Comprei a mesa de R$ 60 com as amigas, esperando a mesma tranqüilidade dos shows anteriores, mas foi isso que vimos (foto). O erro não foi a idéia de fazer um baile dançante pra comemorar (até achei legal), mas de não saber executar.
Havia mesas e ingressos à venda. Quem trabalha com eventos em qualquer parte do mundo sabe que essa é uma combinação perigosa se não há pessoal suficiente para supervisionar o local, porque o que mais tem é neguinho querendo se dar bem e foi aí que entramos na história.
Como houve uma falha na entrada, pessoas roubaram as mesas de outras pessoas e estas, por conseguinte, se sentiram no direito de ficar em pé justamente em frente a nossa mesa. Pedimos licença como pede a boa educação e elas se justificaram com o roubo. As outras que permaneceram em pé eram só mal educadas mesmo.
O problema dos eventos em Rio Branco é que quando organizadores percebem que falharam, se escoram naquela de que “a cidade é pequena, todo mundo é amigo e no final tudo vira festa”. Não é assim. Existe um público que precisa ser respeitado (e eu nem conhedia toda aquela gente). Quem compra a bosta de uma mesa espera, pelo menos, comodidade no começo do espetáculo.
Depois disso, tudo desandou. Achei a produção fraca, o local inadequado e o som ruim. Em algumas músicas mal se ouvia a voz da cantora, mas pra muita gente daqui o que vale é a intenção.
Moçada, o negócio é feito há vin-tê-â-nos. É claro que não se espera um show impecável, mas já dava pra ter aprendido alguma coisa, não?
Já que a intenção era fazer um baile, que só tivessem vendido ingresso. Assim povo se esbaldava no salão e quem quisesse manter a pose de sentar em mesa, que ficasse em casa, oraporra.
A noite foi salva pelo sábio DJ que desenterrou os melhores sucessos, incluindo “Meu amor, vamos lá, vamos tomar sol, na Praia do Amapá” de Jorge Cardoso. Não há quem resista!