sexta-feira, junho 08, 2007

um post grande

Cheguei a brilhante conclusão de que esses "processos seletivos" que aplicam por aí são a maior furada.
Senão vejamos: fui aprovada em um processo seletivo para um curso de cinema e vídeo. Antes da prova, disseram que eram apenas questões de conhecimentos gerais. Mentiram. Uma prova com 25 questões subjetivas, a maioria da área. Muitas foram atés respondidas pelos próprios professores essa semana, porque ninguém sabia se tinha acertado. E, detalhe, eu não respondi todas.
Passei.
Agora lá estou eu, das 14h às 18h, todos os dias, sentada em uma cadeira de madeira, com estofado vermelho, numa sala com paredes encarpetadas, ar-condicionado no talo, uma tela desproporcional ao espaço e um monte de gente cult.
Mas peraí, eu também sou cult, né?
É mentira também.
Sempre que a professora pergunta se alguém viu tal filme, eu nunca vi. Sempre que ela pergunta sobre os filmes de tal diretor, eu nunca sei quem é.
Eu não vejo filmes inteligentes e não conheço pessoas importantes desse mundo.
Sou só uma criatura comum, que passou a infância vendo Sessão da Tarde e hoje se contenta com os canais do Tele Cine e da HBO.
Eu não tenho sensibilidade suficiente para achar tudo lindo e encontrar um sentido para cada meia dúzia de cenas em preto e branco que o Godard resolveu filmar. Aliás, nós acabamos de ser apresentados!
A aula de hoje só foi salva porque apareceu um conhecido, Jean Cartier-Bresson. Desse eu gosto. Dá até prazer falar dele...Me senti mais perto de casa.
Fora isso, tudo é estranho.
Aí eu fico me perguntando...A quem estou enganando?
Acho que Cannes não vai rolar...


Pausa para os comerciais...

Vai chegando o Aniversário da Deda e as lojas vão ficando abertas até tarde. É impressionante as manifestações de carinho, estampadas em lindos e rechonchudos corações vermelhos. Eu sempre gostei de corações e eles sabem disso. É gratificante ver todo o comércio se empenhando em não me deixar sem presente nessa data tão especial. Valeu, galera!

Falando nisso...

Pobre é uma coisa, né? Tudo acontece com pobre. Pior. Tudo acontece com pobre em uma sexta-feira à noite.
O celular sem câmera, sem bluetooth, sem mp3, sem visor colorido cai, quebra e já saiu de linha.
E o mais triste é quando se está em uma "catigoria" inferior ao pobre, como naquela cadeia de importância que o Sykes (dono do lava-jato) faz no filme Espanta Tubarões e deixa o Oscar abaixo dos plânctons.
Porque pobre sempre tem os melhores celulares, já perceberam?
E eu não quero ($) e nem vou comprar um aparelho novo. Eu gosto do meu rosinha e ele vai ter que sobreviver com curativos (durex).

4 comentários:

Fabiana Fonseca disse...

Foi por isso que eu não passei da terceira aula da primeira oficina de cinema... argh! Mas vc deve insistir... eu é que não tenho paciência.
Miga, agora vc ganha o coração vermelho!
Pelo menos temos uma boa desculpa quando o celular quebrar, pior é quendo pára por falta de pagamento, ops!

Nattércia Damasceno disse...

Eu passei da segunda semana, Fabiana.
Já é alguma coisa... ;)
Eu sei que eu nunca atendo o celular, mas eu gosto de saber que ele funciona.

Carlos Leite disse...

Impressionante isso... Até por aqui tem corações vermelhos nas lojas para o seu aniversário! Se preocupa com Cannes não, famosa tu já é!

dissonante disse...

Famosa tu já é mesmo Dedita.
e querida o seu climax com a sétima arte, ainda vai rolar.