniatura dos três, no natal de 1997 e levei pra Florianópolis no verão de 1998. Florianópolis com certeza lembra Ops! Mas também lembra Gabriel O Pensador. É só ouvir Cachimbo da Paz que eu tô lá na Barra da Lagoa, tomando café da manhã em uma birosquinha que tinha em frente da casa que alugamos e que vendia o nescau mais quente que eu já tomei na vida.
E Claudinho e Buchecha? "Quero te encontrar, quero te amarr". Nessa hora eu tava no ônibus, vindo do Beto Carreiro World, pegando no sono depois de um dia perfeito, mas foi só ouvir a música na rádio que eu e meu primo despertamos. Era um sucesso!
Depois disso veio Guarapari. Praia do Morro, verão de 2001, eu e o Bruno, do Biquini Cavadão, cantando "Vento, Ventania, me leve sem destinoooo"
Infelizmente a qualidade de lembranças musicais foi baixando o nível, pois Guarapari também me lembra "Morto Muito Louco", mais um desses funks que invadiram o verão e que eu fiz questão de aprender a coreografia durante um agradável dia em um parque aquático de Guarapari.
Nesse mesmo verão segui viagem rumo ao Sul. Fui rever a paradisíaca Florianópolis, porém, depois da última desilusão musical, não quis nenhuma lembrança.
Aí veio Manaus, mas só o que eu consigo lembrar é o forró que tocava no carro da minha prima "Você não vale nada, mas eu gosto de você", vez ou outra trocado pelas músicas da Jovem Pan.
De Brasília, a música que eu mais lembro é a da abertura da novela Cobras&Lagartos, que eu vivia cantarolando não sei porquê diabos, já que música é nojentinha. Outra música que virou quase um hino foi "We are the Champions", do Queen. Era lembrava toda vez que a eu a Rafaela conseguíamos pegar o ônibus certo pra ir pra casa da tia dela.
Das viagens, acaba aqui, mas sobrou o gosto. Essa é a lembrança mais forte e a que vai mais longe. Sprite! (ispraite mesmo, não isplaite). Basta um gole do Sprite de garrafa que eu volto lá pra Escola Abelhinha, da Tia Toinha, onde fui alfabetizada. Volto na melhor hora: a hora do recreio. Lá tô eu, possivelmente com um daqueles modelitos vergonhosos dos anos 80, tomando Sprite e comendo bolo de milho que nunca encontrei igual. Por isso, resta apenas o Sprite.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Eu definitivamente não me dou bem com sistemas. Nenhum deles.
Saí do trabalho apressada pra ir à Marisa trocar uma roupa. Depois de hooooras procurando outra coisa, minuuuutos esperando na fila...
"Desculpe, mas os sistema está fora do ar"
Espera-se o tal sistema voltar e nada. Pego a peça inútil de volta e agora só segunda-feira.
Bom, pelo menos vou pegar minhas fotos...
"Ah, moça, a rede tava fora e as fotos só ficam prontas amanhã. Me desculpe!"

"Ahhh, meu ovo!" (eu só pensei)

E pra completar a sexta-feira maravilhosa, meu sistema imunológico também tava fora e a rinite atacou pesada.
Pior que isso, só se fosse segunda...

*Se alguém já me falou alguma dessas frases, sinta-se totalmente creditado.

dúvida


Só eu acho engraçada essa tirinha auto-explicativa?

quinta-feira, novembro 09, 2006

fuc fuc

Ontem e hoje dei uma passada no anfiteatro pra conferir o Festival Universitário da Canção (FUC). Da saída do estanionamento do nosso bloco até o anfiteatro, já entramos no clima do Festival. Isso porque a rádio livre Filha da Muda (105,7 FM) tá transmitindo o evento ao vivo. Chegamos e não tinha mais nenhum lugar vago. Anfiteatro Garibaldi Brasil lotado de estudantes, parentes e amigos. Os amigos são muito importante nessas horas.
Começa a primeira das 15 canções da noite. Uma música meio tropicália, que me lembrou logo Morena Tropicana, do Alceu Valença.
A noite foi seguindo...Vários estilos, performances e exageros. Algumas canções meio forçadas, com cara de dissertação com um arranjo mais ou menos e uma rima pobre. Aquelas com letras óbvias, falando das desigualdades sociais, lamentações do mundo moderno e indignação.
A maioria do compositores executavam sua obra e quem quisesse podia cantar junto, pois em cada cadeira estava a programação e a letra de todas as músicas concorrentes.
Foi aí que eu comecei a prestar a atenção no público. Há aqueles que lêem a letra como poesia mesmo, interpretando, dando uma boa analisada. Há os que acompanham o som com a cabeça, fazendo um ar de aprovação ou reprovação a cada estrofe, e existem aqueles, a maioria, que aplaudem tudo. Tudo mesmo.
O público universitário é o público - desculpe a expressão - mais sacana que eu já vi. Ele empolga e ilude o cantor, aplaude com fervor, mesmo estando na cara que é só chacota. E não é falta de senso musical ou uma aceitação mútua, é apenas solidariedade. Afinal, não é qualquer um que tem coragem de subir em um palco, soltar a voz e se expor dessa maneira à comunidade acadêmica.
Uma salva de palmas para eles.

Totalmente inoperante

Pode até ser mais um post melancólico de blog de adolescente, mas não dá pra ser. Primeiro porque eu não sou mais adolescente...er...sou jovem? Uma jovem com problemas de jovem, ora bolas.
Tô parada. Sedentária em todos os sentidos. Não produzo mais nada. Não leio coisas que gosto e preciso, não escrevo, não inovo, não experimento, não meto a cara.
Não quero mudar o mundo, só o meu mundo. Esse contidianozinho de meia tigela que que eu tenho. Essa rotina de trabalho/casa/universidade. Não quero sair pra balada, nem me embriagar por ai. Quero me divertir trabalhando!
...
...
...

* Bom, meu amigos, eu gostaria de terminar esse desabafo, mas minha irmã acabou de colocar o DVD "É o tchan - 10 anos" e não há cristão que consiga concluir um raciocínio.
Eu vou é dançar!

sexta-feira, novembro 03, 2006

Eu quero mudar!

Hoje acordei com o mantra "Não esqueça de tomar o remédio, não esqueceça de tomar o remédio, não esqueça de tomar o remédio".
Esqueci, claro!
E só lembrei quando a dor começou.

* Preciso mudar meus hábitos alimentares antes que eu morra pela boca (inédita essa).
Preciso parar de tomar refrigerante, café, suco de frutas cítricas, comer pizza, sanduíche, salgadinho...
É, vai ser difícil continuar vivendo.