A disputa foi dura, mas eis as finalistas a Palavras Antipáticas do Mês:
#adoro (assim mesmo, com esse jogo da velha do Twitter).
Fueda (assim mesmo, como o @helderjr fala)
Intrépido (assim mesmo, como em todas as colunas sociais).
No ranking de Expressões Odiosas para a Vida Inteira entraram duas da mesma categoria:
“Open Bar” e “Na faixa”.
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Aventura ventológica
No dia em que alguém, que também pode ser um médico, disser que você precisa fazer um exame no nariz, por favor, corra.
Eu, ao contrário, não corri.
Fui super macho e encarei a cadeira da tortura.
Quem me conhece e quem também não me conhece deve saber do meu problema de rinite. É um negócio chato e antigo.
Como eu moro na Amazônia chuvosa, os primeiros meses do ano são os mais dolorosos para a vida nasal. Dias úmidos e cheios de espirros.
Nesse 2010 de meu Deus vi que a coisa tava ficando séria e decidi consultar um médico, pra ver se dava uma melhorada. E melhorei. Ele me receitou remédios que me transformaram em uma nova mulher com rinite controlada.
Infelizmente, ele também passou um exame que foi ontem. É que eu corajosamente fiz.
Ao chegar ao consultório ele prontamente me explicou o procedimento. “O negócio é o seguinte: eu vou enfiar esse algodão cheio de anestésico na sua venta”. “Vai doer?”. “Vai arder um pouco”.
Ele assim o fez.
Enfiou a tripinha de algodão umedecido até praticamente a altura da íris do meu olho e mandou eu passar 15 minutos assistindo desenho.
Aliás, é ele um otorrinolaringologista super bacana, também denominado por seu anestesista como ‘ventólogo’ (nome mais do que apropriado para quem cuida de venta, não?)
Passado o recreio, volto para dar seguimento à tortura. Ele retira os algodões e eu já to com o nariz dormentinho. Então ele introduz um fio preto fininho, com uma câmera na ponta e que reproduz a imagem na TV de 20” que estava ao meu lado. Devo dizer que me senti o próprio ar entrando e percorrendo todos aqueles corredores sebosos e apertados. Vi até minha garganta!
O exame foi revelador. Descobri que tenho um nariz mais torto que o homenzinho torto. Meu septo esquerdo é torto e empata a passagem de ar, por isso não respiro bem. Do lado direito tem uma pelezinha filha da mãe que resolveu crescer mais do que deveria e sempre inflama, provocando aquelas minhas crises infernais.
Tudo isso pode ser amezinado com o medicamento. É só eu continuar tomando aquele remédio da nova mulher com rinite controlada que a vida fluirá sem muitos atropelos.
A consulta acabou e meu nariz continuou dormente.
“Sim, doutor, e esse efeito, quando passa?”
“Ah, daqui uns 20 minutos ta passando”.
Pois bem. Fui pra casa e fiquei ‘di bôua’ esperando o tal efeito de dormência vazar.
Os minutos foram passando, o nariz foi ardendo, a garganta trancando, a náusea chegando e eu aperriada.
Parecia que tinham passado pimenta em todo o meu interior ‘ventário’. Os olhos lacrimejavam de ardência e de manha (eu sou uma menininha e meu direito de chorar está mais do que justificado).
Deitei, fechei os olhos e fiquei esperando o pesadelo passar. Acabei pegando no sono. E que sono, meus amigos. Aquele sono com pegada, sabe?
Acordei algumas horas depois, comi alguma coisa e me aventurei para o trabalho.
O restante do dia for marcado por raciocínio lento e leseira anestésica.
Exame de venta? Never more!
Eu, ao contrário, não corri.
Fui super macho e encarei a cadeira da tortura.
Quem me conhece e quem também não me conhece deve saber do meu problema de rinite. É um negócio chato e antigo.
Como eu moro na Amazônia chuvosa, os primeiros meses do ano são os mais dolorosos para a vida nasal. Dias úmidos e cheios de espirros.
