quarta-feira, março 20, 2013

Onde? Quando? Por que?

Entre as dúvidas que perturbam minha mente nesta manhã de quarta-feira, listo:

Por que o vizinho corta cerâmica todos os dias depois das 23h?
Como pode um ônibus cruzar duas pistas movimentadas pra fazer sua rota?
Quando vão  terminar a obra de duplicação da rua que dá acesso a minha casa?
Qual é mesmo tamanho das casas da "Cidade do Povo"? (É que as publicidades do projeto mostram famílias felizes com 4 e 5 membros. Espero que caiba todo mundo)
Quando o vizinho vai acabar a obra dele?

terça-feira, março 19, 2013

Meu nome não é Ana – Parte 317



Se eu fosse contar todas as histórias relacionadas ao meu ‘não nome’ daria um livro. Acontece que ninguém ia comprar um livro de uma pessoa não se chama Ana, então eu conto aqui mesmo, que é de graça, e lê quem quer.

A de hoje de manhã:

Chego no cursinho de informática que to fazendo (soou meio colegial isso, né?). Na verdade é um curso de designer gráfico, com aulas uma vez por semana.
Bom, chego lá e o instrutor me cumprimenta:


- E aí, tudo bem contigo?
- Tudo e contigo?
-Bem também...Como é mesmo o teu nome, hein? Pera, eu acho que lembro...
-Acho que não, hein...
- É Ana!
-É, eu tava certa...

quinta-feira, março 14, 2013

Funciona assim...

Ou Isto ou Aquilo

Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

quarta-feira, março 13, 2013

Jornalismo Crepúsculo



No jornalismo, diz-se que certo veículo ‘chupou’ uma matéria do outro quando plagiou o texto alheio. Pelo menos era assim que se falava no meu tempo (que não faz muito).
Mas aí, de repente, as pessoas começam a utilizar as expressões a torto e a direito, sem analisar muito o contexto.
A cidade em que moro deve ter uns cinco sites de notícias mais expressivos. Destes, dois ou três se destacam nos quesitos imediatismo, instantaneidade e tal.
Aí acontece o fato. E todos escrevem sobre. E começa um zum zum zum jornalístico, uma série de indiretas no Twitter falando que fulano chupou matéria de fulano, que copiou fulano e zaz zaz zaz.
E aí o sentido de chupar matéria se perde e o que vale é o “quem publicar primeiro ganha a exclusividade do assunto”.
Minha gente, se há um fato, uma fonte, uma história, então é isso mesmo. Todo mundo fez a tarefa direitinho.
Agora se um ou outro veículo decidiu publicar a matéria horas ou um dia depois do outro, com a matéria parecida, isso não se configura necessariamente plágio.
Vâmo devagar que não é bem assim não.

sexta-feira, março 08, 2013

Sobre o nosso dia


Uma das poucas satisfações que a profissão de jornalista me proporciona é sair do quadrado. Ter a oportunidade de ouvir histórias reais, daquelas que te puxam pra Terra e te dão um pouco mais de noção nesse mundo de loucos.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, fui com a equipe da OAB-AC fazer uma visita à Casa de Abrigo de Rio Branco. Um local que recebe mulheres vítima de violência e com risco eminente de morte.
Lá, existe segurança e uma equipe preparada para receber essas mulheres. Lá existem histórias que a gente nem imagina.
Existe a violência das estatísticas, aquela que pouco sai nos jornais. Existe a fragilidade e a revolta da impunidade.
Mulheres que registraram vários ‘boletins de ocorrência’ contra seus parceiros e nada acontece.
E aí, para não morrerem, elas se abrigam na Casa. Apesar de toda estrutura e atenção recebida, estar na Casa tem um preço: a liberdade.
Não é permitido sair de lá, há pouca comunicação com parentes, tudo isso para que o agressor fique o mais longe possível da vítima.
Mesmo que se façam todas as homenagens merecidas neste dia. Que mencionem nossa importância, nossa força e nosso crescente espaço no mercado de trabalho, nada será suficiente enquanto mulheres forem agredidas dentro de casa.
Entre flores e mimos, o que interessa hoje são políticas públicas e leis devidamente aplicadas. Estas sim nos honram.

Feliz Dia Internacional da Mulher a todas.

sábado, março 02, 2013

Aproveitando o ensejo...



Imaginem vocês que esta semana abro o e-mail e me deparo com uma situação do destino.
Chega na minha caixa de entrada um e-mail de um remetente que eu não conhecia. Achei que era spam e ia apagar sem ler, mas resolvi abrir.
Adivinha de quem era? Do vice-governador do Rio Grande do Norte, que, ao que parece, faz sua própria assessoria de imprensa.No e-mail, um release básico de assessoria que não me serviria muito.
Mas antes de me despedir, não poderia deixar essa oportunidade de ouro ir embora assim, né?
Segue a resposta:

Senhor Robinson, boa tarde.
Gostaria de pedir que retirasse meu e-mail de sua lista de contatos, pois sou jornalista sim, mas atuo no Estado do Acre.
Minha ligação com Rio Grande do Norte foi apenas a visita que fiz a esse Estado há duas semanas. Aproveitando o ensejo, como turista, peço que dêem uma atenção maior ao calçadão da Praia de Ponta Negra. O espaço é muito bonito, mas está deteriorado.

Atenciosamente,

Nattércia Damasceno