segunda-feira, abril 14, 2008

“Caso Isabella virou novela doentia”

Claudio Leal

A morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, deu início a uma novela midiática à procura de desfecho. Em 29 de março, ela morreu após uma queda da janela do apartamento do pai, Alexandre, na Zona Norte de São Paulo. A polícia investiga a autoria do crime e tem como principais suspeitos o pai e a madrasta de Isabella, Anna Carolina.

Há indícios de que ela tenha sido assassinada. Esse é o enredo central. O resto, segundo o antropólogo Roberto Albergaria, é a construção de uma novela “trágica” e “doentia”.
Doutor em Antropologia pela Universidade de Paris VII e professor da Universidade Federal da Bahia, Albergaria critica os exageros da cobertura midiática e aponta uma abordagem “classista” e “racialista” do crime. “Porque é uma menina de classe média, bonitinha, e aí vem a estética”, afirma.

- Há um lado doentio, e quem alimenta essa doença, que se tornou uma epidemia como a dengue, é a própria mídia. Porque há um viés “comunicacionista” ao se alimentar de forma mórbida uma história trágica. E transformar essa história trágica numa novela, no mesmo estilo das novelas das grandes televisões: mexicana.
O surgimento de reviravoltas, vídeos da menina, sangue nas camisas, testemunhas surpreendentes (o garçom do bar em que a tia de Isabella estava no dia da morte), os parentes, os vizinhos (personagens fatais na obra de Nelson Rodrigues), compõem o painel da novela. Para Albergaria, a mídia transformou o crime “em metade da pauta da mídia durante semanas e semanas”.

- O caso da menina veio a calhar para a mídia porque junta todas essas determinações: o classismo, o racialismo, o infantilismo… E, sobretudo, o “comunicacionismo”, uma das coisas mais doentias que existe hoje. É você explorar algumas misérias, seletivamente, como forma de emocionar as multidões.
O antropólogo exerga outra distorção: ajudada pelo mistério, a novela em que se transformou o caso Isabella vale mais do que os fatos, e tira do debate público temas mais relevantes.

- A mídia é o grande filtro. O espaço ocupado por essa menina é o espaço retirado de coisas muito mais importantes para a vida coletiva. Mas isso é um fato emocionante. A emoção vale mais do que a razão. A novela, o enredo, vale mais do que o fato - analisa Albergaria.
A seguir, a íntegra da entrevista.

