Crédito da foto: "Separação", de Eleuza de Morais.
Resolvi que não postaria mais enquanto não tivesse um blog só meu, para não abusar da hospitalidade sugestiva da amiga Nattércia, nem de sua paciência. Mas a idéia de um bom nome para minha própria página não veio ao passo em que o tempo também se esvaiu. No entanto, depois de ler o texto Cenas de um Casamento, escrito por Domingos Oliveira para sua apresentação na Flip e disponibilizado no blog do evento, não pude conter a vontade de comentá-lo.
Domingos começa com um brevíssimo relato sobre seus cinco casamentos e as consequentes cinco separações que lhe renderam um farto material para escrever o roteiro da comédia romântica, lançada em 2003 pela Caradecão Filmes / Raccord Produções. Ele conta que, a despeito da idade e do tempo em que viveu ao lado de suas mulheres, perdeu a estrutura com o fim dos casamentos vivendo períodos penosos no álcool, boemia, aflição, psicanálise e, acredite, tendo momentos altamente produtivos.
Tenho que concordar que a perda do amor faz aumentar a criatividade, mas isso só funciona para aqueles que conseguem sufocar a saudade com o trabalho. Eu prefiro os antidepressivos e livros didáticos, um me ajuda a relaxar e o outro a direcionar o pensamento para fins mais importantes. A ressaca de cão que costumo ter fez com que eu desistisse de beber nesses períodos...
Dentro desse contexto – voltando ao assunto do texto, separação/sofrimento – Domingos faz vários questionamentos que ele mesmo diz ter resumido em apenas três: Por que o amor (a paixão) acaba? Porque dói tanto quando o amor acaba? O que se perde quando é perdido o amor?
Quem me conhece, sabe que este é meu tema predileto. Vejo amor até em abelha e flor e não há nada que me dilacere mais do que a perda da proximidade. Mas há os que sofrem por outros motivos quando se deparam com a solidão. O esquecimento de si mesmo, redescobrir a sua utilidade, onde e por que dói, quem será seu referencial a partir de então; as dúvidas são incontáveis. Por isso não acredito que uma resposta para cada pergunta resolva. Apenas ajudam a encontrar o norte dos nossos próprios “por quês”. Foi o que Domingos fez, recomendo o texto.
Quando a mim prefiro me ater a uma de suas frases iniciais, que prenuncia a conclusão do assunto: “Há coisas assim, quanto mais se vive ou mais se pensa, mais obscuras ficam".
Domingos começa com um brevíssimo relato sobre seus cinco casamentos e as consequentes cinco separações que lhe renderam um farto material para escrever o roteiro da comédia romântica, lançada em 2003 pela Caradecão Filmes / Raccord Produções. Ele conta que, a despeito da idade e do tempo em que viveu ao lado de suas mulheres, perdeu a estrutura com o fim dos casamentos vivendo períodos penosos no álcool, boemia, aflição, psicanálise e, acredite, tendo momentos altamente produtivos.
Tenho que concordar que a perda do amor faz aumentar a criatividade, mas isso só funciona para aqueles que conseguem sufocar a saudade com o trabalho. Eu prefiro os antidepressivos e livros didáticos, um me ajuda a relaxar e o outro a direcionar o pensamento para fins mais importantes. A ressaca de cão que costumo ter fez com que eu desistisse de beber nesses períodos...
Dentro desse contexto – voltando ao assunto do texto, separação/sofrimento – Domingos faz vários questionamentos que ele mesmo diz ter resumido em apenas três: Por que o amor (a paixão) acaba? Porque dói tanto quando o amor acaba? O que se perde quando é perdido o amor?
Quem me conhece, sabe que este é meu tema predileto. Vejo amor até em abelha e flor e não há nada que me dilacere mais do que a perda da proximidade. Mas há os que sofrem por outros motivos quando se deparam com a solidão. O esquecimento de si mesmo, redescobrir a sua utilidade, onde e por que dói, quem será seu referencial a partir de então; as dúvidas são incontáveis. Por isso não acredito que uma resposta para cada pergunta resolva. Apenas ajudam a encontrar o norte dos nossos próprios “por quês”. Foi o que Domingos fez, recomendo o texto.
Quando a mim prefiro me ater a uma de suas frases iniciais, que prenuncia a conclusão do assunto: “Há coisas assim, quanto mais se vive ou mais se pensa, mais obscuras ficam".
Um comentário:
Fabica, que surpresa boa te rever aqui.
Bem, outro dia cheguei a conclusão de que não existe nenhum glamour em sofrer e olha que já vi beleza nisso. Tampouco se separar, dói mais que peteleco de primo mais velho, do que dedo prensado na porta e por ai vai, dilacera minha cara. Mas fico com os mesmos questionamentos do Domingos.
E lembro também de Drummond quando gentilmente nos deixa essa beleza,
"Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor."
Continue a escrever Fabica.
beijocas Ju
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