sábado, dezembro 29, 2007

do seu, do meu e do nosso reveillon

Algumas vezes eu penso que blogs não têm finalidade nenhuma...
E outras eu tenho certeza:

http://seureveillon.zip.net/index.html

Esse povo exagera na dose de 'interatividade'

O amor pode dar certo, mas o filme não...

A maneira como as pessoas são afetadas por certas coisas ainda me intriga. Na verdade, começo a achar que o ambiente, a temperatura, a luz, as companhias, o silencio, tudo influência na recepção da mensagem. A reação nunca será coletiva.
Ontem fiz um programinha básico, daqueles que nunca saem da moda: cinema em casa. Um grupo de amigas, pipoquinha, refrigerante, brigadeiro de panela e um filme, que antes era alugado por R$6,00 e hoje é seu pra vida inteira por R$ 5,00 em qualquer banquinha de camelô da esquina.
A escolha do filme, nesse caso, não é muito importante. Quando se reúnem, mulheres gostam mesmo é de conversar e a melhor pedida é um filme leve e, de preferência (não, de preferência não), e, obrigatoriamente le-gen-da-do.
Começamos com Déjà vu, filme do ano passado, com Denzel Washington e que eu ainda não vi. Uma boa escolha ao meu ver, mas, como o mercado pirata ainda apresenta imperfeições, não tinha legenda em português. Ainda me propus a fazer a tradução simultânea do espanhol, mas não me deram ouvidos.
Passamos então para um romance meio água com açúcar que parecia responder às expectativas. Eu disse 'parecia'.
O Amor Pode Dar Certo é um filme de 2006, com roteiro de John Hill e direção de Ed Stone (não os conheço, mas eu precisava culpar alguém nesse post). Os espertinhos usaram *Amanda Peet e Dermont Mulroney como protagonistas de uma história sem sal e sem açúcar, com clichês mais gritantes que qualquer outro romance, um trilha sonora besta e um drama patético (os dois Têm câncer)

*atores ligeiramente conhecidos e que fazem toda garota lembrar dela em De Repente É Amor e dele (charmosíssimo, por sinal) em Muito Bem Acompanhada, dois filmes do gênero “Romance Meloso, Suspirantemente Simpáticos para Meninas”

É aquele tipo de filme que te deixa pensando na fome que esses pobres atores estavam passando, a ponto de aceitarem tais atuações. E é aquele tipo de filme em que você se pergunta “Por que sua amiga consegue chorar vendo isso?”
Esse é o ponto, meus caros! Como pode uma pessoa conseguir chorar com um desastre cinematográfico desse tipo?
Nem eu, uma das maiores choronas de filmes Românticos Melosos, Suspirantemente Simpáticos para Meninas, consegui me comover e ela se desmanchou em lágrimas e ainda disse que nçaoo tínhamos coração.
Creio que tudo depende do estado de espírito da pessoa e meu medo é pensar que eu poderia ter gostado se estivesse com TPM, sozinha em casa e com a luz apagada. Seria o fim do bom senso.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

a grinch

Sabe a pior coisa do Natal?
Os presentes de última hora!
O centro da cidade lotado de pessoas cheias da grana, esbarrando em você e sem nenhuma intenção de pedir desculpa e desejar um natal feliz.
Não sei se vocês sabem, mas eu sou uma pessoa desempregada e pessoas desempregadas não dão presentes ( mas fazem favores).
Então sempre aparece uma oportunidade de enfrentar o caos do dia 24/12 só pra fazer uma pessoa feliz e eu já fiz minha boa ação do ano.
Espero que sso seja devidamente considerado.
FELIZ NATAL.

domingo, dezembro 23, 2007

então é natal...

As festas estão aí, bem aí mesmo, batendo à porta, e eu não dou a mínima. Não tenho paciência para encontrar pessoas na rua e comentar sobre como o ano passou voando, mesmo sabendo que todos os 365 dias tiveram suas 24h.
O espírito natalino não me pegou esse ano e se eu pudesse pular os dias, o faria sem arrependimentos. O desânimo nunca foi tão grande... Nem comparado ao fracasso das ceias de natal da família no começo da adolescência, quando eu passava a noite sozinha porque os primos iam pra casa de outros amigos.
Além da discrepância no horário, que faz a gente querer estar em Copacabana às 21h desejando Feliz Ano Novo ao restante do mundo, mesmo ainda estando no ano velho.
Esse ano eu não comprei presentes e nem espero ganhá-los. Não tive amigo oculto e nem estou ansiosa pra comer o peitinho do chester.
Poderiam pssar despercebidas, como festas que deixei de ir porque não estava afim. Sem fotos, roupas novas e sorrisos encomendados.
Desse ano eu salvaria poucas coisas. Cosinhas mesmo, pra guardar na lembrança, o resto poderia excluir sem passar pela lixeira.
As festas estão aí, bem aí mesmo e pouco me importa.

da revelação

Depois de seis anos e dez meses de uma relação estável, a revelação: ele gosta de charges.com.br
Ela simplesmente odeia esse site e tem verdadeira ojeriza àquelas vozes antipáticas.
E agora?

do-dia-a-dia

A rotina mudou e agora eu levo uma vida de morcego. Um morcego de férias, diga-se de passagem.
Não ter todos aqueles compromissos, ou melhor, não ter nenhum compromisso me deixou meio perdida.
Eu 'trabalho' desde os 17 anos e a faculdade começou por aí também... Desde então fiquei acostumada a estar fazendo alguma coisa. Eu nunca mais havia tido 'férias-férias', me entendem?
Então agora eu vou dormir uma hora da manhã, totalmente sem sono e acordo às 11, como se tivesse ido para melhor balada do ano. Pulo o café-da-manhã, umas das minhas refeições preferidas, e vou direto pro almoço. A tarde passa voando e eu reveso minha total disponibidade entre a internet e a sky.
Passo à noite no msn e quando os amigos se vão, revejo fotos antigas ao som de músicas deprimentes.
E assim os dias vão passando, beibê.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

do alivío.


Sim, apresentei a monografia. Foi às 16h do dia 17/12, aniversário da minha mãe. Tirei 10, mas o que importa é o alívio.

abel.

Helder Júnior:
tu só tem um problema

dedinha:
quero ser a doida?

Helder Júnior:
não

Helder Júnior:
tira 10 na mono

Helder Júnior:
:D

Helder Júnior:
minha garotinha...

dedinha:
hahahaha

Helder Júnior:
parece que foi ontem que te vi correndo atrás de papagaio na rua...

domingo, dezembro 16, 2007

a culpa é do blog

A questão era: “Quem sou eu e porque escolhi o jornalismo como profissão”. Deveria ser respondida em até 4.000 caracteres, com o currículo anexado. Essas eram as exigências para se fazer a inscrição no Curso Abril de Jornalismo desse ano.
Ouço falar nesse curso desde que comecei a faculdade. A Fabiana sempre comentava e eu acabei roubando o sonho dela pra mim.
Escrevi o texto com a inspiração de alguém verdadeiramente apaixonado. Contei a história desde o comecinho até os últimos dias desperançosos no fim do curso.
A resposta sairia dia 15/11 e os alunos que não fossem informados até essa data poderiam se considerar desclassificados.
O dia 15/11 passou e o sonho acabou.
Então, numa quarta-feira à tarde, uma quarta-feira à tarde qualquer eu recebo um telefonena:

-Boa tarde, é Nattércia Lima Damasceno?
- Sim...
-Aqui é schefh4whoac do CURSO ABRIL, eu poderia fazer uma entrevista com você agora?
- Cla-cla-claro!

Foi aí que tudo aconteceu. Eu esqueci que numa entrevista o que você responde pode gerar outra pergunta e foi numa dessas que eu marquei. O cara perguntou alguma coisa sobre a formação intelectual e eu disse que a leitura era importante. Então ele perguntou o que leio. Então eu respondi: sites de notícias, blogs, tenho um, inclusive e alguns livros da área de jornalismo.

-Ah, você tem um blog? Qual o endereço pra eu acessar aqui?

Lá se foi minha chance...Juro que eu pensei em dar o endereço de muitos blogs que eu leio ( menos o do Helder), mas agora não tinha mais jeito. Disse.

(silêncio)

- Então...Eu queria deixar claro que é uma linguagem informal e que não reflete diretamente o que eu aprendi nesses quatro anos de faculdade..

- OK.

(silêncio)

- Mas então, você pratica esportes? O que gosta de fazer pra se divertir? Gosta de alguma revista da Editora Abril? Qual?....

E lá fui eu respondendo tudinho...

Quando pensei que já tinha terminado...

-Ah, você poderia ler um post em voz alta pra mim, por favor?
- Oi?

- O texto ‘da vida dura’. Você poderia ler?

*Pronto, o cara vai pensar que eu sou à toa e odeio trabalhar. Foi-se

-OK

E li, né, amigos? Fazer o quê...

A resposta da segunda fase saiu do dia 10. Não passei. Não havia contado pra quase ninguém sobre essa entrevista, porque não quis alimentar minhas expectativas nem criá-las em outras pessoas, que, acreditem, torcem por mim.
Enfim, não consegui, mas fiquei com o gostinho do segundo lugar...Não aquele amargo segundo lugar, mas o da máxima “O importante é participar”. Eu aqui, nesse longínquo e esquecido Estado, fui lembrada e tive uma chance. Já fico feliz com isso e, pelo menos, me rendeu um post :D

*Quem me ligou foi o sr. Edward Pimenta, editor do Curso Abril de Jornalismo. Na hora fiquei tão nervosa que nem ouvi o nome do homem.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

postão

Pari

Ela nasceu ontem, às 15h, pesando 64 (folhas), dentro das normas da ABNT. Chama-se "A transição da fotografia analógica para fotografia digital: estudo de caso do jornal Página 20", mas podem chamá-la de monografia. Mãe e filha passam bem.


