terça-feira, novembro 25, 2008

Houve um tempo em que...

Era preciso saber costurar para casar...

Um sabonete podia deixá-la com a cara da Ava Gardner

Não podia esquecer de dar corda...


O paninho ficou obsoleto...


e as crianças achavam lindo!!!


quarta-feira, novembro 19, 2008

das novas manias


Tô numa de comprar filmes. Desde que fui a São Paulo, em agosto, e vi coleção da minha amiga Camila, fiquei com invejinha e quis uma pra mim também.

Mensalmente compro (ou tento comprar) cinco filmes de áreas diversas a fim de montar minha dvdoteca pessoal e intransferível. O problema é que eu quero comprar todos os filmes do mundo inteiro de uma só vez e não é bem assim que as coisas funcionam.

Como meu interesse agora é quantidade - pra eu poder me exibir depois e dizer que eu tenho 317 DVD's- ando comprando os promocionais. Destes, tenho o desafio de fazer uma triagem e tentar comprar, pelo menos, um representante de cada classe: um nacional, um estilo sessão da tarde, um mais cult, um que eu gosto muito, já assisti mil vezes e quero ter na minha coleção e um que eu nunca vi, mas disseram ser bom.

Levando em consideração esse critério (ou não), já tenho: A Árvore do Sonhos, Os Goonies, O Virgem de 40 anos, Patch Adams – O amor é contagioso, Closer – Perto Demais, Casamento Grego, Frida, A Insustentável Leveza do Ser, Laranja Mecânica, O Advogado do Diabo, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, O Cheiro do Ralo e essa semana chegam Forrest Gump, Janela Indiscreta, O Auto da Compadecida e Abril Despedaçado.

Com o Natal chegando, espero ganhar alguns de presente, principalmente depois que vocês, fiéis leitores, descobrirem que na Thenny Vídeo Center eles vendem uns originais a R$10. Não é uma beleza?

terça-feira, novembro 18, 2008

Pra falar de amor


Dei agora para lembrar de alguns momentos importantes em flashes que surgem na minha cabeça a qualquer hora do dia. Nada é extraordinário nessas lembranças, mas compreendo que estão em mim apenas para provar que tudo vale a pena.

Estou ansiosa para saltar do carro. Chegamos em Angra dos Reis e meu pai tem que descarregar a barraca, a bagagem e minha mãe com a bebê. Eu não agüento esperar a mão dele, tenho que dar um pequeno pulo do banco do carro até o chão. Já salto na areia: “corre papai!” Ele se aproxima correndo, me pega no meio do caminho e paramos num monte de areia para contemplar o pôr-do-sol atrás do mar, no mais belo festival de cores que ainda trago na memória.

Brinco no campo de grama da casa dos meus avós quando minha irmã, muito pequena, começa a chorar porque não pode me acompanhar. “Você tem que cuidar dela, Fabiana. É sua irmã menor!”, diz minha mãe. Volto para pegar na sua mão e trazê-la bem devagar.

Escuto meu pai falando ao telefone com a médica que examinou a mancha removida da minha perna dias antes. Ele desliga e diz que a notícia não é muito boa, entra no quarto e fecha a porta. Fico parada por alguns segundos tentando entender a cena até que decido entrar no quarto. Abro a porta e o encontro ajoelhado orando profundamente.

Meu avô materno datilografava a lista de compras do mês e depois a cantava alto para que os netos dissessem o que faltava: “café, vovô!” “E eu achei que você diria iogurte, chocolate ou qualquer outro doce”. “Mas a lista é sua, oras!”

-- O que vai fazer pro jantar, filha?
-- Berinjela assada coberta com queijo.
-- Não vejo a hora de sua mãe voltar...

Minha mãe e o gato

- Cadê o gatinho da vovó! Olha, ele já sabe quando a vovó chega...Vem cá, meu gatinho...

5 minutos depois...

- PELO AMOR DE DEUS, EU NÃO AGUENTO MAIS ESSE GATO! EU JÁ CRIEI MINHAS FILHAS E AGORA VEM ESSE GATO TIRAR O MEU SOSSEGO! TIRA ELE DE PERTO DE MIM AGORA!

terça-feira, novembro 11, 2008

Hoje tem...


