Existe um pensamento recorrente, que não chega a ser um
sonho (mas bem que poderia ser), de que eu sou capaz de voar.
É algo que me ocorre enquanto estou no trânsito, enquanto
ouço uma música, quando escovo os dentes, ando por aí...
“Eu bem que poderia voar”
Essas asas não são necessariamente de verdade. Às vezes são
passos de dança, pulos de leveza e
fluidez de uma vida mais tranquila.
Às vezes penso que poderia ser uma bailarina. Que a dança
poderia ter cruzado o meu caminho em algum momento e, como não aconteceu, esse
quase-sonho me acompanha.
Deve ser isso...
Foto: Nay Menezes
"Pés, para que os quero, se tenho asas para voar? (Frida Kahlo)