Do atraso

Dia 6 foi o aniversário de uma pessoa muito especial: meu Tio Manel. Eu tenho essa mania possessiva de tratar as pessoas como se elas fossem só minhas.
Meu Tio Manel é o caçula da família do meu pai. Completou 4.0 na semana passada e eu fui lá comer torta de abacaxi, tomar coca-cola gelada e conversar.
Ele contou uma das histórias que eu mais gosto de ouvir: que quando eu era bebê, ele tava brincando de me rodar, mas fez tanto que eu fiquei com os olhinhos embaralhados e ele me jogou nos braços da minha tia e saiu atordoado. (talvez isso explique minha loucura).
E lembramos também do dia em que eu disse com a maior sinceridade do mundo que daria minhas pernas pra ele voltar a andar...
Conversas desse tipo fazem a gente se dar conta de que o tempo passou bem rápido e que o sentimento de admiração, carinho e amor veio junto com ele.
Parabéns, meu tio!



Das últimas

Minhas mulheres voltaram, ganhei presentes, minha dentista viajou e só volta em janeiro, não tenho epilepsia, segundo o resultado do exame, mas a médica passou mais alguns. Fico de férias do inglês no sábado. A programação do curso de cinema ficou pronta e eu verei amanhã. Encerrei minha conta no banco, mas a central continua ligando e fazendo uma cobrança que eu já paguei e eu continuo a esculhambar aqueles atendentes 'gerundistas'. Uma coisa legal quase aconteceu, mas essa fica pra outro post.

domingo, dezembro 09, 2007

Tô com nojinho

Cheguei naquela fase em que não aguento mais olhar pra monografia, nem que ela esteja banhada à ouro, com 317 diamantes por todo o corpo ( do texto, claro).
Passei o fim de semana mexendo aqui, atualizando ali e nada...Tá dando cria esse negócio!
O consolo é pensar que isso já já passa. É um sufoco necessário.
Aí postarei os textos atrasados e as homenagens prometidas.
Juro!

quarta-feira, dezembro 05, 2007

da vida dura [nova versão]

As mulheres da minha vida me deixaram e eu descobri que a vida de uma desempregada solitária nao é tão boa assim.
Nunca pensei que uma mulher lisa e sempre compromissos de trabalho tivesse tantas coisas pra resolver.
De certa forma faz sentido, porque só agora resolvi cuidar da saúde e esse tipo de coisa quando a gente não cuida logo, acumula.
Então tenhos exames, protocolos, médico, dentista, conta de banco pra encerrar, migração do plano do celular pra fazer e finalizações da monografia.
Fora isso, o trivial: decidir onde 'filar' o almoço diariamente, porque uma mulher-desempregada-sozinha-e-solitária não irá cozinhar pra duas pessoas se ela tem uma família grande e acolhedora :D

segunda-feira, dezembro 03, 2007

fiel

Quando você vai a um consultório médico tem três opções: conversar com o paciente ao lado e compartilhar todas as suas mazelas, ler revistas antigas ou assistir televisão.
'Escolhi' a última opção.
Foi quando eu me vi presa à Record, sendo obrigada a assistir a um programa chamado "Balanço Geral", apresentado por uma figura do mesmo 'naipe' do Edvaldo Souza (Gazeta Alerta) que passou a manhã inteira falando sobre o mesmo assunto: o rebaixamento do Corinthians.
Quando eu pensava que vinha coisa nova, lá apareciam as mesmas imagens de corintianos deseperados, seguidas de um apelo do apresentador aos torcedores da fiel...
Fora a comoção geral, o dia de luto para o time, após 97 anos de fundação, é mesmo necessário passar a manhã inteira falando a mesma coisa?
E é ca-la-ro que eu não poderia nem sugerir que trocassem de canal, porque havia homens na sala. Então o jeito foi ficar ali refletindo em com um programa desse tipo consegue se manter no ar...Em como um apresentador desse tipo consegue sair para trabalhar todos os dias (o dinheiro, eu sei) e em como eu consegui ver até o final sem vomitar.

sábado, dezembro 01, 2007

então acabou...

Eu me prometi não chorar, mas a verdade é que foi duro subir aqueles 32 degraus pela última vez.
Despedidas são sempre tristes e por mais que eu tenha a consciência de que é só mais uma fase que se foi e que coisas novas virão, deixar pessoas sempre me faz chorar.
Não será a primeira nem a última, mas valeu a pena ( pelas amizades).
Não vou esquecer o abraço apertado da Neide, do Roberto, Gigli, Raquel, Marcia, Jaque, Madson, Sandra, Luana, Edinaldo, Fernando e nem das pessoas que não pude me despedir.
Só perdôo a Dih, porque ela ficou doente e eu tenho certeza que isso foi uma estratégia pra eu deixar meu Papai Noel de presente pra ela.
Agora é hora de descansar (pelo menos por um tempo).

quinta-feira, novembro 29, 2007

filmografia

desse lado do mundo
dessas coisas que penso
que páro
e penso
tenho uma vontade de gritar
e grito
grito
(!)
a janela está escancarada
aberta
exposta
as cortinas balançam
o vento
o vento
não há ninguém na rua
ninguém na lua
só coisa comum
desse lado do mundo
as coisas
coisas
só coisas
se mudam
mudam
muda...
silêncio
* Poesia de Walkíria Raizer, interpretada por Juliano, para o projeto "Poesias Interpretadas" do Núcleo de Arte e Cultura do Curso de Cinema e Vídeo da Usina de Arte João Donato.
* Fotografia minha (vídeo e câmera digital).

segunda-feira, novembro 26, 2007

Eu moro errado

Existe um problema sério de planejamento na minha cidade que faz com que travessas não tenham nome e que, numa mesma rua, existam centenas de milhares de casas com o mesmo número.
Eu moro na última entrada da rua principal e ela não tem nome. Reza a lenda (informações do meu pai) que era chamada de "Travessa do Desprezo", mas nunca foi revelado o motivo e não há registros disso na Prefeitura.
Outra história conta que o nome era "Rua Projetada", mas isso também é mito. No fim das contas, usamos o nome da rua principal para nos localizarem.
Eu já tentei fazer um revolução, ligando para Prefeitura e para os Correios e tentando estabelecer um Acordo de Paz entre as duas instituições para que entrassem em um bendito consenso e registrassem um nome oficial para rua, mas eles disseram que isso tudo será resolvido com o Plano Diretor da Cidade (que será executado sabe lá Deus quando).
Já que rua é a mesma, os números deveriam ser diferentes. Assim, ficaríamos sem identidade, mas com um número único.
No começo, o problema era com o 27. Era o número da minha casa e da vizinha da outra rua. Aí sempre tínhamos que ficar entregando a correspondência dela.
Depois chegou um prefeito querendo ser o doido e mudou todos os números. A intenção até que foi boa, mas eles não fizeram direito. Então o problema passou a ser o 24. É o novo número de casa e de uma outra lá no começo do bairro.
Essa semana chegou uma conta de telefone em nome do sr. Albani e resolvi subir a ladeira, entregar a cobrança e saber se não deixaram nada lá...
Cheguei na casa (que agora é um bar) e me sai um cara de short, com cara inchada, olho remelento e, pelo visto, com uma ressaca desgraçada.
- Eu gostaria de falar com o sr. Albani.
- Ele não mora mais aqui, agora sou eu...
*olhando o pro chão.
-Ah, é que entregaram uma correspondência e zaz zaz zaz...E eu queria saber se não entregaram nada nosso aqui.
-Pera aí.
Lá me vem o homem com a minha conta de telefone do mês de setembro toda rasgada, rajada suja e xexelenta.
-Err...É minha sim.
*olhando pro chão. sempre.
- Bom, então qual o nome do sr, pq caso entreguem sua correspondência lá em casa, a gente vem deixar...
- Agamelhança (falando baixo e pra dentro)
-Er...Então tá, sr. Obrigada.
Agora eu tenho que ligar para o Pedro, chefe dos carteiros, pra ele falar com o novo carteiro da minha região e apresentá-lo a toda a minha família, porque o sr. H não tem cara de que irá guardar minhas coisas.

sexta-feira, novembro 23, 2007

dos erros

A gente faz cada besteira nessa vida, né?
Tava aqui lembrando da festinha de encerramento da 5ª série na casa da Profª Maninha. Como de praxe, haveria o famoso amigo-oculto.
Eram tempos de vacas gordas em que a gente ainda davaThaty (perfume d'O Boticário) para presentear as professoras no Dia dos Professores, e, por isso, rolou uma listinha na sala e cada um "sugeriu" o que gostaria de ganhar do seu amigo.
Havia tirado a Celine, minha amigona, e comprei o que ela queria: o cd (original, claro) do Skank com o famoso single "Garota Nacional".
Hoje me pergunto: por que eu não pedi um desse também, Deus?
Uma banda legal, com uma baladinha da moda e que eu poderia ouvir até hoje sem maiores complicações...
Mas nãããooo, prefiri pedir o cd do "É o Tchan", incluindo o famoso sucesso "Dança da bundinha", presenteado pela minha amiga Nayara.
É foda.

da vida dura

Eu sonho com a preservação do Meio Ambiente, com a paz mundial (como toda miss) e com o bendito dia em que eu deixarei de ser badeca. Sim, porque estagiário é badeco. É aquele que tem que cumprir horário, fazer tudo que lhe pedem, sem férias nem décimo terceiro.
Aos 17 anos eu consegui meu primeiro estágio. A princício, a palavra soava bem: "a estagiária do Dep. de História da Ufac". Bonito, não?
Logo que cheguei fui recepcionada ironicamente pela estagiária que eu iria substituir, a Pitchula. Ela passou uns dias me ensinando o trabalho e onde íamos fazia questão de me apresentar: "Essa é a estagiária que vai me substituir", sempre seguido de uma resposta frustada de quem ouvia: "Poxa, Pitchula, você vai sair, é?"
Nos corredores me olhavam torto e eu me sentia a própria Profª. Suzana (substituta de Profª Helena, na novela Carrossel), mas continuei na minha.
Pitchula acabou sendo recontratada e viramos grandes amigas.
Depois chegou a Íris, outra estagiária. Passávamos por cada uma que dava vontade de morrer. Transcrevíamos fitas, formulávamos, digitávamos, entregávamos e arquivávamos documentos, atendiámos o telefone, cuidávamos do laboratório de informática, comprávamos lanche pro chefe (sempre tendo que pedir pra dona da lanchonete emprestar o copo de vidro, porque ele não tomava café em copo descartável), saíamos fora do horário, trabalhávamos na greve e até limpávamos a sala, quando ninguém mais fazia isso.
Isso tudo acontecia porque nós éramos apenas 'xerebréias'* naquele setor. Segundo o Prof. Bento, numa hierarquia, o xerebréu é aquele que enrola a linha e depois se humilha pro dono da pepeta (pipa) deixar ele brincar um pouco com ela. Um sem moral.
Depois da experiência, passei por mais dois estágios. E hoje posso afirmar com propriedade que o período máximo de dois anos para um estágio foi empiricamente comprovado. Após esse tempo, não há cristão que aguente acordar e ir trabalhar. Independente das condições de trabalho, do chefe, do salário, dos colegas, a paciência já não existe mais e a vontade de ir embora é constante.
Eu sonho com o dia em que deixarei de ser estagiária...E esse dia está próximo, meus caros.

