Os dias foram intercalados entre compras e praias seguras: um mergulho rápido pra tirar a areia do biquíni, um solzinho pra dourar a pele e pronto.
Pra melhorar, encontramos os parentes da Patty que estavam lá desde o primeiro dia do ano (como eu disse, a gente encontra acreano facim facim).
Formamos uma turma de 15 pessoas. Íamos às praias, lojas, shopping e todos esses fast foods da vida.
Só que um dia nóes três resolvemos ir um luau que ia ter na Praia do Futuro, de táxi. Na verdade, não era de fato um táxi, e sim um amigo das meninas que morou aqui em Rio Branco e hoje faz esses ‘trajetos turísticos’em Fortaleza.
Combinamos direitinho com ele, só que pensávamos que ele ia nos deixar e ficar lá com a gente. Que nada. Ele não ficou e ainda nos deixou lisas, porque cobrou a ‘corrida’ do dia anterior e que pensávamos que íamos acertar depois.
Pois bem, “Já que a gente chegou aqui, vamos entrar e depois damos um jeito de voltar pro hotel”.
Na entrada, 15 pilas sem direito a carteira de estudante. “Tudo bem, tudo bem. Alta temporada é assim mesmo...”
Quando entramos, um DJ do Rio de Janeiro comandava a festa. O homem tocada funk do verão de 2000, com direito a passar cerol na mão, tchuchuca e afins. Acho que ele pensou “Essa galera aqui do *Norte só deve ouvir forró. Vou apresentar o funk pra elex!”
*Geralmente o povo do Sudeste se refere ao Nordeste como Norte.O que está acima deles é norte e acabou. Esse lance de regiões do Brasil não importa.
O jeito era dançar e fazer valer os 15 reais.
De repente as luzes da boate se foram e o cara anunciou uma banda de pagode (para minha tristeza). Pelo que deu pra perceber, era a revelação do pagode em Fortaleza, porque a galera dançava e cantava junto messsmo. E eu só rindo da minha desgraça.
Finalmente resolvemos ir embora.
- Sim, quanto a gente tem?
- Doze reais.
- Moço, quanto o sr. cobra pra levar a gente ali na Mosenhor Tabosa?
- Uns 23 reais...
“Tâmo lascada. Vâmo dormir na praia haha”
- Senhor, é que de manhã um tiozinho trouxe a gente pra praia e cobrou dez reais...
- Então, minha filha, você saia gritando aí ‘Dez reais! Dez reais!’Quem sabe ele aparece...
Nessa ora eu quis abrir um buraco e me esconder para sempre. Que homem ridículo! Mas não é que funcionou?
Na hora que ele gritou isso, um tiozinho ia passando e chamou a gente.
- Quanto vocês tem aí?
- Doze reais
- Tem quinze não?
-Não, tio, só-dô-zê. O sr deixa a gente o mais próximo possível.
- Tem problema não. Deixo vocês lá.
“E o dia foi salvo pelo tiozinho do táxi!”
Pra melhorar, encontramos os parentes da Patty que estavam lá desde o primeiro dia do ano (como eu disse, a gente encontra acreano facim facim).
Formamos uma turma de 15 pessoas. Íamos às praias, lojas, shopping e todos esses fast foods da vida.
Só que um dia nóes três resolvemos ir um luau que ia ter na Praia do Futuro, de táxi. Na verdade, não era de fato um táxi, e sim um amigo das meninas que morou aqui em Rio Branco e hoje faz esses ‘trajetos turísticos’em Fortaleza.
Combinamos direitinho com ele, só que pensávamos que ele ia nos deixar e ficar lá com a gente. Que nada. Ele não ficou e ainda nos deixou lisas, porque cobrou a ‘corrida’ do dia anterior e que pensávamos que íamos acertar depois.
Pois bem, “Já que a gente chegou aqui, vamos entrar e depois damos um jeito de voltar pro hotel”.
Na entrada, 15 pilas sem direito a carteira de estudante. “Tudo bem, tudo bem. Alta temporada é assim mesmo...”
Quando entramos, um DJ do Rio de Janeiro comandava a festa. O homem tocada funk do verão de 2000, com direito a passar cerol na mão, tchuchuca e afins. Acho que ele pensou “Essa galera aqui do *Norte só deve ouvir forró. Vou apresentar o funk pra elex!”
*Geralmente o povo do Sudeste se refere ao Nordeste como Norte.O que está acima deles é norte e acabou. Esse lance de regiões do Brasil não importa.
O jeito era dançar e fazer valer os 15 reais.
De repente as luzes da boate se foram e o cara anunciou uma banda de pagode (para minha tristeza). Pelo que deu pra perceber, era a revelação do pagode em Fortaleza, porque a galera dançava e cantava junto messsmo. E eu só rindo da minha desgraça.
Finalmente resolvemos ir embora.
- Sim, quanto a gente tem?
- Doze reais.
- Moço, quanto o sr. cobra pra levar a gente ali na Mosenhor Tabosa?
- Uns 23 reais...
“Tâmo lascada. Vâmo dormir na praia haha”
- Senhor, é que de manhã um tiozinho trouxe a gente pra praia e cobrou dez reais...
- Então, minha filha, você saia gritando aí ‘Dez reais! Dez reais!’Quem sabe ele aparece...
Nessa ora eu quis abrir um buraco e me esconder para sempre. Que homem ridículo! Mas não é que funcionou?
Na hora que ele gritou isso, um tiozinho ia passando e chamou a gente.
- Quanto vocês tem aí?
- Doze reais
- Tem quinze não?
-Não, tio, só-dô-zê. O sr deixa a gente o mais próximo possível.
- Tem problema não. Deixo vocês lá.
“E o dia foi salvo pelo tiozinho do táxi!”
6 comentários:
Pechinchando um táxi, meu Deus...
O pior é que tem MUITAS pessoas no sudeste que se acham o máximo, mas não passam de ignorantes que não sabem o que acontece no resto do país. Já notou como cariocas e paulistas acham que o nordeste é só um grande sertão?
E o Norte não passa de uma extensa floresta, onde só existe Manaus e olha lá...
Calúnia!
hahahaha
Fabiana se doeu...
Deda, vc tornou meu domingo de tédio, em uma humorada noite, com esse seu diário. Imagino as cenas. Muito engraçado
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