O filme a ser apresentado nesta terça-feira, dia 11 de novembro, no Anfiteatro Garibaldi Brasil – Ufac às 19:00hs é Paradise Now, vencedor de prêmios como Festival de Berlim e Golden Globe Awards, dirigido por Hany Abu-Assad.
Uma produção que merece a atenção e reflexão por parte de todos aqueles que se interessam pela condição que diferentes regiões da terra tratam seus conflitos, assim a sessão contará com o professor Gerson Albuquerque para debate após o termino do filme.
Sinopse: Amigos de infância, os palestinos Khaled (Ali Suliman) e Said (Kais Nashef) são recrutados para realizar um atentado suicida em Tel Aviv. Depois de passar com suas famílias o que teoricamente seria a última noite de suas vidas, sem poder revelar a sua missão, eles são levados à fronteira. A operação não ocorre como o planejado e eles acabam se separando. Distantes um do outro, com bombas escondidas em seus corpos, Khaled e Said devem enfrentar seus destinos e defender suas convicções.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Intercâmbio cultural e religioso

Mestre Luiz Mendes em diálogo com o Cacique Biraci Brasil
Biraci Brasil, Cacique da aldeia Yawanawá, distante cerca de dois dias de barco do município de Tarauacá, às margens do rio Gregório, visitou na manhã de domingo (09) o Centro Eclético Flor de Lótus Iluminado (CEFLI) – Comunidade Fortaleza - localizado na área rural de Capixaba, a 100 km de Rio Branco, às margens do Rio Xipamano na fronteira com a Bolívia.
Como o Cacique estava em Rio Branco participando da programação “Somos todos brasileiros”, surgiu o convite por parte de um dos membros da Doutrina do Santo Daime para que ele fizesse esse intercâmbio cultural e religioso.
Compreensível às diferenças, Buraci aceitou o desafio de estar pela primeira vez em um ambiente daimista. “Nessa minha vinda a Rio Branco eu esperava tudo, menos uma oportunidade como essa de estar aqui no Cefli. Em nome do meu povo estou muito grato”, declarou.
O diálogo com o mestre Luiz Mendes, líder do Cefli, foi longo. Lá, falaram dos encantos da natureza, sobre a exploração econômica dos bens naturais, de como o homem perde a essência por causa do capitalismo.
Fato interessante foi a discussão acerca da “espiritualidade das árvores e dos animais”.
“São poucas as árvores que têm espírito. Uma é a copaíba. Ela é viva, não na madeira, mas no espírito”, comentou o Cacique referindo-se a uma árvore de copaíba que o vento derrubou na reserva ambiental da Comunidade Fortaleza, mas que continua exuberante.
Entre os animais citaram a onça pintada. “A onça pintada é um grande ser”, afirmou Biraci. “Só não dá para se enganar com ela”, replicou Luiz Mendes, arrancando risadas do público.

domingo, novembro 09, 2008

da lombinho

Ela me mordeu e eu disse:

- Ai, cacete!
- "Ai, caxêti"
- Eu falo assim?
- Fala...Me empresta aí!
- Não dá, abel, foi feito pra minha boca.
- Ah, não mana, que droga, eu também queria um. Eu vou fingir que tenho um pra falar assim também, tá?

* Os diálogos aqui postados refletem minha falta de coragem para escrever textos menos piores(ou não).

sexta-feira, novembro 07, 2008

desabafo

Uau, hein?

Desde o dia em que um abençoado apareceu lá no meu trabalho e se despediu com um “tchau, princesa” que sou submetida a sessões diárias de tortura sonora. Sou obrigada a ouvir Princesa, de Amado Batista pelo menos uma vez ao dia.
Como não gosto de sofrer sozinha, compartilho a letra com vocês:

Ao te ver pela primeira vez
Eu tremi todo (tchu-tchu-tchu-tchu)
Uma coisa tomou conta
Do meu coração... (tchu-tchu-tchu-tchu)

Com esse olhar
Meigo de menina (tchu-tchu-tchu-tchu)
Me fez nascer no peito
Esta paixão...

E agora não durmo direito
Pensando em você (tchu-tchu-tchu-tchu)
Lembrando seus olhos bonitos
Perdidos nos meus...

Que vontade louca
Que eu tenho
De tê-la comigo (tchu-tchu-tchu-tchu)
Calar sua boca bonita
Com um beijo meu...