*Não sei a grafia está correta, não sei de onde ele tirou isso, mas que eu ouvi, ouvi.

terça-feira, novembro 20, 2007

Nunca serão!

Eu quero saber, Sr. José Padilha, onde o sr. enfiou as frases que eu mais gostei na porra desse filme?
Como é que o sr. me corta um parte foda daquela, sr. Padilha?
O sr. ficou com medinho de ser repreendido, depois que meio mundo já viu o filme?
Ou o sr. só queria garantir seus 20 milhões em bilheteria e reeditou de qualquer jeito?

Viva o piratão!

domingo, novembro 18, 2007

daquela série...

Ele foi logo propondo:

- Quer namorar comigo?

*andando. sempre.

- Eu sou seu manicure, pedicure e ainda lavo suas calcinhas!

*Um homem (quase) perfeito, eu diria. Não sabia fazer escova nos meus cabelos. Não aceitei.

Sim, aconteceu na rua, como sempre. Espero que quem leia isso não imagine que eu sou de parar o trânsito. Eu só páro malucos.

quinta-feira, novembro 15, 2007

das uvas (ou quase isso)


Eu comia isso.
Comia mermu, não vou mentir.
Não morri nem engordei.
Essa semana, vindo do trabalho, achei essas ' uvinhas' plantadas no canto do muro de um terreno abandonado.
Quando eu era criança, lembro que elas eram as representantes legais das uvas na minha casinha.
Pode não parecer, mas brincar de casinha exige uma certa logística que crianças desses tempos modernos não entenderiam. Apesar de ser uma tentativa descarada de transformar meninas inocentes em Amélias, era bem mais prazeroso e mais interessante que qualquer The Sims da vida (virtual).
Todas as comidinhas, digo, alimentos, eram inspirados em alimentos reais e havia uma plantinha para cada mantimento. As mamães iam ao mercado (quintal, rua, terreno baldio), faziam suas compras (arrancavam as pobres plantas sossegadas) e voltavam pra fazer a sopa das suas filhinhas (uma boneca chamada Larissa). Depois era só cortar tudo com faca de plástico não cortante, despejar em uma panelinha do tamanho de uma tampa de remédio e cozinhar em fogo brando (mentira).
Quando estivesse pronto, fingia-se alimentar a filha (que tinha boca, mas não era aberta, senão enfiaríamos sopa 'goela' abaixo) e no final tinha a sobremesa: uvinhas!
Acho que minha nunca soube que eu comia, mas toda vez eu lembrava da cena do filme "Lagoa Azul" em que o filho deles comia aquelas frutinhas vermelhas proibidas e eles pensavam que ele ia morrer. Mesmo assim eu comia. E era bom.
A impressão que dá é que tudo desaparece quando a gente cresce (ou adquire idade, como queiram). Os lugares já não são os mesmos, as pessoas morrem e as plantas desaparecem. Parece que tudo conspira contra as suas lembranças e é preciso ter uma boa memória fotográfica para guardar tudo que viveu...

Plantarei uvinhas no meu quintal!

quinta-feira, novembro 08, 2007

ausente

Eu não quero aceitar o meu status de pessoa ligeiramente desesperada até o fim do mês, mas o fato é que eu realmente tenho muitas coisas para resolver antes que dezembro se anuncie.
Tem gente que vai achar que é draminha, porque eu sou campeã em aumentar meus problemas, mas dessa vez é sério. Juro!
Então, amigos-lindos-do-meu-brasil-varonil, estarei segestivelmente ausente deste blog enquanto as coisas se resolvem.
(a não ser que algo muito extraordinário aconteça na minha vida, como uma viagem inesperada para Nova York, um par de sapatos novos ou que eu ganhe o que eu quero)
Até lá, estou oficialmente ocupada!

terça-feira, novembro 06, 2007

Da série "coisas que só acontecem comigo"

Em pé, em frente ao trabalho, esperando meu pai...
Ele me olha e mostra sua dentadura sorridente.
Retribuo. (com meus dentes mesmo)

- Tu viu a mulher que tava conversando comigo?
- Vi sim. (tinha visto mesmo. eu reparo tudo)
- É doidinha por mim...
-Ah, é?
-É sim...Coroa enxuta, né?
- É sim...
- Marcou um encontro comigo amanhã aqui.
- Foi?
- Foi...
- E o senhor já a conhecia?
- Conheci um dia desses...Eu disse que era viúvo, ela disse que era tbm e que era bom a gente se casar. E amanhã eu venho, né? Eu sou sem-vergonha mesmo...rs
(pai chega)
- Boa sorte!
- Obrigado, minha filha!

quinta-feira, novembro 01, 2007

luz

Fotografia. Luz+Escrita. Aristóteles. Câmara escura. Giovanni Della Porta. Angelo Sala. Schulze. Thomas Wedgwood. Joseph Nicéphore Niépce. Jacques Mandé Daguerre. Daguerreótipo.Fox Talbot. Hercules Florence. George Eastman. Kodak. Analógico. Filme. Asa. Obturador. Diafragma. Composição. Exposição. Fotograma. Filtro. Objetivas. Zoom. Flash. Baterias. Pilhas. Digital. Pixels. Sensores. CCD. CMOS. Cartão de memória. Resolução. Fotojornalismo. Bresson. Manipulação. Monografia.

sábado, outubro 27, 2007

a língua do cara

Sabe cara, quando tu vai pra um show, cara, e nota que o cara tá super feliz, cara, que gostou de rever a cidade, cara, que trouxe um repertório bacana, cara, com uma produção foda, cara...
Aí tu pensa, cara, que gastou R$ 15,00 cara, no fim do mês, cara, já lisa pra cacete, cara, pra ficar em pé, cara, no aperto, cara, vendo um monte de gente que adora dar uma de vip, cara, mas que sabe lá como pagou R$ 250,00 por uma mesa, cara, aí vem a reflexão, cara: esses 'produtores de evento', cara, dessa cidade pequena, cara, sabe que a gente paga mesmo pra ter um pouco de diversão, cara, e fazem um show de rock, cara, de-ro-quê, com mil mesas no salão e cara de acústico, cara, é foda, cara.

*O vocabulário do Dinho do Capital Inicial é baseado na famosa línga do p, só que, pra personalizar, ele substituiu por "cara".

quinta-feira, outubro 25, 2007

varadouro (o post)


Varadouro é um caminho aberto na floresta, mas, nesse contexto, o caminho é musical e esse ano a abertura tornou-se maior. Foi aí que eu entrei.
A proposta era integrar as artes e lá estava eu, sem rótulos, com uma câmera na mão e querendo tirar fotos, só isso.
Passei de público a alguém com um crachá amarelo e passe livre para o backstage.
O Festival Varadouro 2007 contou com a participação de 18 bandas (9 da casa e 9 do Brasil afora). Aconteceu numa sexta de chuva (19) e num sábado de calor acreano (20), em um espaço grande e com boa estrutura física.
Tinha música, foto, blusa, CD, botton, grafitagem (ou intervenção), skate e tacacá. Tudo no mesmo lugar.
Limitei minha participação às fotos. Escrever sobre música não é tão fácil quanto parece e prefiri evitar conceitos estrambólicos e avaliações sem propriedade. Volta e meia gente acaba conceituando a banda em um estilo que não tem nada a ver com ela e, no final, a maior influência é a cerveja mesmo.
Dos sons novos que ouvi, os que me fizeram tocar a guitarra imaginária foram da Lord Crossroad e Mr.Jungle. O Quarto das Cinzas tem um som diferente e uma vocalista super performática. Gostei também.
E as bandas da casa, nem se fala...Tem muita gente boa por aqui. Nicles, Marlton, Blush Azul, Mapinguari Blues, Camundogs, Los Porongas...
E, enquanto a outra edição não chega, a cena se fortalece!

quarta-feira, outubro 24, 2007

Da série "coisas que só acontecem comigo"

Levar um chute, pratimente um coice, de um bucéfalo que estava no orelhão e ficar com lindo hematoma roxo na canela. Maravilha!

segunda-feira, outubro 22, 2007

estudar é preciso


Tive que tomar medidas drásticas pra poder estudar em casa e fazer a bendita monografia.

Não adiantou.


Mãe chega:


- Ah, pode ir tirando o cavalinho da chuva que eu vou perturbar mesmo...

- Mas mãe...

(sai do quarto)

* Toc toc toc na janela

- Que é mãe?

- hihihihi

(corre)

* Toc toc toc na porta

- Oi, mãe...

- Ah, Dedinha, não gostei disso não...Vamo conversar, vamo?


quinta-feira, outubro 18, 2007

fiu fiu

Eu posso não ser simpática sempre, mas procuro ser educada... E uma das coisas que eu ainda faço é responder quando cumprimentam, mesmo com segundas intenções...

-Boa tarde!
- Boa tarde. (séria e com olhar fixo pro chão)
- A gente pode se conhecer melhor?
(andando...)
- Dá só uma olhadinha, por favor!
(se distanciando...)
- Você tá com raiva de quê?
(lá longe...)