Terra Magazine - Como o senhor analisa a cobertura do caso Isabella na mídia? Os vizinhos, a tia, a roupa, o sangue, os vídeos… Há um lado doentio nesse interesse minimalista?
Roberto Albergaria - Há, sim. Há um lado doentio, e quem alimenta essa doença, que se tornou uma epidemia como a dengue, é a própria mídia. Porque há um viés “comunicacionista” ao se alimentar de forma mórbida uma história trágica. E transformar essa história trágica numa novela, no mesmo estilo das novelas das grandes televisões: mexicana. É você transformar um fato, evidentemente grave, em metade da pauta da mídia durante semanas e semanas. Até que apareça outro. Não é uma questão puramente brasileira. É como aconteceu na Europa com o caso Madeleine. Por que essa menina foi escolhida como a bola da vez, a coitadinha da vez? Primeiro, porque já havia o modelo europeu. O caso Madeleine é alimentado por jornais sensacionalistas ingleses. Houve até recompensas. Segundo, ela é, digamos assim, “a vítima ideal”. Porque há um viés classista.
Por que classista?
Porque é uma menina de classe média, bonitinha, e aí vem a estética. Se ela fosse muito feia, se ela fosse um pequeno “canhão”, não daria. As revistas semanais escolheram as fotos mais fotogênicas pra ressaltar isso.
E não é um caso, aparentemente, para um Sherlock Holmes…
É isso. Não existe mais muita diferença entre o jornalismo e a ficção, entre a novela e o jornal das 20h. O tratamento dado a um fato verdadeiro é o mesmo dado a um fato novelesco. Vão fazer render esta novela com todos os ingredientes possíveis. Aí entra o que eu chamei de viés classista. Ela é uma menina de classe média, branquinha. Na maioria dos Estados brasileiros, sobretudo aqui na Bahia, onde você tem uma maioria negro-mestiça, uma menina branca vale mais do que uma menina negra. Do ponto de vista dos Estados nordestinos, há esse lado racialista. A mídia dá um centímetro para as meninas negras que morrem.
Há muitas mortes de crianças na epidemia de dengue no Rio.
São geralmente crianças pobres. A mídia pega um caso de pobre e dois de ricos. Mas, no Rio de Janeiro, não há o elemento do mistério. Há a política. O que as pessoas querem é o filtro do mistério, da novela, da descoberta… Pra você entender esse caso, há um concurso de causas e circunstâncias. É um infanticídio. Na sociedade ocidental, o infanticídio é um pecado, uma falta muito forte. A possibilidade de ela ter sido morta por um dos pais é também um elemento de grande emoção para o público telespectador caseiro. Hoje se dá muito valor às crianças. Antigamente ela não era importante.
Quando é que nasce a valorização da infância?
Nasce no século XVIII, com o mundo burguês. A criança se tornou o menino-rei, o núcleo simbólico da família nuclear burguesa. Antes, nas famílias aristocráticas, nas famílias pobres, você tinha unidades familiares com vários filhos. A perda de um filho era a perda de um único filho, não fazia tanta falta quanto iria fazer no mundo burguês, que tem no filho o futuro daquela unidade familiar. Além disso, eram poucos os filhos. Agora, há o filho único. Então, há esse viés infantilista, ou juvenicista, que tem a ver com a própria cultura contemporânea. O caso da menina veio a calhar para a mídia porque junta todas essas determinações: o classismo, o racialismo, o infantilismo - e o medo, o assombro, a tragédia do infanticídio. E, sobretudo, o “comunicacionismo”, uma das coisas mais doentias que existe hoje. É você explorar algumas misérias, seletivamente, como forma de emocionar as multidões.
Qual é o grau de envolvimento dos jornalistas com essas tragédias?
O jornalismo passa a se envolver, no Brasil ainda pouco. Os jornais sensacionalistas ingleses chegaram a oferecer recompensas milionárias no caso Madeleine. É como se o jornalismo fosse parte dessa novela, parte integrante das investigações, das denúncias. Sobretudo na definição do que é importante para o telespectador, o ouvinte ou leitor, ter como elemento de reflexão. A mídia é o grande filtro. O espaço ocupado por essa menina é o espaço retirado de coisas muito mais importantes para a vida coletiva. Mas isso é um fato emocionante. A emoção vale mais do que a razão. A novela, o enredo, vale mais do que o fato.

29 comentários:

Anônimo disse...

TEM TANTAS CRIANÇAS MORRENDO NO MUNDO E A MIDIA FICA SÓ NESTE CASO É UMA VERGONHA EU NÃO ESTOU NEM MAIS ASSISTINDO A TV NÃO TEM MAIS NADA PARA SE VER .

Anônimo disse...

TANTO FAZ SER CRIANÇA POBRE OU RICA, O IMPORTANTE É QUE O CRIME SEJA DESVENDADO. ACREDITO QUE A MÍDIA ESTÁ CERTA, PORQUE BRASILEIRO TEM MEMÓRIA CURTA, ESQUECE MUITO RÁPIDO DAS COISAS.

Anônimo disse...

e´ um absurdo muito grande isso ai,mesmo que nao seja esse alexandre ele esta escondendo o assassino,tem tantas crianças que as vezes nasce com problemas serios e os pais fazem tudo para salva -la e a isabela parecia ter muita saude e morre desse jeito mas eu acho que ele ja recebeu a pena maior. deve estar morto por dentro.