Nesse 2010 de meu Deus vi que a coisa tava ficando séria e decidi consultar um médico, pra ver se dava uma melhorada. E melhorei. Ele me receitou remédios que me transformaram em uma nova mulher com rinite controlada.
Infelizmente, ele também passou um exame que foi ontem. É que eu corajosamente fiz.
Ao chegar ao consultório ele prontamente me explicou o procedimento. “O negócio é o seguinte: eu vou enfiar esse algodão cheio de anestésico na sua venta”. “Vai doer?”. “Vai arder um pouco”.
Ele assim o fez.
Enfiou a tripinha de algodão umedecido até praticamente a altura da íris do meu olho e mandou eu passar 15 minutos assistindo desenho.
Aliás, é ele um otorrinolaringologista super bacana, também denominado por seu anestesista como ‘ventólogo’ (nome mais do que apropriado para quem cuida de venta, não?)
Passado o recreio, volto para dar seguimento à tortura. Ele retira os algodões e eu já to com o nariz dormentinho. Então ele introduz um fio preto fininho, com uma câmera na ponta e que reproduz a imagem na TV de 20” que estava ao meu lado. Devo dizer que me senti o próprio ar entrando e percorrendo todos aqueles corredores sebosos e apertados. Vi até minha garganta!
O exame foi revelador. Descobri que tenho um nariz mais torto que o homenzinho torto. Meu septo esquerdo é torto e empata a passagem de ar, por isso não respiro bem. Do lado direito tem uma pelezinha filha da mãe que resolveu crescer mais do que deveria e sempre inflama, provocando aquelas minhas crises infernais.
Tudo isso pode ser amezinado com o medicamento. É só eu continuar tomando aquele remédio da nova mulher com rinite controlada que a vida fluirá sem muitos atropelos.
A consulta acabou e meu nariz continuou dormente.
“Sim, doutor, e esse efeito, quando passa?”
“Ah, daqui uns 20 minutos ta passando”.
Pois bem. Fui pra casa e fiquei ‘di bôua’ esperando o tal efeito de dormência vazar.
Os minutos foram passando, o nariz foi ardendo, a garganta trancando, a náusea chegando e eu aperriada.
Parecia que tinham passado pimenta em todo o meu interior ‘ventário’. Os olhos lacrimejavam de ardência e de manha (eu sou uma menininha e meu direito de chorar está mais do que justificado).
Deitei, fechei os olhos e fiquei esperando o pesadelo passar. Acabei pegando no sono. E que sono, meus amigos. Aquele sono com pegada, sabe?
Acordei algumas horas depois, comi alguma coisa e me aventurei para o trabalho.
O restante do dia for marcado por raciocínio lento e leseira anestésica.
Exame de venta? Never more!
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Ê laiá
Tenho uma amiga que fala que nosso karma começa pelo lugar em que nascemos. Não estou falando que acho ruim ter nascido no Acre, mas se eu tivesse nascido da Suíça, mesmo em condições financeiras desfavoráreis para os padrões do pais, tenho pra mim que as chances das coisas serem mais fáceis eram grandes. Se não fossem, pelo menos soaria mais chique, não?
Ultimamente tenho deixado as desvantagens de morar do meio da floresta amazônica prevalecerem.
Não, não é falta de acreanidade nem excesso de complexo de inferiodade que tanto nos acompanha. Isso já foi muito bem resolvido no início do governo do PT. O que ta pegando é dificuldade de interagir com o Brasil afora, entende?
Mesmo essa maravilha toda que chamam de internet ajudando, o Brasil ser grande demais atrapalha um bocado.
Se a minha cidadania fosse a da floresta e eu não precisasse mais que um pedaço de terra, um punhado de mata e um vara de pescar, talvez isso não importasse.
Acontece que eu moro em um lugar com status de capital e minhas necessidades são cada vez mais urbanas.
Então quando eu preciso comprar uns puffs que custam R$119 na internet, eu tenho que pagar mais R$129 para eles entregarem na minha casa.