Se eu estivesse com tpm, até pararia pra perguntar:
"Ô meu filho, e a gente se conhece daonde? Foi só um 'Boa tarde'. Só-i-ssô!"
Mas é bom alimentar o ego de vez em quando, né?

quarta-feira, outubro 17, 2007

do medo

Ando com medo... (nos dois sentidos)
Não apontaram uma arma pra minha cabeça, não me ameaçaram, não roubaram minha bolsa, mas eu ando com medo.
Depois que você passa por uma dessas, a sensação de impotência é tão grande que você se sente alvo o tempo todo.
Só levaram o rosinha, mas parece que ele (o filho da puta de dois posts atrás) vai voltar pra levar o resto das coisas.
Aí eu ando que nem doida, sem dinheiro, sem cartão, sem bolsa grande e rápido. Sempre rápido.
Às vezes o medo é até bom, porque ajuda a previnir, mas essa insegurança acaba interferindo no cotidiano e daqui uns dias eu perco a coragem de voltar pra casa a pé.
E olha que eu tô falando de Rio Branco...

causos de White River




E mais uma:

Ex-presidiário ateia fogo em menina de 11 anos

Francisco Canisio Nascimento Santos, 20, ex-presidiário, na tarde do último domingo na companhia de um comparsa, tentou estuprar uma menina de 11 anos. O crime aconteceu no município de Senador Guiomard a 29 km de Rio Branco e causou revolta à população local.
Segundo informações da polícia, a criança conseguiu escapar das mãos dos acusados, mas não se livrou da tentativa de homicídio praticada por Francisco Canisio, que jogou gasolina no corpo da menina e ateou fogo. A criança coberta de chamas saiu correndo pela rua pedindo por socorro.A brutalidade teria sido testemunhada por várias pes-soas, mas somente duas te-riam contado à polícia por medo dos agressores. Queimada viva a criança agonizava no meio da rua após ter sido brutalmente atacada pelo acusado Francisco Canisio.
Conforme informações da polícia de Senador Guiomard, a vítima foi vista saindo de um matagal aos gritos e Francisco correndo atrás. Apurou-se ainda que o agressor sacou de um frasco, que trazia no bolso, derramou um líquido contido no recipiente sobre a menor e em ato contínuo a incendiou na frente de várias pessoas.
A vítima está no Pronto-Socorro de Rio Branco, onde se encontra internada com 60% do corpo queimado. No final da tarde de segunda-feira, uma equipe da Polícia Militar prendeu Francisco Canisio, que se encontrava embaixo de uma mangueira, localizada à Rua Manoel Julião, nas proximidades de uma escola pública.
Ao avistar os policiais ele tentou fugir, mas foi cercado e preso. Assim que a notícia da prisão do acusado se espalhou na cidade, populares ameaçaram invadir a delegacia para linchá-lo. Ele teve que ser removido para uma cela de segurança com a polícia cercando o local.
*Será que alguém pode contar essa história direito?

terça-feira, outubro 16, 2007

flanela

Engraçado pensar como algumas coisas passaram de 'vagabundagem' a 'apenas um trabalho' em tão pouco tempo.
De vez em quando eu vou de carro (que não é meu) para o trabalho e deixo-o estacionado no mesmo lugar. Eu sei que quando eu voltar o moço que olha carros estará lá, naquele mesmo cantinho, de boné e me avisando se posso sair. É sempre assim.
O que a gente não se deu conta é que esse passou a ser um serviço prestado, como outro qualquer, e não uma tentativa de proteger seu carro do próprio carinha que se dispôs a 'dar uma olhadinha'. A gente não paga pra ele olhar, e sim pra ele não riscar.
Só que nesse lugar é diferente. O rapaz está lá todos os dias, na mesma hora, e ainda tem carga horária a cumprir. Faz esse serviço há anos, no mesmo espaço e ainda ganhou a confiança do cliente. Há quem deixe a chave do carro com ele. Muitos, até.
Hoje, atrasada pra ir buscar a lombinho, não paguei o serviço. Horas depois, tive que voltar pra resolver um problema no banco.

Fi eu saindo do carro e ele:

"Nem me deu hoje, hein?" (desconsidere o duplo sentido da frase)

"Er...Por isso mesmo que eu voltei!" (desconsidere mesmo, viu?)

"Então faz assim, paga logo metade..."

* Tiro 5o centavos do bolso e pago.

Na volta, quito a dívida.



"Valeu gata...Mas o quê que aconteceu que tu tava sumida, hein? Não vem mais trabalhar não é?"

*E o cara ainda dá conta da minha vida, é mole?

sábado, outubro 13, 2007

ah, cacete!

Não vou conseguir dormir mesmo...
Não vou porque um filho da puta resolveu escolher justamente o carro do meu namorado pra quebrar o vidro, amassar a porta e roubar só o meu celular que eu tinha esquecido lá dentro.
Eu nunca saio à noite, quando resolvo, dá nisso!
Não sou a primeira nem a última, mas o trabalho que vai dar pra ir à delegacia prestar queixa, ligar pra empresa bloquear o número e ainda ficar sem celular já me deixa suficientemente irritada.
Que seja atropelado por um caminhão e seu corpo fique em pedaços assimétricos e irreconhecíveis!
Que morra de overdose hoje mesmo!
Que leve três tiros: um na cabeça, outro no ombro esquerdo e um no coração, pra não ter perigo...
Que seja pego em um acerto de contas, leve cinco facadas, o corpo seja jogado no rio Acre e seja enterrado como indigente.
Rogo praga mesmo!
E não me venham com má distribuição de renda, problemas sociais e direitos humanos!
É bandido e acabou!

quarta-feira, outubro 10, 2007

"A vida é cheia de som e fúria"

Hoje eu tô numa mistura de Michael Douglas em Um dia de Fúria com Matt Dillon em Um dia Perfeito e uma pitada do falecido Francisco Milani, o Saraiva do Zorra Total, com o seu famoso bordão "tolerância zero"
Pelo título dos filmes, essas crises parecem ter duração limitada: "um dia..."
Um dia sem saco, sem paciência, sem provicianismo de cidadezinha do interior, falso moralismo, precipitação, verdades inquestionáveis.
Um dia pra não ouvir perguntas bestas, porque, apesar de falar demais, eu tenho a consciência de que fazer intervenções utilizando o senso comum ou sempre se baseando nas falas dos professores não significa absolutamente nada, além de ser chatíssimo.
Um dia pra ler coisas extremamente irritantes e, mesmo assim, continuar lendo só pra se revoltar com as posições alheias.
E, finalmente, uma dia pra lembrar que o salário tá na conta e sair pra comprar um sapato novo.
Pronto. Passou.

terça-feira, outubro 09, 2007

notas

*Existem umas estratégias de comunicação que não funcionam, mas as pessoas insistem em utilizá-las.
Todo sabádo eu ouço o mesmo comercial na rádio:
"E você que está indo pra balada, antes dê uma passadinha na peixaria do meu amigo Roberto (nome fictício)"
Meus amigos, quem é que em sã consciência encara uma caldeirada de peixe às 23h, no calor insuportável de White River, e depois vai pra balada?

*Esse negócio de ser simpática é a maior furada. A gente reencontra um conhecido, abre aquele sorriso, pergunta como anda a vida, a família e a criatura fica com cara de tacho. Não falo mais também.

* De repente eu virei fotógrafa. Assim, sem mais nem menos. E o termo que mais ouvi ontem foi "produção de conteúdo".

* Um dia eu posto alguma coisa séria. Ou não.

domingo, outubro 07, 2007

sábado, outubro 06, 2007

sobre crônicas e contos

Toda história tem várias versões. O problema é quando as pessoas esquecem disso e fazem de uma visão a verdade absoluta. Nessa tal profissão que eu espero exercer, ouvir os diversos lados da história é um mandamento.
Então às vezes as pessoas contam histórias a sua maneira, estilo, opinião e fazem disso a história dos outros.
E aí vem outro problema chamado 'coleguismo' e faz com que outras pessoas absorvam aquela informação sem questionamentos. É difícil manter a isenção quando se tem um amigo no meio.
Isso acontece e sempre vai acontecer (no jornalismo ou não).
A forma de interpretação pessoal nunca será a mesma, mas acredito que quando a mensagem é entendida pela maioria da mesma forma, houve comunicação.
Porém, isso é totalmente desconsiderado quando se trata de um amigo. Uma falha humana que complica tudo.
É como se numa sala de 168 alunos, o professor explicasse uma matéria, mas 16 entendessem de outra forma. Esses 16 são meus amigos, portanto, estão certos. Os 152 restantes não passam de 'ignorantes' alienados.
E assim cria-se um juízo de valor.
Isso é o que mais me assusta.
Criar opiniões baseadas em fatos não vistos, só porque existe uma relação próxima com o outro. Facilitar caminhos só porque existe uma relação próxima com outro.Fazer favores e passar por cima de outros, só porque existe uma relação próxima com outro.
E tudo o que se pode questinoar sobre ética começa a morrer aí mesmo, sem nem ao menos percerbemos.
E o que motivou a polêmica perde a autenticidade, afinal, torna-se também uma relação de interesses.
Acontece comigo e com você. Sempre.

