sábado, dezembro 29, 2007

do seu, do meu e do nosso reveillon

Algumas vezes eu penso que blogs não têm finalidade nenhuma...
E outras eu tenho certeza:

http://seureveillon.zip.net/index.html

Esse povo exagera na dose de 'interatividade'

O amor pode dar certo, mas o filme não...

A maneira como as pessoas são afetadas por certas coisas ainda me intriga. Na verdade, começo a achar que o ambiente, a temperatura, a luz, as companhias, o silencio, tudo influência na recepção da mensagem. A reação nunca será coletiva.
Ontem fiz um programinha básico, daqueles que nunca saem da moda: cinema em casa. Um grupo de amigas, pipoquinha, refrigerante, brigadeiro de panela e um filme, que antes era alugado por R$6,00 e hoje é seu pra vida inteira por R$ 5,00 em qualquer banquinha de camelô da esquina.
A escolha do filme, nesse caso, não é muito importante. Quando se reúnem, mulheres gostam mesmo é de conversar e a melhor pedida é um filme leve e, de preferência (não, de preferência não), e, obrigatoriamente le-gen-da-do.
Começamos com Déjà vu, filme do ano passado, com Denzel Washington e que eu ainda não vi. Uma boa escolha ao meu ver, mas, como o mercado pirata ainda apresenta imperfeições, não tinha legenda em português. Ainda me propus a fazer a tradução simultânea do espanhol, mas não me deram ouvidos.
Passamos então para um romance meio água com açúcar que parecia responder às expectativas. Eu disse 'parecia'.
O Amor Pode Dar Certo é um filme de 2006, com roteiro de John Hill e direção de Ed Stone (não os conheço, mas eu precisava culpar alguém nesse post). Os espertinhos usaram *Amanda Peet e Dermont Mulroney como protagonistas de uma história sem sal e sem açúcar, com clichês mais gritantes que qualquer outro romance, um trilha sonora besta e um drama patético (os dois Têm câncer)

*atores ligeiramente conhecidos e que fazem toda garota lembrar dela em De Repente É Amor e dele (charmosíssimo, por sinal) em Muito Bem Acompanhada, dois filmes do gênero “Romance Meloso, Suspirantemente Simpáticos para Meninas”

É aquele tipo de filme que te deixa pensando na fome que esses pobres atores estavam passando, a ponto de aceitarem tais atuações. E é aquele tipo de filme em que você se pergunta “Por que sua amiga consegue chorar vendo isso?”
Esse é o ponto, meus caros! Como pode uma pessoa conseguir chorar com um desastre cinematográfico desse tipo?
Nem eu, uma das maiores choronas de filmes Românticos Melosos, Suspirantemente Simpáticos para Meninas, consegui me comover e ela se desmanchou em lágrimas e ainda disse que nçaoo tínhamos coração.
Creio que tudo depende do estado de espírito da pessoa e meu medo é pensar que eu poderia ter gostado se estivesse com TPM, sozinha em casa e com a luz apagada. Seria o fim do bom senso.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

a grinch

Sabe a pior coisa do Natal?
Os presentes de última hora!
O centro da cidade lotado de pessoas cheias da grana, esbarrando em você e sem nenhuma intenção de pedir desculpa e desejar um natal feliz.
Não sei se vocês sabem, mas eu sou uma pessoa desempregada e pessoas desempregadas não dão presentes ( mas fazem favores).
Então sempre aparece uma oportunidade de enfrentar o caos do dia 24/12 só pra fazer uma pessoa feliz e eu já fiz minha boa ação do ano.
Espero que sso seja devidamente considerado.
FELIZ NATAL.

domingo, dezembro 23, 2007

então é natal...

As festas estão aí, bem aí mesmo, batendo à porta, e eu não dou a mínima. Não tenho paciência para encontrar pessoas na rua e comentar sobre como o ano passou voando, mesmo sabendo que todos os 365 dias tiveram suas 24h.
O espírito natalino não me pegou esse ano e se eu pudesse pular os dias, o faria sem arrependimentos. O desânimo nunca foi tão grande... Nem comparado ao fracasso das ceias de natal da família no começo da adolescência, quando eu passava a noite sozinha porque os primos iam pra casa de outros amigos.
Além da discrepância no horário, que faz a gente querer estar em Copacabana às 21h desejando Feliz Ano Novo ao restante do mundo, mesmo ainda estando no ano velho.
Esse ano eu não comprei presentes e nem espero ganhá-los. Não tive amigo oculto e nem estou ansiosa pra comer o peitinho do chester.
Poderiam pssar despercebidas, como festas que deixei de ir porque não estava afim. Sem fotos, roupas novas e sorrisos encomendados.
Desse ano eu salvaria poucas coisas. Cosinhas mesmo, pra guardar na lembrança, o resto poderia excluir sem passar pela lixeira.
As festas estão aí, bem aí mesmo e pouco me importa.