Princesa!
A deusa da minha poesia
Ternura da minha alegria
Nos meus sonhos quero te ver
Princesa!
A musa dos meus pensamentos
Enfrento a chuva o mau tempo
Prá poder um pouco te ver...

quarta-feira, novembro 05, 2008

Vamos brincar de índio, mas sem mocinho

Ontem Fabi e eu fomos ao espetáculo Somos Todos Brasileiros, no ginásio do Sesi. O evento foi idealizado e apresentado pelo ator Marcos Frota( sim, ele ainda anda por estas plagas), em comemoração aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A programação contou a participação com artistas da Universidade do Livre do Circo, além de alunos de instituições locais, como APAE, Colégio Dom Bosco e um show de encerramento com a banda Paralamas do Sucesso.

O evento era destinado a um público específico (que não me incluía) , mas a Fada dos Ingressos de Shows Exclusivos deixou três deles embaixo do meu colchão e eu fui, né?

Marcos Frota esbanjava a simpatia peculiar de quem já achou o Acre uma bosta, mas se conscientizou de que precisava dar uma de bom moço para garantir a grana que lhe foi oferecida. O homem já chorou em palestra, pediu desculpa pra Deus e o mundo e apelou até pra pajelança da tribo Yawanawá. Soube que ele andou nesses últimos eventos indígenas e agora é o melhor amigo da tribo. Ganhou até um cocar da liderança indígena.

A intenção, organização, as participações e o show foram bonitos de se ver. Paralamas fizeram um show de verdade, só com as melhores do extenso repertório e eu acabei vendo a apresentação dos artistas do Marcos Frota Circo Show sem desembolsar 30 pilas.

Duro foi ver o público aplaudindo a belíssima apresentação da tribo Yawanawá como se fosse a pura manifestação de admiração, quando todo mundo sabe que acreano não tem apreço à raça indígena. Convivemos com 14 tribos em um mesmo pedaço de terra, mas o povo não consegue aceitar isso. Basta fazer uma rápida enquete de rua pra perceber que o acreano (o povo mesmo, aquele que anda no centro) não admite ser comparado aos índios. Mas na hora de ver um show de graça, tudo é lindo e somos todos brasileiros. Quanta hipocrisia...

Outra de matar foi ver Marcos Frota pagando pau pro Acre. Era a personificação da típica frase “O que a gente não faz por dinheiro...”.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Just smile!


Estou usando aparelho há três meses. Não é um daqueles aparelhos convencionais, cheio de fios e liguinhas coloridas como a gente conhece. É uma placa, pejorativamente chamada de chapa, que custa mais caro e incomoda mais.

Precisei usá-la porque, segundo o dentista, eu tenho uma porrada de problemas no maxilar que ocasionam uma dor de cabeça chata, além de deixar minha mastigação assaz barulhenta. A decisão de colocar foi minha, mesmo assim não consigo me acostumar com esse corpo estranho na boca. Ele mudou radicalmente meu modo de vida.

O dentista disse que eu logo me adaptaria. Mentiu Até hoje não consigo falar 333 e, quando falo, a mensagem não chega ao receptor. Há um ruído na comunicação, entende? Quando atendo o telefone ninguém reconhece minha voz e compreende o que eu falo.

Com o meu jeito aperriado, as palavras saem atropeladas e com aquele som fofo, como se eu estivesse com uma bala na boca 24h do dia. Um colega do trabalho já falou que se eu não reaprender a falar, vou acabar sozinha no mundo e ninguém mais vai querer ser meu amigo. Já não bastasse todo o transtorno causado, agora ele está modificando a estrutura dos dentes e me deixando esteticamente depressiva.

O sorriso já não é o mesmo e eu passo a noite vendo fotos antigas e me perguntando "Por que diabos eu fui mexer no que tava quieto?". Tá certo que eu não sinto mais dores de cabeça, mas o que é uma dorzinha de cabeça comparada a toda uma vida social? A cada dia eu me vejo mais parecida com a Amy Winehouse (sem o topete nem o lápis borrado, sem as drogas, o álcool, o dinheiro, a puta voz, mas com aquela dentição invejável).

A solução é ensaiar um novo sorriso. Estou tentando desenvolver um "sorriso simpático para eventos sociais e futuras fotos do orkut " que não mostre os dentes. Passo horas treinando, mas não consigo sair do velho sorriso amarelo. É difícil treinar uma nova feição depois de tanto tempo...

Meu medo é fazer todo esse investimento e me tranformar em uma dentuça solitária. Aí é brincadeira!