quarta-feira, outubro 03, 2007

o golpe

Pra quem não sabe, eu trabalho numa empresa de telefonia.
O que eu faço, ao contrário do que muitos pensam, é ler os jornais e sites a procura do nome da empresa. Eu até poderia poderia falar o nome dessa empresa, pra não ficar repetindo 'empresa', mas isso se transformaria em clipping, geraria uma fonte de pesquisa no google, alguém que gostasse muito de mostrar serviço iria encontrar esse texto, descobrir minha real insatisfação, comunicar ao setor de relações com a mídia da matriz, que entraria em contato com o meu chefe, em outra filial, que entraria em contato com o RH e eu seria demitida. E, como eu ainda tenho quatro meses de estágio, prefiro ficar.
Como o meu setor é pequeno e eu sou sem moral, divido a sala com o jurídio, outro setor coitadinho que não tem sala própria e só tem uma estágiária, que é minha amiga. Tudo no lado dela é mais bonito. Ela tem escaner, um computador melhor, um telefone sem fio, fax, impressora e mais trabalho :D
As pessoas até falam mal nos jornais, mas o número de processos é bem maior.
Então de vez em quando vem alguém instisfeito, nevorsinho ou desesperado conversar com a minha amiga estagiária da mesa ao lado.
Os casos são sempre os mesmos: furto, clonagem, cobrança indevida...Mas hoje o caso era de vida ou morte.
A mulher não parava de repetir: "Meu marido vai me matar, meu Deus!"
Também pudera, ela foi mais uma vítima do golpe do celular. Alguém liga (a cobrar), dizendo que é da empresa (sim, a 'empresa' que eu trabalho) e que a pessoa foi sorteada em uma promoção e ganhou vários prêmios, mas, para desfrutar de todas as maravilhas, a criatura teria que comprar cartões de celulares pré-pagos das empresas concorrentes e passar o código por telefone.
Eu tento, de verdade, acreditar que o poder de persuação ultrapassa a sanidade.
Tento compreender que a 'inocência' faz com que pessoas caiam nesse papo.
E tento, tento mesmo, aceitar que a vontade de ganhar qualquer coisa nessa vida é tão grande que os pobrezinhos se rendem a tal golpe sem pensar muito antes.
Mas quando alguém chega aqui dizendo que atendeu a chamada a cobrar, viu pelo bina que o número era de um celular de Fortaleza, passa uma hora e meia nessa ligação e ainda gasta duzentos reais em créditos para celulares de outra operadora, aí até eu tenho vontade matar!

sábado, setembro 29, 2007

das frases que me inspiram

"O que fazer? O que fazer? O que fazer?"
Pumba, amigo do Timão
"Ô consciência, eu morri?"
Dory, em 'Procurando Nemo'
"Ele está zombando da gente, esse sol de rachar..."
Nigel, em 'Selvagem'
"Eu não conheci o meu pai"
Bruce, em 'Procurando Nemo'
"Continue a nadar, continue a nadar..."
Dory, em 'Procurando Nemo'
"Is he a greek man? No, he's not a greek"
Sr. Portokarlos, em 'Casamento Grego'

quinta-feira, setembro 27, 2007

Novela não é tudo, sabia?

Logo cedo me vi numa saia justa:
-E aí, quem matou Taís?
- Não sei ó...
- Nenhum palpite?
*Tentei lembrar o que havia no bendito comentário que a Fabiana deixou aqui quando eu fiz essa pergunta, mas minha memória fotogrática não permitiu. Então soltei:
- Er...não ó. Tô mais ansiosa em saber o final da Bebel e do Olavo! (sorriso amarelo)

Eu não vejo novelas, meus caros. Deixei essa vida há algum tempo e a desculpa de estar na faculdade na mesma hora da novela era a minha melhor justificativa. Mas agora que as aulas acabaram a minha situação se complica. As pessoas comentam e me pegam desprevinida.
E não, a solução não será voltar a assisti-las.
O que eu preciso é de um manual com expressões corriqueiras, incluindo alguns nomes de personagens bem comuns, tipo Helena, pra me sair bem nessas situações. Ou, em último, mas em último caso meeesmo, ver as chamadas da novela, que contam a história em 30s e sem dor.

*Título inspirado (ou imitado mesmo) no post do Deixa eu quieto.

quarta-feira, setembro 26, 2007

dos dias

Na sala mais simpática da Brt, ninguém tem noção do tempo.
Logo cedo:

-Que dia é hoje?
- 26
- Ah, tá.

Minutos depois...

- Hoje é 26?


Quase no fim do expediente...

- Hein, mas que dia é hoje mesmo?
-26
-Quarta?


E assim seguem os dias...Eu a Dih, perdidas no tempo, mesmo cada uma tendo um calendário maceta ao lado da mesa.

terça-feira, setembro 25, 2007

Twitter

A nova sensação do verão é o Twitter. Esse sitezinho curioso que quer sempre saber o que a gente tá fazendo e deve ser atualizado com bem mais frequência que o blog.
O problema é esse: frequência. Eu já esqueci a senha umas trocentas vezes e nunca acho que estou fazendo alguma coisa suficientemente interessante para ser compartilhada com meio mundo.

* Tem um link na palavra Twitter, mas essa porcariazinha aqui não tá destacando.

domingo, setembro 23, 2007

Foi-se

Foi capturada no fim da noite deste domingo, pela Polícia da Família (PF), Catita da Silva. Procurada por todos o membros da casa há dias, finalmente foi pega desprevinida entre a sala e a cozinha, o que a PF denominou de"Operação Catita".
"Foi difícil. Tivemos que observar seus hábitos e horários durantes vários dias, mas, enfim, obtivemos sucesso", comemora o sr pai.
Catita da Silva se sentia a dona proprietátria da casa e causava incômodo aos outros moradores. Além da ousadia de passear pelos cômodos, conseguiu bular todas as tentativas de aniquilação.
"Ela estava acabando com meu fogão", declara aliviada a sra. tchura mãe.
Infelizmente Catita da Silva não sobreviveu aos ferimentos e morreu às 23h49min. Seu corpo será velado em casa (não na nossa).

tempopassa...


*No meu tempo, a diversão era tentar adivinhar as letras do alfabeto e os bichinhos que vinham estampados nos biscoitos.


sábado, setembro 22, 2007

Um dia sem carro

Algumas pessoas se reuniram e tiveram a idéia bacana de fazer do dia 22 de setembro um dia sem carro.
Beleza...
A pergunta é:
Quem vai me dar uma carona pro inglês?
Porque eu já disse que não sei andar de bicicleta...
Eu poderia até ir de patins, mas, além de não tê-los, eu não sei se já superei o trauma de ter quebrado o braço andando com eles há alguns anos.
Patinete não rola e, na pernada, menos ainda, por que o sol tá quente pra cacete.
Acho que eu vou de carro mesmo.
Desculpaê, galera...

* Eu não estou traindo o movimento, gente...White River não está participando da jornada, mas aqui você encontra todas as informações necessárias.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Sobre mim (ou não)

Eu tenho pintas que parecem mosquitos.
Tenho braços, dedos e pescoço compridos, que não gosto.
Não pinto o cabelo há quase um ano e a cor natural dele é preta, apesar de ninguém aceitar isso.
Sou baixinha, magrinha e 'braba'.
Eu sou as quatro pessoas do layout.
Tenho as canelas grossinhas, considerando minha estrutura corporal.
Meus olhos são pequenos e castanhos, mas deles eu gosto.
Minhas sobrancelhas só vivem assanhadas.
Eu tenho um pedaço de grafite de lápis preto nº 2 no meu joelho direito.
E tenho duas cicatrizes no joelho esquerdo, conquistadas na mesma semana.
Tenho menos quatro sisos e preciso usar uma placa nos dentes pra arrumar meu maxilar.
Eu não sei andar de bicicleta.
Eu sou amarela e fico vermelha quando todo muito sol.
Troquei as unhas à francesa por vermelho kenga.
Tenho uma cicatriz ridícula na barriga por causa de uma apendicite aos oito anos.
Falo muito (com as mãos também).
Choro fácil. Sempre.
Choro por filmes, séries e pelo Chaves.
Gosto fácil.
Sou geminiana (o que justifica algumas coisas).
Sofro por antecipação.
Esqueço coisas.
Me apego rápido.
Uso salto alto, mas prefiro meus sapatos baixinhos.
Só tenho os dois furinhos básicos nas orelhas. Sou careta.
Gosto de diminutivos.
Não uso perfume forte, por causa rinite.
Uso um anel 'solitário' e sem a pedrinha no vizinho do mindinho da mão esquerda e não o tiro nunca.
E quero ser a doida como a minha amiga Fabiana, que posta duas vezes no mesmo dia :D

despedida

A alegria deu uma rasteira da tristeza e eu fiquei feliz de novo. Foi por pouco tempo, mas o suficiente para não esquecer.
Terça-feira encontrei os amigos da faculdade. Como de costume, mandei e-mail pra todo mundo, convocando pra reuniãozinha (deixando claro que a brilhante idéia foi do Helder. Só dele)
Éramos dez e dois agregados. Um calor digno do inferno, pizza na promoção e sorvete ruim.
Aquela mesma brincadeira de todo grupo de amigos numa pizzaria: alguém faz aniversário e todos cantam parabéns de mentirinha.
O Helder ganhou sorvete ruim por isso (só que era maior que o nosso).
Tentamos lembrar os nomes dos falecidos da turma. Lembrei de poucos.
As meninas tiveram uma 'certa' dificuldade em interpretar o cardápio.
Eu anotei os sabores :D
A Rê tava com conjutivite.
Tiramos fotos.
Comemos três pizzas GG.
A Geisy foi embora cedo.
Conversamos.
Fomos embora.
"A gente se vê..."

segunda-feira, setembro 17, 2007

Das novas brincadeiras

Thárcila (a priminha telefonista) veio almoçar aqui em casa hoje. Como criança se contenta com pouco e, dizem que elas sempre se identificam com meu quarto, deixei-a brincando com umas miniaturas (pra não dizer bonecos de plástico que fazem barulho e são, notavelmente, para crianças).

Shrek diz:
Onde você estava, Fiona?
Fiona diz:
Estava na casa de uma amiga.
Shrek diz:
E por que você não me ligou?
Fiona diz:
Porque meu celular estava descarregado...
Shrek diz:
E por que não ligou de casa?
Fiona diz:
Meu pai não deixa mais eu ligar. Não posso nem chegar perto do telefone.
Ah, e hoje à noite eu vou sair de novo?
Shrek diz:
Com quem?
Fiona diz:
Sinto muito, mas...Eu vou sair!

*Acho que minhas Barbies não eram assim tão...independentes.

quinta-feira, setembro 13, 2007

complicado...

Saindo de casa, arrumando os bolsos da bermuda, puxando a blusa, dando um jeito no cabelo...

- Não precisa se arrumar que ninguém vai prestar atenção não, amarela.

*Isso é o que acontece quando você dá moral para o pedreiro mais mala do mundo: Chinha.

