terça-feira, abril 28, 2009

Dos conflitos de relacionamentos

- Oi, amor.
- Oi, meu bem.
- Que tava fazendo? (pergunto)
- Vendo TV. Caminho das Índias. A Maya tá tendo bebê.
- ...
-Aí a mãe dela vai trocar o bebê, porque ele tem que ser prematuro pra acharem que é do marido.
- E de quem é?
- Do Bahuan.
- Hum.
- Já pensou, amor, uma mãe fazer uma coisa dessas?
- Não, eu não pensei, PORQUE ISSO É UMA NO-VE-LA!
- (risos)
- Cara, eu tô pra pagar tua Sky pra te tirar dessa vida ó.
- (risos)

segunda-feira, abril 27, 2009

Da série "Coisas que só acontecem comigo"

Semana passada fui ao posto calibrar os pneus do carro. (não, eu não sei fazer isso, eu pedi pro moço simpático do posto).
Enquanto ele fazia o serviço, se aproxima uma mulher loira e grande:

- Maninha, é que e carro pregou de gasolina. Tu podia me dar uma carona até ali?
-Ah, sim, tudo bem... (eu, como sempre, muito fina e educada)

Ela volta com sua garrafa pet cheia de gasolina comum e seguimos em frente. No curto caminho, deu-se o diálogo:

- Eu acho que te conheço de algum lugar... (ela diz)
- Ah, é...Não sei.
- Você já trabalhou em alguma secretaria?
- Sim, na Secretaria tal tal tal
- Deve ser de então...
-Poder ser.
-Eu trabalho no cartório.
- Ah, eu trabalhei no Tribunal de Justiça.
- Então é de lá mesmo!
- Ah...
-Qual teu nome?
- Nattércia.
- É ISSO MESMO!

Eu juro pela vida do Ciço, meu gato, que nunca tinha visto aquela mulher na minha vida. A conversa piorou:

- Ah, pode parar ali, meu carro tá ali.

Dei a seta, estacionei.

- MEU DEUS DO CÉU, CADÊ MEU CELTA PRETO? PELO AMOR DE DEUS, CADÊ MEU CARRO?
-...
- Ahhh, não, é mais ali na frente. Desculpa.
- OK.
- Mas, hein, tu é casada?
- Er...não, MAS TENHO NAMORADO (O.o)
- Vixe, ele deve ser ciumento, né? Mas a gente podia sair pra dar uma volta! Eu gosto de ir ali pro Tabernas.
- Ah, sei (O.o)

*acelerando

- Tá ali o carro.
-Ah, certo.
- Agora vou atrás de alguém que me ajude a colocar.
-Ah, sim, boa sorte. Tchau.

*As pessoas não conseguem mais identificar uma carona tradicional.

quinta-feira, abril 23, 2009

sexta-feira, abril 17, 2009

Confissões de um *foca


Quem trabalha no jornalismo sabe o quanto uma sigla ajuda na hora de economizar palavras. Porém, quando ela não é muito conhecida, é necessário escrever o significado antes e às vezes isso se torna mais complicado.

Nessas duas semanas de redação descobri a maior sigla do Universo inteiro:

Simdecaf - Sindicato dos trabalhadores em meio ambiente, ciência e tecnologia, extensão rural, armazenamento geral e entrepostos, desenvolvimento cultural, industrial, rodoviário, do bem-estar social e apoio à pequena e média empresa do Estado do Acre.


Básica, não?


*Jornalista iniciante, inexperiente.

terça-feira, abril 14, 2009

Dos encontros marcantes

Devo me lembrar deste dia como "O Dia Em Que Quase Perdi Minha Primeira Unha". Uma unha querida, diga-se de passagem.
Ou, ainda, como "O Dia Em Que Não Se Deve Reencontrar Amigas do Colegial Que Pisam No Seu Pé e Quebram Unhas Queridas".