da revelação

Depois de seis anos e dez meses de uma relação estável, a revelação: ele gosta de charges.com.br
Ela simplesmente odeia esse site e tem verdadeira ojeriza àquelas vozes antipáticas.
E agora?

do-dia-a-dia

A rotina mudou e agora eu levo uma vida de morcego. Um morcego de férias, diga-se de passagem.
Não ter todos aqueles compromissos, ou melhor, não ter nenhum compromisso me deixou meio perdida.
Eu 'trabalho' desde os 17 anos e a faculdade começou por aí também... Desde então fiquei acostumada a estar fazendo alguma coisa. Eu nunca mais havia tido 'férias-férias', me entendem?
Então agora eu vou dormir uma hora da manhã, totalmente sem sono e acordo às 11, como se tivesse ido para melhor balada do ano. Pulo o café-da-manhã, umas das minhas refeições preferidas, e vou direto pro almoço. A tarde passa voando e eu reveso minha total disponibidade entre a internet e a sky.
Passo à noite no msn e quando os amigos se vão, revejo fotos antigas ao som de músicas deprimentes.
E assim os dias vão passando, beibê.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

do alivío.


Sim, apresentei a monografia. Foi às 16h do dia 17/12, aniversário da minha mãe. Tirei 10, mas o que importa é o alívio.

abel.

Helder Júnior:
tu só tem um problema

dedinha:
quero ser a doida?

Helder Júnior:
não

Helder Júnior:
tira 10 na mono

Helder Júnior:
:D

Helder Júnior:
minha garotinha...

dedinha:
hahahaha

Helder Júnior:
parece que foi ontem que te vi correndo atrás de papagaio na rua...

domingo, dezembro 16, 2007

a culpa é do blog

A questão era: “Quem sou eu e porque escolhi o jornalismo como profissão”. Deveria ser respondida em até 4.000 caracteres, com o currículo anexado. Essas eram as exigências para se fazer a inscrição no Curso Abril de Jornalismo desse ano.
Ouço falar nesse curso desde que comecei a faculdade. A Fabiana sempre comentava e eu acabei roubando o sonho dela pra mim.
Escrevi o texto com a inspiração de alguém verdadeiramente apaixonado. Contei a história desde o comecinho até os últimos dias desperançosos no fim do curso.
A resposta sairia dia 15/11 e os alunos que não fossem informados até essa data poderiam se considerar desclassificados.
O dia 15/11 passou e o sonho acabou.
Então, numa quarta-feira à tarde, uma quarta-feira à tarde qualquer eu recebo um telefonena:

-Boa tarde, é Nattércia Lima Damasceno?
- Sim...
-Aqui é schefh4whoac do CURSO ABRIL, eu poderia fazer uma entrevista com você agora?
- Cla-cla-claro!

Foi aí que tudo aconteceu. Eu esqueci que numa entrevista o que você responde pode gerar outra pergunta e foi numa dessas que eu marquei. O cara perguntou alguma coisa sobre a formação intelectual e eu disse que a leitura era importante. Então ele perguntou o que leio. Então eu respondi: sites de notícias, blogs, tenho um, inclusive e alguns livros da área de jornalismo.

-Ah, você tem um blog? Qual o endereço pra eu acessar aqui?

Lá se foi minha chance...Juro que eu pensei em dar o endereço de muitos blogs que eu leio ( menos o do Helder), mas agora não tinha mais jeito. Disse.

(silêncio)

- Então...Eu queria deixar claro que é uma linguagem informal e que não reflete diretamente o que eu aprendi nesses quatro anos de faculdade..

- OK.

(silêncio)

- Mas então, você pratica esportes? O que gosta de fazer pra se divertir? Gosta de alguma revista da Editora Abril? Qual?....

E lá fui eu respondendo tudinho...

Quando pensei que já tinha terminado...

-Ah, você poderia ler um post em voz alta pra mim, por favor?
- Oi?

- O texto ‘da vida dura’. Você poderia ler?

*Pronto, o cara vai pensar que eu sou à toa e odeio trabalhar. Foi-se

-OK

E li, né, amigos? Fazer o quê...

A resposta da segunda fase saiu do dia 10. Não passei. Não havia contado pra quase ninguém sobre essa entrevista, porque não quis alimentar minhas expectativas nem criá-las em outras pessoas, que, acreditem, torcem por mim.
Enfim, não consegui, mas fiquei com o gostinho do segundo lugar...Não aquele amargo segundo lugar, mas o da máxima “O importante é participar”. Eu aqui, nesse longínquo e esquecido Estado, fui lembrada e tive uma chance. Já fico feliz com isso e, pelo menos, me rendeu um post :D

*Quem me ligou foi o sr. Edward Pimenta, editor do Curso Abril de Jornalismo. Na hora fiquei tão nervosa que nem ouvi o nome do homem.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

postão

Pari

Ela nasceu ontem, às 15h, pesando 64 (folhas), dentro das normas da ABNT. Chama-se "A transição da fotografia analógica para fotografia digital: estudo de caso do jornal Página 20", mas podem chamá-la de monografia. Mãe e filha passam bem.