Eu amo um lombo pequeno

Eu tava esperando ela fazer alguma coisa bem legal por mim pra eu escrever alguma coisa pra ela, mas como todo dia ela diz que me ama e implora por atenção, aqui estou.
A lombinho, também conhecida como Rafaella (assim, com dois "l") vive lá em casa há 16 anos. Ela dorme no quarto ao lado, mas passa a maior parte do tempo no meu. Ela usa meu espelho, meus brincos, colares, pulseiras, perfumes, roupas, sapatos, pinça, esmalte e tudo mais que for meu. As minhas coisas são bem mais interessantes, apesar dela ter bastante coisa parecida. Mas, como é dela, não tem graça. O legal é pedir emprestado.
Os seis anos que nos separam já fizeram muita diferença. Hoje brigamos menos e conversamos mais (muitos mais, porque ela consegue falar mais que eu).
Somos diferentes. Ela é morena e eu sou amarela. Ela é vaidosa. Usa cremes e hidratantes, máscara para o rosto, rodelas de pepino no olhos, colher gelada contra olheiras e, se pudessse, ia à manicure todos os dias.
Ela não gosta de coca-cola e nunca almoça, mas come rúcula e tomates.
Não come peixe.
Adora picanha mal passada.
Ela tem força pra me bater, mas sempre deixa o chuveiro pingando.
Ela detesta minhas expressões faciais enquanto assisto tevê e joga almofadas em mim.
Ela gosta de hip hop, negões sarados e aprendeu inglês com os clipes da MTV.
A lombinho me chama de mana mesmo quando está irritada. Eu a chamo de lombinho porque era a sua palavra mais odiosa da vida inteira. Ela já acostumou.
Nós dançamos e cantamos juntas. Ela me maquia e ri das minhas piadas.
Aliás, ela adora contar piadas, mas nem sempre são boas.
Ela é minha fã e gosta de ler o que eu escrevo, mas sempre me chama de safadinha.
Ela faz muitas perguntas irritantes e consegue me tirar do sério facilmente sempre que pergunta "Quê???"
Ela não fala mal de mim e me empresta as coisas sem reclamar.
Arrota feito porco e pede desculpa mesmo sabendo que eu não vou desculpá-la, porque eu já expliquei que a gente só pede desculpa quando isso acontece sem querer.
Ela joga lixo na rua e tem medo de borboleta grande.
Ela é muito bonita, mas é "pensa" pra um lado.
Ela sonha com um corpo perfeito e já prometeu mil vezes que não ia mais usar chapinha. Ela nunca consegue cumprir.
Ela usa blush pra ir à escola e sempre senta à mesa com os pés esticados, invadindo a minha área.
Ela tem mil defeitos e qualidades, mas é minha irmã, fazer o quê...
*Ah, e ela tem a voz parecida com a minha ao telefone, mas não aceita isso.

quarta-feira, setembro 12, 2007

acabou


Segundo o calendário acadêmico, hoje é o último dia do semestre. Isso significa que daqui duas ou três semanas eu não precisarei mais sair de casa às 18:30, me estressar com o trânsito, desviar(ou não) alguns buracos do campus, estacionar sempre no mesmo lugar, entrar na quarta sala, procurar minha cadeira canhota e colocá-la na segunda fileira, perto da janela.
Significa também que eu não vou mais comer lanche que me faz mal, tirar xerox a R$ 0,10 e sempre reclamar da máquina com o Garibaldi, enquanto ele canta alguma música da banda Calypso.
Eu também não precisarei mais me levantar durante a aula pra procurar minha bolsa dentro da mochila do Jefferson, que os meninos sempre insistem em esconder.
E não vou mais arrancar folhas do meu caderno pra bater um papo durante a aula.
Não brigarei mais com professores, nem os deixarei roxos de raiva. E também não organizarei mais festinhas surpresas ou de despedida.
Eu não serei mais a editora chata do jornal A Catraia.
Não verei as tchuras todos os dias.
E nem terei um grande público pra me ver encostar a boca no nariz.
Não comprarei o caderno das Meninas Superpoderoras da próxima coleção volta às aulas.
Não rirei das piadas dos meninos e nem escutarei os apelidos do pessoal da sala.
Não escreverei mais nenhum post legal, falando mal de alguém da sala. Não correrei o risco de ser processada por isso e, provavelmente, não receberei 15 comentários.
Os meninos não virão mais aqui em casa para conversamos duas horas antes de começar a resolver alguma coisa do trabalho e, quando resolvermos começar, passarmos mais uma hora discutindo o que comprar no supermercado para lanchar.
Eu não me estressarei mais com os trabalhos. E não rirei disso depois.
E nem poderei mais falar palavrão e dizer que foi influência dos meninos. Mas foi, porra, eu juro!
A faculdade foi muito boa. Boa mesmo.
Mas agora eu preciso dar outro sentido às minhas noites. E, confesso, vai ser difícil.
Saudades. Sempre.

terça-feira, setembro 11, 2007

aiai...(oficial)

Outra coisa que eu perdi foi a alegria. Anda sumida, como aquelas coisas que a gente perde, mas tem quase certeza que perdeu em casa. É só uma questão de procurar com cuidado.
E alegria faz falta pela manhã. Principalmente pela manhã, quando a gente precisa, pelo menos, de um sorrisinho de canto de boca pra começar o dia...Senão, fica difícil levantar (como tem sido todas as manhãs).
Talvez esteja nas caixas em cima das preteleiras brancas, mas lá tem poeira e a rinite não pode chegar.
Ao contrário da paciência, ela não deixou substitutos. Até o ânimo sumiu. E o que sobrou foram os suspiros diários...
Bom seria se ela voltasse por vontade própria, aí eu não teria que procurar.
Aí eu ficaria feliz de novo.

quinta-feira, agosto 30, 2007

:D

Helder Júnior diz:
faz um favor?

dedinha diz:
faço

Helder Júnior diz:
encosta a boca no nariz

dedinha diz:
hahahaha

*vou sentir saudades...

quarta-feira, agosto 29, 2007

Não é um filme de terror

Mas tem um 'quê' de mistério. A princípio, a proposta era apenas bendita e, no fim, é só um filme sobre uma pessoa.
Quando o grupo apresentou o tema "Benzedeiras", confesso que não me animei. Convivi com isso a minha infância inteira, então não me parecia nada mágico minha avó pegar uma folhinha de "peão roxo" e benzer a gente. Era comum demais.
A idéia amadureceu e acabou se modificando. Nem tudo dá filme.
Falamos sobre a Dona Maria. Sua infância, amores, filhos, sonhos e seu barracão de macumba. Simples assim. Do jeito que eu contei.
Nunca havia tido contato com esse tipo de religião e, é claro, tive medo. "O medo do desconhecido", como até a Dona Maria tem.
Depois passou.
Desmitificou.
E o que sobrou foi a pessoa.
Não sei quando o filme fica pronto, mas sexta-feira o trailer sai do forno. Se der, coloco aqui.
*Ah, eu fiz a fotografia (eu, a Juju e o Daniel).


filmaço

Coisa que você só vê na Sessão da Tarde ou perdido no Disney Channel

quinta-feira, agosto 23, 2007

quarta-feira, agosto 22, 2007

Foi assim...

Eu tava indo lanchar naquele lugarzinho que vende uns bolos perfeitos, ali no Parque da Maternidade, mas ainda faltava um pouco pra chegar.
Íamos eu, Kennedy(do curso de cinema), a esposa dele e lombinho.
Kennedy me pediu R$ 1,00 emprestado, que era o que faltava pra "inteirar" os R$ 12,00 que ele geralmente gastava pra lanchar.
De repente, começa um tiroteiro. Bala vindo de várias direções, marginais, gente gritando, um garoto com um fuzil, se protegendo atrás do poste e a gente no meio de tudo isso.
Corremos para nos esconder e cada um se salvou como pôde. Fique escondida atrás de um morrinho de cimento, pintado de branco. O cal sujou minha roupa, inclusive.
Um deles me achou, apontou a arma para a minha cabeça, mas, não sei porque, desistiu de me matar.
Depois da troca de tiros com a polícia, alguns fugiram e as coisas se acalmaram.
No fim da confusão, namorado chega, me olha e nem me dá moral (ahhh, filho da mãe!).
Um celular começa a tocar perto de mim. Era igual o meu, mas o meu tava no bolso.
Quem ligava era uma jornalista daqui. Atendi.

- Alô

-Você tá encrencada. Aquela matéria que você fez tá dando rolo. O povo tá atrás de ti. Melhor se esconder.


A matéria a qual ela se referia foi uma pauta sugerida pela minha avó. Falar sobre as folhas de Arruda que eram vendidas no mercado.
Minutos depois, chega um torpedo.

*Você se meteu com a pessoa errada. Vai se arrepender!


Na verdade, a lojinha de ervas era só um disfarce. Nos fundos funcionava um laboratório de refinamento de cocaína e mais cedo ou mais tarde eu ia publicar isso. (eu sou jornalista, porra!)
Logo que li a mensagem, saí correndo pelos escuros corredores do mercado e eles me perseguindo. Correram atrás de mim atè 5:56, aí eu tive que acordar.
Afinal, hoje é quarta-feira e tem trabalho, né?

domingo, agosto 19, 2007

E, no fim, o que importa são as pessoas

Comecei meio descrente. E, pra falar a verdade, eu nem queria mesmo fazer...Mas já que passei, era uma questão de honra.
Nunca saí feliz de casa. Três meses não foram suficientes para acostumar a sair às 13:40. Às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos.
E ia de cara amarrada. Só queria ficar o tempo necessário e fazer o que tivesse que ser feito.
Só tinha a juju e quando ela faltava, eu ficava sozinha, comendo maçã.
Eu tô falando do curso de cinema. Da 7ª arte e das belas amizades.
Com o tempo, pude conhecer cada um.
Hoje somos poucos, dos 40, restaram 27 e desses, apenas 10 fazem um filme comigo.
Não foi o suficiente para eu me apaixonar completamente pelo cinema, mas eu bem fiquei "a fim" dele.
O que eu precisava era de uma ocupação. Conhecer gente. Conversar. Ter novos amigos.
Consegui!
Agora tenho mais um monte de gente pra guardar no coração e lutar para que o tempo e a falta de memória constante não me deixe esquecer seus nomes. Só os nomes.
Essa semana o filme nasce...