Profissão repórter

Agora faço parte do submundo dos leads, das pautas e do 'jornalismo de verdade', como ouvi dizer por aí.
Estou fazendo uma experiência na redação de um jornal local para ver se me adapto.
Confesso que trocar meus releases pela correria das matérias jornalísticas não é tarefa fácil. O ritmo é outro, os assuntos diversos e a responsabilidade maior.
Ainda vou errar um bocaco até pegar a manha, mas nem adianta me justificar, porque quando a gente comete um deslize ninguém perdoa. Não dá pra andar com aquela plaquinha da auto escola: "Paciência. Estou aprendendo."
No mais, é aproveitar a oportunidade, os novos contatos e as piadas da redação, claro!

wish me luck!

segunda-feira, abril 13, 2009

conversinhas

- Mana, eu posso tirar tua sobrancelha?
- Não, obrigada.
- Então faz chocolate?

*Lombinho e sua extraordiánia coerência.

- Mana, eu tava pensando..."E se tu morrer sem saber andar de bicicleta?"
- Acho que eu consigo viver sem isso...

domingo, abril 05, 2009

Aconteceu de novo

Mais um daqueles desafios diários, também chamados de ‘Testes Diivinos de Paciência’, com o objetivo de me tornar uma pessoa melhor, mais equilibrada e somar pontos no livro da vida.

Quem convive comigo sabe a impaciência que me acompanha. Sou aperriada mesmo e estouro fácil. Existem, porém, provações que me fazem respirar, contar até dez e passar por tudo caladinha. Afinal, é um teste e eu preciso vencer!

Agora a pouco, por exemplo, entrei na minha rua e tinha um carro estacionado bem no meio, impedindo a passagem. Dei aquele buzinão que me é peculiar e sai o vizinho.
“Ô, Gean, tu trancou a rua, cara!”
(Quando ele falou isso eu já saquei: 'é mais um teste, e dos difíceis!' Me concentrei e mantive a calma para passar para próxima fase)
O vizinho se aproxima da janela, sussurra um 'desculpa' e pede pra eu esperar um pouco.
(Sorrio simpaticamente)

O suposto Gean sai da casa, dá uma conferida, faz sinal de “peraí um pouquinho” e entra de novo.
(Movimento a cabeça positivamente e simpaticamente)
Enquanto eu morria de calor dentro do carro, Gean discutia com o vizinho quem iria acender o fogo do churrasco.
Eu quis muito dar outro buzinão e soltar uma série de seis palavrões mais adequados para o trânsito, mas resisti.

Alguns minutinhos depois sai o Gean com toda calma, liga o carro e eu finalmente consigo passar e entrar na minha aconchegante garagem.

Espero muito que isso me valha, pelo menos, dez estrelinhas douradas. Caso contrário, vou me arrenpender amargamente de não ter mandado o imbecil do Gean praquele lugar.

sexta-feira, abril 03, 2009

Relátorio final de bordo

Se eu tivesse levado a oficina de blogs a sério, teria consciência da minha falta de consideração com os fiéis leitores (eu gosto de pensar que eles existem). Se tivesse um pingo de vergonha na cara também chegaria a essa conclusão.

Já faz um mês que cheguei de viagem e ainda não terminei de contar como foi. Não que interesse, mas já que comecei, é bom terminar, né? (ou não)

Aí vai um resumão:



O mar de rico


Na quarta-feira, uma quarta–feira do mês passado, fomos a Porto de Galinhas – PE. Já tinha ido lá ano passado, mas fiz questão de voltar, porque o lugar é lindo demais, gente.
Sabe aquele mar de rico? Aquela coisa azul que parece uma piscina grande para poucos? Então, é lá.
Dessa vez tivemos sorte e fomos de van com outros dois casais: Lara e Michel, de Brasília, e Diana e Daniel de Manaus.

A van era dirigia por Vítor, um guia argentino que mora do Brasil há 13 anos e acha que sabe falar português. “Vocês sabem porque és Porto Galina?”
E assim ele ia contando a história dos lugares onde passávamos.
Vítor foi o melhor guia que já conheci. Cara discreto, prestativo e super bem humorado.
Chegou ao Brasil em 1994 e escolheu João Pessoa pra fixar morada. Já foi dono de restaurante, teve buggy e agora tem uma van.
Morou seis anos nos Estados Unidos, mas precisou voltar para o sossego da Paraíba.

