quinta-feira, março 09, 2006

Ontem foi o Dia Internacional da Mulher. Dia de abrir os jornais e encontrar as eternas matérias sobre violência contra mulher, mulheres que venceram na vida, que exercem profissões que antes eram dominadas por homens (como dirigir um caminhão), além dos mimosos poemas que homens fazem questão de escrever para alimentar nosso ego.
Há também a presença confirmada de matérias com estilo bem emotivo. A Dona Maria, dona de casa, com 6 filhos e que sustenta sua família com um salário mínino.
Eu até gosto de ler essas coisas, mas quando é falar da gente, ninguém mais indicado do que nós, mulheres.
Porque mulher fala. Fala de cabelo, de cozinha, de casa, de moda e da vida dos outros. Mas também fala de economia, política, filosofia e outros assuntos de interesse público.
Mulher chora, grita, se machuca, xinga e bate se for preciso.
Porque mulher não resiste a um vidro espelhado, um carro com fumê e um retrovisor grande. Ela sempre dará uma conferida no visual e, quase sempre, achará que não está bem. É instinto!
E porque, mesmo com todas essas homenagens, a última coisa que ela faz nessa vida é comemorar seu dia.
A mulher aqui passou o dia fazendo um trabalho pra universidade, chegou tarde, tomou um banho, se produziu, encontrou com as amigas, comeu uma esfirra aberta com fanta laranja e hoje continua a mesma de sempre.
E até o ano que vem, se Deus quiser!

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