E, no fim, o que importa são as pessoas...


domingo, agosto 12, 2007

Esses vizinhos...


Em agosto, mês do desgosto, a gente não respira por aqui. A fumaça invade a cidade e se você respirar fundo é capaz de morrer sufocado. E sabe de quem é a culpa? Dos vizinhos!
Rondônia, Bolívia, Peru, Amazonas, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Sul...Há quem diga que vem fumaça até do Japão, mas do Acre, nunca!
Ninguém queima no Acre.
Nós amamos a natureza.

quinta-feira, agosto 09, 2007

foi-se

Eu perdi. Não sei mesmo onde coloquei. Já procurei embaixo da cama, na caixas da prateleira, na segunda gavetinha da mesa do computador e nada. Eu simplesmente perdi a paciência.
E o que segura as pontas é a tolerância.

terça-feira, agosto 07, 2007

deda no divã

Nunca pensei que uma consulta a um buco maxilar fosse tão reveladora quanto uma visita ao psicólogo.
Dois meses depois da última experiência horripilante com esse povo que olha a boca da gente, tive que ir ao buco. O problema tá no maxilar. Tá faltando óleo em algum lugar, sabe? Quando mastigo ele faz uns barulhos assustadores e resolvi cuidar disso antes que fique sério.
Na primeira consulta ele explicou todo o mecanismo da coisa e pediu uma documentação completa: raio-x, fotos de frente, perfil e moldes dos dentinhos.
Diagnóstico:

-Existem três coisas bem fáceis de fazer para diminuir o problema e que eu sempre indico: dançar, cantar e correr.

- O_o

- O problema é mais psicológico. Você precisa cuidar mais de você do que eu . Você é uma pessoa muito ansiosa. Olhaí, não pára de se mexer um minuto. É muito inquieta.

(tira a mão da boca, passa a mão no cabelo, encosta o braço na cadeira, descruza as pernas...)

- Você parece se preocupar muito com as coisas. Quando isso acontecer, tire dez minutos pra pensar só em você. Relaxe e vá anotando tudo o que precisa. Depois de uma hora, leia suas anotações. Você vai ver que nem precisava estar tão preocupada com problemas tão pequenos e que, aos poucos, você consegue resolver tudo.

- (...)

*Tá tão na cara assim que eu tenho problemas?
Isso é grave...

*Ah, ele também sugeriu outro tratamento: um aparelho móvel o olho da minha cara. Prefiro meditar e tentar ser menos doente.

quarta-feira, agosto 01, 2007

começou



Agora eu só preciso de, pelo menos, uns 4000 caracteres (com espaço) e mais umas 40 folhinhas dessas.
*Ainda um blog melancólico. Quer coisa mais triste que monografia?

terça-feira, julho 31, 2007

(in)sugestível

De repente o chão vai sumindo...E já não há muitas pedras imersas pra pisar, nem atalhos convenientes.
E eu, sinceramente, estou cansada de me sentir assim. Essa inconstância de estar sem fim.
De repente eu só quero ficar sozinha. Talvez não. Talvez eu e o Zeca (Baleiro). O novo amigo.
Mas sempre há o "bom dia", o "boa tarde" e o sorriso triste. Há de se cumprir o papel social. Estar no modo "tudo bem" o tempo inteiro.
O dia segue cheio. Cheio de problemas, soluções, trabalhos, filmes, fotografias. Como se fosse aquele biscoito que a gente come pra enganar o estômago, mas sabe que não é suficiente. É só uma ocupação para mente.
À noite, o travesseiro é o pior inimigo. E volta tudo, como peças de um quebra-cabeça, como cenas de um filme repleto de clichês e de uma espectadora desatenta. A tristeza chega como um refriado e se instala no corpo aos poucos, involuntariamente.
A verdade é que eu já nem sei mais.
E, até a segunda ordem, este é um blog melancólico. Nada sugestível.

domingo, julho 29, 2007

da implicância

A implicância começou por causa do porco. Um simples porco.
Eu decidi deixá-lo em frente à porta do meu quarto e pronto. Ali, paradinho, cuidando de tudo.
Mas sempre tem alguém pra falar..."E esse porco?"
É o meu porco, oras! Que mal poderia fazer um porco?
Quando as pessoas pararem de se preocupar com o porco das outras, tudo vai dar certo.


* A verdade é que ele está aí por um motivo. Existe uma hospéde não bem-vinda na minha residência, chamada catita e eu a vi entrando pela brecha da porta. Por isso o porco. Pra barrar visitas indesejadas.

tsc

O problema de ficar em casa no domingo à tarde é que passa uns filmes "besta que só" e eu ainda choro.

terça-feira, julho 24, 2007

dos direitos trabalhistas

* Trimmmmmmmm
*Trimmmm

-Menina, o telefone tá tocando. Tu não vai atender?

- Eu não! Não recebi esse mês...
(sentada no sofá e dando de ombros)

Thárcila Vitória, 6 anos, recebe R$ 5,00 por mês para atender o telefone da casa da minha avó.

domingo, julho 22, 2007

Dos meus velhinhos

Tive dois, como todo mundo. Edimilson e Benedito. Mãe e pai bem representados.
Do vô Edimilson veio a fotografia. Não sei como, mas veio dele. Tenho certeza!
Das lembranças, a casinha de ferramentas no canto direito do quintal. Eu sempre brincava lá, mesmo sabendo que ele ia brigar. Eu adorava esmagar as manguinhas para minha salada de frutas numa ferramenta que ele tinha.
"Marrapaz...Eu já não disse pra vocês não fazerem isso?"
E saia todo mundo correndo...
Depois eu sentava no braço do sofá que ficava ao lado da TV e passava a mão na careca dele. Aí tava tudo resolvido.
A gente dançava também. Dois pra cá e dois pra lá.
Tinha até uma música!

"Nattércia, catibiribécia
Cheira matutina,
Firififécia"

Nem sei o que ele queria dizer com aquilo. Era a minha música e acabou.
E os pêssegos? Ele adorava. Sempre depois do almoço e cortados com garfo e faca. Quando terminava, ficava batendo os talheres no prato, num batuque sonoro.
"Podem viajar tranquilos", disse o médico.
No meio da viagem ele se foi. Eu nunca entreguei o desenho que tinha feito.
Do vô Bené a lembrança: da porta da casa já dava pra sentir o barulho da panela e o cheiro de cará frito. Do cozinha, via-se ele na cabeceira da mesa, com um prato cheio de arroz, o peixe frito e despejando farinha em cima. Tudo era muito bom.
Dele também vem o "r" foRte. Aquele "r" da velhice. Do "rermei". Do cabelo "rermei", parecendo uma guariba. Ele sempre falava isso. Tinha implicância com cabelos.
Não fui vê-lo no hospital. Achei que era só um resfriado. Nada sério.
"Amanhã eu vou", disse eu.
Nem deu tempo...Ele se foi naquele amanhã.

sexta-feira, julho 20, 2007

Dos sentimentos, o pior. Decepção.
Dos males, o melhor. O menos pior.
Fingimento.
Verdade rara.
Necessidade. Aparência.
Passividade.
E começa tudo outra vez...

quinta-feira, julho 19, 2007

3054

Morte no avião
Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me.
É meu último dia:
um dia cortado de nenhum pressentimento.
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.
Não morrerei agora.
Um dia inteiro se desata à minha frente.
Um dia como é longo.
Quantos passos na rua, que atravesso.
E quantas coisas no tempo, acumuladas.
Sem reparar, sigo meu caminho.
Muitas faces comprimem-se no caderno de notas.
Visito o banco.
Para que esse dinheiro azul se algumas horas mais, vem a polícia retirá-lodo que foi meu peito e está aberto?
Mas não me vejo cortado e ensangüentado.
Estou limpo, claro, nítido, estival.
Não obstante caminho para a morte.
Passo nos escritórios. Nos espelhos, nas mãos que apertam, nos olhos míopes, nas bocas que sorriem ou simplesmente falam eu desfilo.
Não me despeço, de nada sei, não temo: a morte dissimula seu bafo e sua tática.
(...)
A morte dispôs poltronas para o conforto da espera.
Aqui se encontram os que vão morrer e não sabem.
Jornais, café, chicletes, algodão para o ouvido,
pequenos serviços cercam de delicadeza,
nossos corpos amarrados.
Vamos morrer,
já não é apenas meu fim particular e limitado,
somos vinte a ser destruídos,
morreremos vinte, vinte nos espatifaremos, é agora.
Ou quase. Primeiro a morte particular,
restrita, silenciosa, do indivíduo.
Morro secretamente e sem dor,
para viver apenas como pedaço de vinte,
e me incorporo todos os pedaços
dos que igualmente vão parecendo calados.
Somos um em vinte, ramalhete
dos sopros robustos prestes a desfazer-se.
(...)
Ó brancura, serenidade sob a violência
da morte sem aviso prévio,
cautelosa, não obstante irreprimível aproximação de um perigo atmosférico
golpe vibrado no ar, lâmina de vento no pescoço,
raio choque estrondofulguração
rolamos pulverizados
caio verticalmente e me transformo em notícia.
(Carlos Drummond Andrade)

quarta-feira, julho 18, 2007

so far away

Eu adoro morar no Acre. Gosto mesmo.
O lugar, as pessoas, o sol de rachar, a água barrenta do rio, as árvores...Mas será que não dava pra esse pedacinho de terra ser no meio do Brasil?
Não sou a primeira a reclamar disso, mas onde a distância mais atrapalha é no bolso (além de outras coisas, claro).
O deslocamento é caro, nem tudo chega a tempo e o pior, o frete dos produtos é um absurdo.
Eu só tô reclamando assim porque, além de ser reclamona, eu quero comprar um livro pra monografia e a única livraria que encontrei fica em Florianópolis e o valor do frete é bem superior ao preço do livro.
Ô drogas!
Algum leitor simpático da ilha que queira me mandar por encomenda normal ou, quem sabe, fazer uma visitinha ao Acre e trazer a encomenda? :D

segunda-feira, julho 16, 2007

das manias

*Sempre que eu chego da rua, a primeira coisa que eu faço é lavar as mãos. Parece que todo o calor e cansaço estão nelas. Dá um alívio depois...