Quando chegamos a Porto de Galinhas a maré estava baixa. Dava pra ir andando até os corais. Decidimos ir a pé, mas sem levar a câmera, porque não dava pra confiar na maré desse jeito. Sábia escolha. Na hora de voltar quem disse que tinha chão pra pisar?
Eu e meu pulmão de não-nadadora quase pedimos arrego ao salva-vidas, mas com esforço chegamos à praia.
Depois da graça, pagamos R$ 10 e fomos de jangada mesmo.

Porto de Galinhas tem um centro comercial de deixar qualquer mulher falida, mas como tínhamos que voltar cedo, só me deram 20 minutinhos para andar nas lojas e ainda me sobraram uns trocados.
Comprei umas camisetas com galinhas simpáticas estampadas, mais um chaveiros de galinhas e pronto.

Na quinta-feira fizemos o litoral sul de João Pessoa. Era pra irmos com um casal, mas eles desistiram de última hora e fomos só nós e o Vítor. A primeira parada foi na Barra de
Gramame. Um encontro do rio com o mar que dá um visual incrível. Nesse dia também teve sol e fomos felizes.


Barra do Gramame

Depois fomos à Praia de Coqueirinho, umas das mais gostosas. Pensa naquele conceito de sombra e água fresca! Era Coqueirinho. Ao contrário do ano passado, que me deixou com uma má impressão do lugar, esse ano Coqueirinho mostrou tudo o que tem de melhor.

Passamos três horas relaxando e depois fomos à famosa Praia de Tambaba, uma das primeiras praias naturistas do Brasil.
É claro que EU NÃO TIREI A ROUPA. Eu fingi que tirei.




O velho truque do jornal...

Tiramos mais algumas fotos e terminamos o dia no pôr-do-sol da Praia do Jacaré. É lá que o cara toca o Bolero de Ravel, todo fim de tarde, há pelo menos 317 anos. Lá também tem uma feirinha interessantíssima rs.

Na sexta fomos para o litoral norte da João Pessoa, também com o Vitor. Dessa vez quem nos acompanhou foi um trio de portugueses. Um casal aposentado e uma amiga.

Acho que conhecer pessoas é umas das melhores coisas das viagens. Por mais que a probabilidade de reencontrá-las seja remota, elas sempre deixam um pouco de si elevam algo da gente.

O sol realmente caprichou nesse dia e tivemos a oportunidade de voltar à Ilha da Areia Vemelha. Aí sim conseguimos nos divertir. Conversamos sobre as culturas dos países e aproveitei pra perguntar o que eles achavam do novo acordo ortográfico.

“Olha, minha filha, eu sinceramente já estou muito velho pra me preocupar com isso. Agora quem é professora ou trabalha escrevendo, vai ter que se preocupar”

“Pois então...”

No meio da conversa, quem me aparece? Quem? Ele mesmo: o guia mala. Chegou como quem não quer nada, sentou na mesa e não quis mais sair de jeito nenhum. Tinha levado outro casal pra passear, mas enquanto eles se divertiam, ele alugava a gente.
“Amor, vamos dar uma volta?” diz estrategicamente o namorado. “Bora”. E lá vem o mala também. Tirou umas fotos nossa e uma que tirei especialmente pra vocês:

Ele, "O Guia"

Depois fomos para outras praias que eu já não lembro o nome ( faz um mês, né? Paciência...) e o dia acabou feliz.

Um dia na companhia dos portugueses me rendeu duas novas palavras ao vocabulário, dessas que eles usam lá e a gente não faz idéia do que seja aqui. A primeira é ‘alforrelcas’, pronunciada com aquele ‘L’ que só eles sabem como faz e que significa água-viva. A segunda é ‘keka’, que equivale a ‘uma transa’. (apesar de descontextualizadas, garanto que surgiram em uma conversa informal e despretensiosa).

O sábado foi reservado para comprinhas de última hora e pra conhecer a Íris, amiga do #2 e jornalista também. Almoçamos ali pertinho do hotel, conversamos sobre a cidade, concursos, jornalismo, comidas típicas e outras dezenas de assuntos.

Domingo foi o dia de voltar pra casa. O melhor carnaval-sem-carnaval que já tivemos.

Até o próximo verão.