Do atraso

Dia 6 foi o aniversário de uma pessoa muito especial: meu Tio Manel. Eu tenho essa mania possessiva de tratar as pessoas como se elas fossem só minhas.
Meu Tio Manel é o caçula da família do meu pai. Completou 4.0 na semana passada e eu fui lá comer torta de abacaxi, tomar coca-cola gelada e conversar.
Ele contou uma das histórias que eu mais gosto de ouvir: que quando eu era bebê, ele tava brincando de me rodar, mas fez tanto que eu fiquei com os olhinhos embaralhados e ele me jogou nos braços da minha tia e saiu atordoado. (talvez isso explique minha loucura).
E lembramos também do dia em que eu disse com a maior sinceridade do mundo que daria minhas pernas pra ele voltar a andar...
Conversas desse tipo fazem a gente se dar conta de que o tempo passou bem rápido e que o sentimento de admiração, carinho e amor veio junto com ele.
Parabéns, meu tio!



Das últimas

Minhas mulheres voltaram, ganhei presentes, minha dentista viajou e só volta em janeiro, não tenho epilepsia, segundo o resultado do exame, mas a médica passou mais alguns. Fico de férias do inglês no sábado. A programação do curso de cinema ficou pronta e eu verei amanhã. Encerrei minha conta no banco, mas a central continua ligando e fazendo uma cobrança que eu já paguei e eu continuo a esculhambar aqueles atendentes 'gerundistas'. Uma coisa legal quase aconteceu, mas essa fica pra outro post.

domingo, dezembro 09, 2007

Tô com nojinho

Cheguei naquela fase em que não aguento mais olhar pra monografia, nem que ela esteja banhada à ouro, com 317 diamantes por todo o corpo ( do texto, claro).
Passei o fim de semana mexendo aqui, atualizando ali e nada...Tá dando cria esse negócio!
O consolo é pensar que isso já já passa. É um sufoco necessário.
Aí postarei os textos atrasados e as homenagens prometidas.
Juro!

quarta-feira, dezembro 05, 2007

da vida dura [nova versão]

As mulheres da minha vida me deixaram e eu descobri que a vida de uma desempregada solitária nao é tão boa assim.
Nunca pensei que uma mulher lisa e sempre compromissos de trabalho tivesse tantas coisas pra resolver.
De certa forma faz sentido, porque só agora resolvi cuidar da saúde e esse tipo de coisa quando a gente não cuida logo, acumula.
Então tenhos exames, protocolos, médico, dentista, conta de banco pra encerrar, migração do plano do celular pra fazer e finalizações da monografia.
Fora isso, o trivial: decidir onde 'filar' o almoço diariamente, porque uma mulher-desempregada-sozinha-e-solitária não irá cozinhar pra duas pessoas se ela tem uma família grande e acolhedora :D

segunda-feira, dezembro 03, 2007

fiel

Quando você vai a um consultório médico tem três opções: conversar com o paciente ao lado e compartilhar todas as suas mazelas, ler revistas antigas ou assistir televisão.
'Escolhi' a última opção.
Foi quando eu me vi presa à Record, sendo obrigada a assistir a um programa chamado "Balanço Geral", apresentado por uma figura do mesmo 'naipe' do Edvaldo Souza (Gazeta Alerta) que passou a manhã inteira falando sobre o mesmo assunto: o rebaixamento do Corinthians.
Quando eu pensava que vinha coisa nova, lá apareciam as mesmas imagens de corintianos deseperados, seguidas de um apelo do apresentador aos torcedores da fiel...
Fora a comoção geral, o dia de luto para o time, após 97 anos de fundação, é mesmo necessário passar a manhã inteira falando a mesma coisa?
E é ca-la-ro que eu não poderia nem sugerir que trocassem de canal, porque havia homens na sala. Então o jeito foi ficar ali refletindo em com um programa desse tipo consegue se manter no ar...Em como um apresentador desse tipo consegue sair para trabalhar todos os dias (o dinheiro, eu sei) e em como eu consegui ver até o final sem vomitar.

sábado, dezembro 01, 2007

então acabou...

Eu me prometi não chorar, mas a verdade é que foi duro subir aqueles 32 degraus pela última vez.
Despedidas são sempre tristes e por mais que eu tenha a consciência de que é só mais uma fase que se foi e que coisas novas virão, deixar pessoas sempre me faz chorar.
Não será a primeira nem a última, mas valeu a pena ( pelas amizades).
Não vou esquecer o abraço apertado da Neide, do Roberto, Gigli, Raquel, Marcia, Jaque, Madson, Sandra, Luana, Edinaldo, Fernando e nem das pessoas que não pude me despedir.
Só perdôo a Dih, porque ela ficou doente e eu tenho certeza que isso foi uma estratégia pra eu deixar meu Papai Noel de presente pra ela.
Agora é hora de descansar (pelo menos por um tempo).