quinta-feira, abril 28, 2011

Sobre amizade, apenas três considerações:




Não nasce da noite para o dia;
Não deve gerar muitas discussões (porque pra brigar a gente já tem pai, mãe, irmã e marido);
Pode ser cultivada à distância.

sexta-feira, abril 15, 2011

Bullying


Já pratiquei e fui vítima de bullying em uma época em que isso nem nome tinha. Aliás, a primeira vez que eu ouvir falar nessa expressão foi em 2009, quando viajei pra João Pessoa e conheci uma jornalista lá que me contou a história de como foi fazer uma matéria sobre assunto.

Agora parece que o negócio pegou e em tempos de loucos invadindo escolas e matando crianças, todo cuidado é pouco.

Revendo minha vida escolar, lembrei de umas...

Quando eu tava na quarta série, na hora de um recreio qualquer, nós (eu e uma turma de crianças desocupadas) decidimos que iríamos irritar o Benedito – um garoto da terceira série. Como o Benedito era gordinho, começamos a chamá-lo de baleia e a correr pelo pátio. Numa dessas corridas eu perdi meu fôlego e tava recuperando o ar, encostada na coluna.  Foi nessa hora que o Benedito me pegou desprevenida, veio correndo e me deu um soco no estômago. Se eu ainda sou magra hoje, vocês imaginem aos 9 anos. E imaginem o que isso me rendeu.

De amarela eu fiquei roxa, azul e todas as cores de uma pessoa sem ar. Não consegui respirar e tive que ir pra enfermaria nos braços da Dona Elvira.  Claro que aprendi. Nunca mais chamei nenhum Benedito de baleia.

O mais irônico é que vez ou outra eu ainda o encontro por aí. Mas aposto que só eu me lembro dessa história. E acho até que isso não gerou grandes problemas. Ele me parece um rapaz tranqüilo e maduro, que não anda mais esmurrando garotas ‘pafrentes’ e sem intenção de se vingar. Assim espero.

Um ano depois veio o troco. Na quinta série, quando as pessoas pouco confundiam meu nome e até faziam trocadilhos com ele, os meninos da minha sala resolveram me aborrecer me chamando de Natesta. Mais que isso. Eles decidiram passar um recreio inteiro correndo ao meu redor, me chamando de Natesta e dando um tapa na testa - que nem é assim tão grande. Quando a testinha ficou vermelha e minha paciência foi embora, levei todo mundo pra diretoria e os meninos passaram um tempão sem falar comigo.

Acho que isso também foi superado na época de escola. Hoje em dia a maior parte do meu tempo é dedicado a esclarecer como escrever meu nome corretamente e não pretendo matar ninguém por isso.

quinta-feira, abril 14, 2011

Kit sobrevivência

Três coisas que deveriam vender na farmácia (ou no açougue mais próximo da sua casa):

Paciência (porque "o mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência");
Noção (em doses generosas e a preço de banana);
Filtro (porque vomitar tudo que pensa nem sempre é prudente).

terça-feira, abril 12, 2011

Mais do trânsito


Não sei o que faz as pessoas acharem que às 20h de sábado à noite os faróis não precisam ser mais obedecidos e saem furando tudo.
Aí a gente tenta encontrar alguma justificativa pra isso, começa a falar que é cultural, que é do acreano...
Cultural é comer baixaria no Mercado do Bosque e coisa de acreano é chamar bola de gude de peteca. Furar sinal vermelho é outra coisa. É imprudência, irresponsabilidade, e, no mínimo, falta de educação.
A gente tem mania de querer justificar o injustificável. Se ainda morássemos em um lugar que é perigoso parar no sinal, porque você corre o risco de ser assaltado, mas não. A gente para porque tem que parar. Porque naquele lance de signo, significado e significância, o vermelho é pare e o verde é siga.
Mas quem liga pra isso num sábado à noite, não é mesmo?
O que me dana a vida é que se a gente bate no carro de um indivíduo desses ou até mata um motoqueiro malucão, a gente é ruim, não?