quarta-feira, abril 30, 2014

Diário de Bordo - Peru Trip



Finalmente consegui visitar o Peru. Depois de tanto planejar, de me sentir culpada por  morar “do ladinho” e não ter ido até então, e, principalmente, por até minha mãe já ter ido e eu nada. Logo, chegar lá era uma questão de honra.
Como tudo comigo é um pouco mais enrolado, o plano inicial não deu certo: ir de carro a Puerto Maldonado (PE) e de lá pegar um avião para Cusco. Tentei comprar a passagem pela internet por uns 3 dias. Dava problema na finalização da compra. Fui ao banco, tentei resolver, mas nada. Comprei as passagens de ônibus. Eu, marido e dois amigos. Íamos por terra!
Um dia antes da partida fomos informados que mineiros peruanos haviam bloqueado a estrada por insatisfação com o governo. Murchamos. Não havia certeza da chegada, mas já tínhamos a passagem, então partimos. Quarta-feira, 9h30, rodoviária de Rio Branco.
Depois de algumas horas de viagem soubemos que os mineiros haviam desbloqueado a passagem, já que era Semana Santa e Deus é pai! Seguimos.
O tempo total de percurso era de 20h, mas imprevistos sempre podem acontecer. O asfalto do Peru é perfeito, mas o relevo não é nada confiável.
Paramos na estrada a 1h da manhã. Um deslizamento, com pedras enormes, bloqueava o caminho. Foram 4h de trabalho e uns 20 homens para conseguir afastar um pouco as pedras.



Conforme o destino se aproximava, a altitude aumentada e os efeitos colaterais também. A estrada é cheia de curvas e meu estômago veio parar na minha garganta. Haja Dramin pra aguentar. Além disso, tudo começou a inflar, inclusive eu (se é que vocês me entendem).
Chegamos por volta das 11h da manhã. Cansados e acabados.  Ficamos hospedados em um hostal super charmosinho e de nome difícil, que fica atrás da Plaza de Armas. Paucartambo Wasichay.
Como tínhamos poucos dias, otimizamos o tempo. Nada de descanso. Um chá de coca na chegada, um banho, um agasalho e  #partiualmoço!
Saímos à procura de um restaurante bacana pra quem está com fome, ou seja, o segundo que encontramos.  Nesse momento senti a primeira dificuldade em não dominar a língua do país. O que eu tinha era um portunhol de quem mora na fronteira, aliado a um espanhol de mais ou menos oito anos, aprendido em duas disciplinas da faculdade. E foi isso que levei comigo.
Como tenho algumas (muitas) restrições alimentares, saber o que eu ia comer era deveras importante. Então a gente perguntava “de que és hecho?” e a moca explicava com os ingredientes que eu também não fazia idéia do que eram. Era preciso arriscar.
A alimentação deles é muito baseada em milho (maíz) , porque eles cultivam 39 tipos dele. Então tem suco, sopa, bebida alcoólica, molho...Tudo!
De entrada, Papa a la Huancaína (batata a um molho amarelo, que me lembrava algo preparado com óleo de dendê, mas era mais fraquinho), como prato principal, frango (pollo) com arroz, batatas frita e legumes.  Para beber, sucos de papaya e chicha morada (um tipo de maíz).
Tudo saboroso, mas cheguei à conclusão de que é bom dar uma pesquisada nos termos e ingredientes da culinária local antes de se aventurar em um país. A gente fica meio perdido, sem saber o que pedir.




 Continua...



quarta-feira, abril 23, 2014

Apenas repassando

Eu vou falar uma coisa pra vocês...Que mundo comunicativo difícil esse.
Um mundo inteiro de informações, de canais, de formas de compartilhar e as pessoas continuam caindo na besteira de espalhar notícias sem consultar fontes.
“Ah, porque lá no grupo tal estavam falando disso. Todos comentando..” MEU OVO.
CHEQUEM A INFORMAÇÃO! CHEQUEM A INFORMAÇÃO! CHEQUEM A INFORMAÇÃO!

Que tamanha irresponsabilidade a de quem faz isso sem reservas. Deveria ter dor de barriga como castigo!

sexta-feira, abril 11, 2014

Alô você!

Desde que ela falou que eu atendo o telefone de forma muito séria, tenho me policiado. Um treinamento intensivo de “como ser feliz ao telefone”.
Minha relação com ele não é boa.  É algo maior que eu. Algum trauma telefônico, talvez.
O fato é que não combino com telefone (seja ele fixo ou móvel).
 Não consigo passar muito tempo conversando, não consigo desenvolver um assunto por mais de 5 minutos e, o pior de tudo, não consigo disfarçar. Não sou feliz ao telefone. Meu alô é sombrio e xoxo.
E não pensem que é algo pessoal. Atendo a todos da mesma forma.  Do meio para o fim ainda relaxo e a despedida é mais calorosa “um beijo!”
É algo que precisa ser trabalho e superado.

Beijo me liga (mas não agora)