*Eu sento com o pé em cima da cadeira. Sempre. É tanto que até a deixo no cantinho, pra não atrapalhar ninguém. Até porque, eu já atrapalho o suficiente sendo canhota.

*Eu tenho um copo de alumínio perfeito. Não é um copo de alumínio qualquer, é "O copo de alumínio". Minha mãe até comprou um novo, mas eu expliquei pra ela que eu só gosto do meu velhinho.

*Eu sempre vou ao banheiro depois da faculdade. Às vezes eu preciso. Às vezes não. É mania mesmo.

* No banho, eu sempre lavo a barriga primeiro. Barrigas são coisas que sujam muito.

*O médico descobriu que eu tenho mania de ficar mordendo nada quando estou nervosa. Resultado: não posso mais mascar chiclete e preciso de terapia.

* Toda vez que eu faço isso [:*] , eu faço [:*] de verdade.

* Eu só como chocolate com refrigerante. De preferência Fanta Laranja.

*Eu esqueci as outras manias. Fica pra próxima.

quinta-feira, julho 12, 2007

Título legal, que eu não lembro mais

Ando com esquecimento crônico. Esqueço tudo. Tudo.
Antes sofria do mal da Dori, "Perda de Memória Recente". Agora eu a perdi de vez e não sei onde a deixei.
Esqueço de trazer meu lanchinho saudável pro trabalho, de levar a câmera pra aula, esqueço o caderno dentro do carro, de mandar fotos que estou devendo a meio mundo de amigos, de deixar dinheiro na bolsa e muitas outras que, claro, eu não lembro agora.
A solução seria usar uma agenda. Eu até tenho, mas, pasmem, esqueço de usar.
Então acho que a saída seria formatar a máquina...Comprar uma memória maior...
Pena que não funciona assim.

quarta-feira, julho 11, 2007

Se há dores tudo fica mais fácil - Parte II

Descobri que a melhor forma de não lembrar é mudar o foco. Então agora eu leio mais, como mais, estudo mais, conversmo mais no msn e me preocupo menos com o que realmente incomoda.
Ocupar a mente é o melhor a fazer nesse momento.

domingo, julho 08, 2007

"Se há dores tudo fica mais fácil..."

Eu cresci. Não passei do meu 1,60, mas cresci. E crescimento geralmente está ligado a sofrimento. A gente não aprende com as coisas boas. Esquece logo.
Bom seria se não precisasse de comprovação. Poderia haver algum dispositivo que, em algum momento, avisasse: "Você aprendeu. Pule para outra etapa". Não é assim. Você passa pela mesma situação para saber como reage, agora que você cresceu.
Na hora dói um pouco. Só um pouco. Como um beliscão no coração, sabe? (E eu odeio beliscão. Prefiro até que mordam).
Depois vai passando...E música sempre ajuda.
Porém não está resolvido. O começo do fim. O fim do começo. E começa tudo outra vez.
Apesar de ser maior, eu ainda choro.

quarta-feira, julho 04, 2007

coisas de mãe

Minha mãe tem umas histórias de ir embora. "Eu vou embora dessa casa!". Ela sempre vai alugar um apartamento e morar sozinha, vai pra Manaus morar com a prima ou vai pra Goiânia e nunca mais volta.
Mas pra onde ela sempre vai mesmo é pra casa da minha avó. Passa um tempo lá, espera a raiva passar e volta pra casa.
:D

domingo, julho 01, 2007

das descobertas

Fui ao show do Engenheiros do Hawaii só pra descobrir que não gosto deles.

* A única música marcante é a de um garoto, que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones...
Lembro que eu cantava essa música com meus vizinhos, ali na varanda da Beta, em frente de casa.
* A única canção que eu apreciava ganhou uma reinterpretação fresca. O "tá tá tá" másculo da metralhadora virou "tchá tchá tchá tchátchátchá". Ridículo.

terça-feira, junho 26, 2007

quinta-feira, junho 21, 2007

título saudável

Desde o dia em que eu resolvi me tornar uma pessoa saudável, a vida tem dado tanto trabalho...
Passada a maratona de arrancar os dentes, a gastrite se pronunciou veemente. Era de se esperar, já que eu tomei umas três caixas de comprimidos pra aliviar a dor causada pelos sisinhos.
Então um belo dia eu decidi: vou ter uma alimentação melhor. Eu tinha consciência de que seria difícil, mas comer bem, além de dar trabalho, custa caro. Senão vejamos: você chega numa lanchonete com fome, pouco dinheiro e boa intenção de ingerir algo legal e saboroso. De um lado, uma vitrine cheia de salgadinhos quentinhos com queijo, presunto, óleo e que custam, no máximo, R$1,25. Do outro, lá no cantinho, solitário, um sanduíche natural, mirradinho, embrulhado em um papel filme, custando entre R$ 2,00 e R$ 2,50.
Ok, a diferença não é assim tão gritante. Aí vem o acompanhante: um refrigegante geladinho por R$ 1,00 ou um suco de fruta, no capricho, por R$2,00 (sem leite)? No final temos: lanche gostoso, gordurento e barato - R$2,25 ou R$ 2,50, lanche gostoso, saudável e caro - R$ 4,00 ou R$ 4,50. Isso sendo otimista, porque os preços "vareiam" conforme o lugar que você vai.
Tudo bem, tudo bem, vale a pena o sacrifício ($) pra ter uma vida melhor...Mas vá contabilizar isso no fim do mês e com um salário de estagiária. Pior, de estagiária consumista. Impossível.
Ainda bem que existem outras soluções para (quase) tudo nessa vida. Tem a opção da fruta (que eu aderi). Uma maçãzinha hoje, uma pêrinha amanhã e assim vou levando... Frutas são gostosas, mas seu poder persuação em enganar o estômago é fraco. Uma hora depois a gente fica morrendo de fome, enquanto três Bonos de chocolate resolveriam o problema facilmente e, se duvidar, ainda tirariam a fome do almoço. Sem contar que elas não duram muito e você tem que ter uma certa experiência na hora da compra...
Outra solução é comer em casa. Você não gasta e ainda tem a maior probabilidade de comer uma coisa que preste. Uma vitamina, um suco, pão com café com leite, sei lá...
Ennnfimmm, estou sóbria de salgadinhos há quase um mês e me sinto feliz. O refrigerante eu não largo. Não tem jeito. Gosto e não abro mão.
Também não vou radicalizar, né?
Preciso viver.

abre parênteses Tava pensando em um título e me veio à cabeça..."Por que a gente só deseja saúde com espirro?" Um espirro é só um prenúncio de resfriado, gripe, no máximo uma pneumonia (que nem é assim tão mortal). Vou ser mais criteriosa com isso...fechaparênteses

terça-feira, junho 19, 2007

[sem título]

Sabe quando você faz uma besteira beeem grande no trabalho, se sente o pior lixo de todos os piores lixos do mundo inteiro e tem vontade de se jogar da ponte?
Pois é...Tô indo lá.

domingo, junho 17, 2007

Ê domingão

Televisão no domingo é uma tristeza.
Eu não sei quem convencionou que o domingo tem que ser o dia mais chato da semana. Já não basta toda a melancolia, o clima entediante que antecede a segundona cheia de problemas e ainda fazem uma programação que dá vontade de morrer.
Não, eu não estou falando de Faustão, Gugu ou Eliana. Eu tô falando da SKY. Um céu de opções.
Acordei relativamente cedo para os padrões dominicais e liguei a TV à procura de algo agradável.
Não tava passando nenhum filme legal. Nenhum filme repetido legal...Fui passando, passando e acabei ficando ali pelo Multishow mesmo. Tava passando TVZOKÊ e, já que eu estava sozinha em casa, poderia mostrar toda a intimidade com a língua inglesa, além dos meus dotes artísticos, sem passar por constrangimentos.
Cantei, quer dizer, ouvi umas quatro músicas e acabou o programa. O controle tava longe, a preguiça perto e acabei ficando. Começa o "Circo do Edgard".
Beleza, vamos ver qual é.
Cenário bacana, platéia estilo "Altas Horas", mas um ar de "Faustão", pois as moças mais arrumadas estavam na primeira fileira.
Começa a tocar uma bandinha e a galera vibra. Até então eu não tinha visto a banda, mas a introdução tava legalzinha.
A banda aparece. O cara começa a "cantar".
Pelamordedeus, o que era aquilo?
Uma visão deprimente. Uma mistura de Green Day com CPM22, no estilo mais emo que pode existir. Uma voz chata, com sotaque paulista e som nasal.
As moças sabiam a música inteira e eu nunca tinha ouvido na vida.
Entra o dono do circo, cumprimentando os telespectadores, platéia e a banda
"No programa de hoje temos a participação da banda que é maior revelação do Brasil, a NX Zero"
Pela primeira vez eu fiquei feliz em morar no Acre e saber que eles fizeram questão de esquecer que fazemos parte do Brasil. Eu sabia que isso ainda ia servir de alguma coisa.
Quando eu penso que acabou, ei que chegam mais convidados: Giovane, ex-jogador de vôlei da seleção, e sua esposa. Edgard começa a fazer umas perguntas românticas, a la Dia do Namorados e de repente Giovane levanta, sobe ao palco e começa a cantar Più Bella Cosa, do Eros Ramazzotti...
* A história acabou porque eu fui ao banheiro vomitar.

quarta-feira, junho 13, 2007

terça-feira, junho 12, 2007

tempo, mano velho


Alguém poderia, por gentileza, ligar o ar-condicionado pra esses relógios pararem de derreter?
O tempo anda assim...Escorregando entre os dedos...E eu tenho que dar conta de tudo.


* Tá, eu sei que essa pintura tá meio manjada. Na verdade, acho que "A persistência da memória" para Dali, equivale a "Ana Júlia" para Los Hermanos. E sabe onde eu a vi pela primeira vez? No Castelo Rá-Tim-Bum :D

Lembra daquele quadro que mostrava as telas de pintores famosos e contava um pouco sobre a vida deles? Pois é...Foi ali.