Tenho uma amiga que fala que nosso karma começa pelo lugar em que nascemos. Não estou falando que acho ruim ter nascido no Acre, mas se eu tivesse nascido da Suíça, mesmo em condições financeiras desfavoráreis para os padrões do pais, tenho pra mim que as chances das coisas serem mais fáceis eram grandes. Se não fossem, pelo menos soaria mais chique, não?
Ultimamente tenho deixado as desvantagens de morar do meio da floresta amazônica prevalecerem.
Não, não é falta de acreanidade nem excesso de complexo de inferiodade que tanto nos acompanha. Isso já foi muito bem resolvido no início do governo do PT. O que ta pegando é dificuldade de interagir com o Brasil afora, entende?
Mesmo essa maravilha toda que chamam de internet ajudando, o Brasil ser grande demais atrapalha um bocado.
Se a minha cidadania fosse a da floresta e eu não precisasse mais que um pedaço de terra, um punhado de mata e um vara de pescar, talvez isso não importasse.
Acontece que eu moro em um lugar com status de capital e minhas necessidades são cada vez mais urbanas.
Então quando eu preciso comprar uns puffs que custam R$119 na internet, eu tenho que pagar mais R$129 para eles entregarem na minha casa.
E se eu quero comprar uma coisa chamada biombo, que geralmente é feita de madeira, eu tenho que explicar pro marceneiro o que é e pagar R$350 por isso.
Quando o que eu gostaria mesmo era pagar os R$200 que me cobram na internet. Infelizmente vem a transportadora de novo e me cobra um valor maior que o produto pra deixar aqui, ai a casa cai.
Se não dá pra comprar na internet, então a gente inventa um jeito de dar certo. Tudo bem. Mas até pra viver na base da gambiarra, do make yourself e das soluções inteligentes é difícil por aqui. Se a gente copia, ou melhor, ‘reaproveita’ uma ideia e tenta executar, empaca na falta de material ou no alto custo dele.
Esse meu Acre ainda tem muito o que crescer para se tornar o melhor lugar para se viver na Amazônia Legal.
Espero pelo menos meus filhos (quando eu os tiver) possam vivenciar isso.
Ultimamente tenho deixado as desvantagens de morar do meio da floresta amazônica prevalecerem.
Não, não é falta de acreanidade nem excesso de complexo de inferiodade que tanto nos acompanha. Isso já foi muito bem resolvido no início do governo do PT. O que ta pegando é dificuldade de interagir com o Brasil afora, entende?
Mesmo essa maravilha toda que chamam de internet ajudando, o Brasil ser grande demais atrapalha um bocado.
Se a minha cidadania fosse a da floresta e eu não precisasse mais que um pedaço de terra, um punhado de mata e um vara de pescar, talvez isso não importasse.
Acontece que eu moro em um lugar com status de capital e minhas necessidades são cada vez mais urbanas.
Então quando eu preciso comprar uns puffs que custam R$119 na internet, eu tenho que pagar mais R$129 para eles entregarem na minha casa.
E se eu quero comprar uma coisa chamada biombo, que geralmente é feita de madeira, eu tenho que explicar pro marceneiro o que é e pagar R$350 por isso.
Quando o que eu gostaria mesmo era pagar os R$200 que me cobram na internet. Infelizmente vem a transportadora de novo e me cobra um valor maior que o produto pra deixar aqui, ai a casa cai.
Se não dá pra comprar na internet, então a gente inventa um jeito de dar certo. Tudo bem. Mas até pra viver na base da gambiarra, do make yourself e das soluções inteligentes é difícil por aqui. Se a gente copia, ou melhor, ‘reaproveita’ uma ideia e tenta executar, empaca na falta de material ou no alto custo dele.
Esse meu Acre ainda tem muito o que crescer para se tornar o melhor lugar para se viver na Amazônia Legal.
Espero pelo menos meus filhos (quando eu os tiver) possam vivenciar isso.
4 comentários:
É complicado...
O nosso amigo Helder é q consegue tirar vantagens (e ganhar descontos) incríveis morando "taaaooo longe"... =/ Tô contigo nessa Dedinha, tbm sofro com isso ... ain ain :(
Affe! Concordo plenamente! falta muito ainda pra ser o melhor lugar pra se viver! Até lá, a gente vai lutando né? rsrs.
Estou lançando em junho um livro sobre como viver sem gastar um centavo, apenas usando em benefício próprio o fato de morar no Acre. O nome será "Congresso de Jornalismo Cultural: fui mas não paguei."
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