Ontem e hoje dei uma passada no anfiteatro pra conferir o Festival Universitário da Canção (FUC). Da saída do estanionamento do nosso bloco até o anfiteatro, já entramos no clima do Festival. Isso porque a rádio livre Filha da Muda (105,7 FM) tá transmitindo o evento ao vivo. Chegamos e não tinha mais nenhum lugar vago. Anfiteatro Garibaldi Brasil lotado de estudantes, parentes e amigos. Os amigos são muito importante nessas horas.
Começa a primeira das 15 canções da noite. Uma música meio tropicália, que me lembrou logo Morena Tropicana, do Alceu Valença.
A noite foi seguindo...Vários estilos, performances e exageros. Algumas canções meio forçadas, com cara de dissertação com um arranjo mais ou menos e uma rima pobre. Aquelas com letras óbvias, falando das desigualdades sociais, lamentações do mundo moderno e indignação.
A maioria do compositores executavam sua obra e quem quisesse podia cantar junto, pois em cada cadeira estava a programação e a letra de todas as músicas concorrentes.
Foi aí que eu comecei a prestar a atenção no público. Há aqueles que lêem a letra como poesia mesmo, interpretando, dando uma boa analisada. Há os que acompanham o som com a cabeça, fazendo um ar de aprovação ou reprovação a cada estrofe, e existem aqueles, a maioria, que aplaudem tudo. Tudo mesmo.
O público universitário é o público - desculpe a expressão - mais sacana que eu já vi. Ele empolga e ilude o cantor, aplaude com fervor, mesmo estando na cara que é só chacota. E não é falta de senso musical ou uma aceitação mútua, é apenas solidariedade. Afinal, não é qualquer um que tem coragem de subir em um palco, soltar a voz e se expor dessa maneira à comunidade acadêmica.
Uma salva de palmas para eles.
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