domingo, novembro 15, 2009

O improvável sempre acontece comigo...

Eu diria que esta foi a viagem mais atrapalhada da minha vida. Refletindo um pouco, concluí que tudo se deveu ao fato de eu ter teimado com meu chefe, que, a princípio, não tinha deixado eu ir, mas aperriei tanto o coitado que ele cedeu. Com isso, a coisa desandou.

Depois do fatídico episódio da mala, colecionei nesses seis dias em São Paulo várias situações improváveis para qualquer ser humano comum (menos para mim).

É ca-la-ro que a minha falta de atenção e esquecimento crônicos colaboraram, porque longe de casa parece que estes meus problemas se acentuam. Mas é tanta coisa maluca para uma só pessoa, que eu acho mesmo que o problema é pessoal.

No último dia do congresso de fotografia, eu e Sabrina resolvemos pegar um cineminha no shopping perto do hotel. Coisa leve, comédia romântica pra fechar a quinta-feira sem estresse.
Sabrina se realizou comprando um sacão de pipoca e eu nem comi nada, pois já tinha me acabado nos fast food da vida.

Com cinco minutos de filme, Sabrina faz um sinal me mostrando a pipoca e eu digo, “Não quero, tô cheia!”. Ela faz de novo o sinal e eu “Não gosto, mulher! Come...”. Depois de ver que não tinha jeito, ela disse no meu ouvido “Vamos sair daqui agora!”.

Eu, sem entender nada, perguntei porque. Aí ela aponta pro lado e eu vejo o cara meio deitado na cadeira ao lado dela, com o pinto para fora. Juro.

Levantei com tudo, tremendo mais que vara verde e saí puxando ela. Saímos do cinema super nervosas e assustadas, porque tínhamos visto o cara antes de entrarmos. Era um típico cinquentão com cara de que não freqüenta cinema. Avisamos ao lanterninha e à administração do cinema e fomos embora com medo dele nos reconhecer.
É claro que nós poderíamos ter gritado “Seu tarado filho da puta”, ter dado uma bolsada nele e feito um escândalo na sala, mas sabe lá se o cara tava armado de outro jeito!
Nessa cidade maluca, os doidos são mais doidos e não dá pra fazer barraco assim sem ter certeza do perigo.

No caminho de volta para o hotel veio a raiva e a revolta. Passar por uma dessas é de emputecer qualquer mulher. A classe feminina há de concordar comigo que ver um pinto sem o seu consentimento é uma violação, independente do tamanho, raça e cor deste membro. É um desrespeito e um filhadaputismo sem igual.

Não entro nem na causa desse tipo de tara, porque homens como estes existem em todos os lugares, mas o desgraçado tinha que sentar justamente do nosso lado?
Ô zica, viu...


Um comentário:

eliz tessinari disse...

caracaa! muito fdp mesmo!!!