E se eu quero comprar uma coisa chamada biombo, que geralmente é feita de madeira, eu tenho que explicar pro marceneiro o que é e pagar R$350 por isso.
Quando o que eu gostaria mesmo era pagar os R$200 que me cobram na internet. Infelizmente vem a transportadora de novo e me cobra um valor maior que o produto pra deixar aqui, ai a casa cai.
Se não dá pra comprar na internet, então a gente inventa um jeito de dar certo. Tudo bem. Mas até pra viver na base da gambiarra, do make yourself e das soluções inteligentes é difícil por aqui. Se a gente copia, ou melhor, ‘reaproveita’ uma ideia e tenta executar, empaca na falta de material ou no alto custo dele.
Esse meu Acre ainda tem muito o que crescer para se tornar o melhor lugar para se viver na Amazônia Legal.
Espero pelo menos meus filhos (quando eu os tiver) possam vivenciar isso.
Ultimamente tenho deixado as desvantagens de morar do meio da floresta amazônica prevalecerem.
Não, não é falta de acreanidade nem excesso de complexo de inferiodade que tanto nos acompanha. Isso já foi muito bem resolvido no início do governo do PT. O que ta pegando é dificuldade de interagir com o Brasil afora, entende?
Mesmo essa maravilha toda que chamam de internet ajudando, o Brasil ser grande demais atrapalha um bocado.
Se a minha cidadania fosse a da floresta e eu não precisasse mais que um pedaço de terra, um punhado de mata e um vara de pescar, talvez isso não importasse.
Acontece que eu moro em um lugar com status de capital e minhas necessidades são cada vez mais urbanas.
Então quando eu preciso comprar uns puffs que custam R$119 na internet, eu tenho que pagar mais R$129 para eles entregarem na minha casa.
E se eu quero comprar uma coisa chamada biombo, que geralmente é feita de madeira, eu tenho que explicar pro marceneiro o que é e pagar R$350 por isso.
Quando o que eu gostaria mesmo era pagar os R$200 que me cobram na internet. Infelizmente vem a transportadora de novo e me cobra um valor maior que o produto pra deixar aqui, ai a casa cai.
Se não dá pra comprar na internet, então a gente inventa um jeito de dar certo. Tudo bem. Mas até pra viver na base da gambiarra, do make yourself e das soluções inteligentes é difícil por aqui. Se a gente copia, ou melhor, ‘reaproveita’ uma ideia e tenta executar, empaca na falta de material ou no alto custo dele.
Esse meu Acre ainda tem muito o que crescer para se tornar o melhor lugar para se viver na Amazônia Legal.
Espero pelo menos meus filhos (quando eu os tiver) possam vivenciar isso.
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
#ficadica
Após anos de incessante procura, creio que minha pesquisa chegou ao fim. Finalmente descobri um lugar em Rio Branco que vende açaí cremoso bom e barato.
É claro que como boa acreana eu ainda aprecio um autêntico açaí com farinha, mas como os modismos conquistam a gente, também me rendi à deliciosa parceria do açaí com o leite condensado e o creme de leite.
O lugar é a Pizzaria e Sorveteria Boneco de Neve. Fica na Av. Nações Unidas, no Bosque, próxima à Real Central de Convênios.
Lá, essa tigela maceta aí da foto custa R$5 e cada adicional, como sucrilhos, aveia, granola e o que mais você quiser inventar, custa 0,75.
Eu não ganho nada com isso, mas #ficadica.
É claro que como boa acreana eu ainda aprecio um autêntico açaí com farinha, mas como os modismos conquistam a gente, também me rendi à deliciosa parceria do açaí com o leite condensado e o creme de leite.
O lugar é a Pizzaria e Sorveteria Boneco de Neve. Fica na Av. Nações Unidas, no Bosque, próxima à Real Central de Convênios.
Lá, essa tigela maceta aí da foto custa R$5 e cada adicional, como sucrilhos, aveia, granola e o que mais você quiser inventar, custa 0,75.
Eu não ganho nada com isso, mas #ficadica.
terça-feira, fevereiro 02, 2010
Nota
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