terça-feira, abril 07, 2015

Be polite

Se tem uma coisa que faz falta nesse mundo, essa coisa se chama educação. Não aquela que faz a gente se tornar mestre, doutor, PHD, mas a primária, que parte do “por favor“, “obrigado“ e “desculpe”.
É a partir dela que toda civilização se desenvolve. E quando isso dá errado, meu filho, vixe maria...
Partindo desse raciocínio, a falta de educação compromete todas as suas variantes: educação ambiental, no trânsito, dos direitos das minorias e deveres como cidadão, e por aí afora.
Fica muito difícil exigir que a pessoa que abre o vidro do carro pra jogar o pote de iogurte entenda a consequência daquele ato, porque consciência ambiental é um pacote que você entende melhor quando tem educação.
E fica mais difícil ainda fazer com que entre na cabeça das pessoas que se a luz do semáforo está vermelha, você deve parar.
No meu cérebro funciona de uma forma meio óbvia. É quase acionado por um botão (salvo algumas pequenas corrupções com a luz amarela , que ele às vezes interpreta como “ainda dá tempo”, quando deveria entender que já é pra parar).
Mas no entendimento da maioria das pessoas do bairro onde eu moro, luz vermelha é igual a “posso passar sim”. Até o motorista do ônibus pensa assim.
No shopping, supermercado, banco, com vaga para idoso ou deficiente, o raciocínio é o mesmo “vou parar aqui mesmo, porque é mais perto, porque eu quero, posso e dane-se o mundo“.
Essas são as questões diárias que me fazem desacreditar na capacidade humana de mudança de comportamento e perder a esperança na possibilidade de uma evolução da espécie.

Meu desafio de cada dia é tentar deixar que essas situações não me afetem tanto, que eu não mate ninguém nem morra por isso e que eu não xingue as pessoas ao me deparar com essas ações ignorantes, porque, afinal, coitados, “eles não sabem o que fazem”.