Anônimo disse...

acho que quem matou a menina foi a madrasta por ciume da Isabella e da mãe dela. E para mim foi de caso pensado. O Pai da menina ajudou.

Anônimo disse...

não se pode desconsiderar o sentimento de toda a sociedade brasileira. A mobilização em um caso desses mostra que o brasileiro tem sentimento. Afinal, toda a Europa se mobilizou com o caso da pequena Madeleine e assim está acontecendo no Brasil. Estamos diante de um caso cruel e
horrendo. O pai tem de responder de qualquer jeito, afinal, a Isabela estava com ele, por decisão judicial, nos finais de semana. E agora? será que a madrasta de Isabela será capaz de deixar seus dois filhos com o pai? a relação dele com os meninos e com a Isabela é o mesmo: ele é pai! E o pai, vai deixar que seus filhos fiquem com a mãe que é capaz de esganar outra criança? O que eles fizeram é muito grande, é horripilante. O crime de lesão corporal seguida de morte, já seria grave, mas se livrar do corpinho da Isabela, atirando pela janela e querendo se passar por vítima, é demais! Se a polícia não é capaz de ler os vestígios, porque não pede ajuda a policiais de outros países, para que esse caso seja elucidade? Agora comparar esse caso a novela, não vale. É sentimento de justiça que está levando o povo brasileiro a se motivar e ter solução.
Também não dá para comparar a morte da Isabela com os casos de mortes que acontecem no Brasil. Todos nós vamos morrer um dia, seja de câncer, Aids, pneumonia, alergia, queda, afogamento, depressão, suicídio, atropelamento porque é uma decorrência da vida. Não é que uns podem morrer outros não, não é isso, todos vamos morrer de uma coisa ou de outra. O caso da Isabela deixa todos assustados porque é mórbido, torpe, cruel demais. Quem gostaria de ter como vizinhos os Nardoni, pai e madrasta de Isabela. E quem gostaria que seu filho brincasse com os filhos deles? O menininho maior viu muito do que aconteceu. E aí, ele vai esganar os coleguinhas também e jogar na piscina ou pela janela?

fossatti disse...

esse caso para a midia pode ser complicado ,mas para policia nao,acho que tanto diz me diz,eu acho que e ponto de honra para a policia desvendar esse casose formos falar desses casos demora mesmo ,casos como o do maniaco do parque,suzane von hichitoffen,tambem foram demorados mas no final estao todos presos e isso que esperamos do caso de isabella

Nattércia Damasceno disse...

O que eu sei é que preciso publicar mais textos dos outros por aqui...
O anonimato se manifesta!

Anônimo disse...

Mais uma vida se vai, sera que Isabella com 5 anos oferecia perigo para alguem,uma menina linda cheia de vida um futuro pela frente,passo noites e noites me perguntando,por que? Porque fizeram isso com uma criança tão indefeza, até onde vai a monstruosidade do ser Humano, bicho homem que devia ser estinto da face da terra.
Que justiça seja feita, e que os culpados sejam punidos.

Anônimo disse...

Acho um exagero a cobertura da imprensa para esse caso. tudo bem que foi um fato cruel. mas tambem nao precisa fazer de nossos olhos pinico todo os dias . ja que a gente sabe que é so sensacionalismo. Quanta crinças nesse periodo ja morreram de bala perdirda? é um fato cruel tambem. la no morro a imprensa nao sobe. nao vai nas delegacia buscar depoimentos das pessoas. nesse caso so faltam dormir na casa do delegado para buscar mais informaçoes. e a comcorrencia almenta cada dia. nao tem mais um jornal que nao se fale sobre caso isabela. Acho que a policia nem sabe que matou a menina. mas agora diade deste alarde da imprensa vai ter que acusar alguem. "brasil, lugar da hipocrisia'

Anônimo disse...

casos como esses acontecem,na midia aparece um video do casal muito harmonioso,mas ja existiram casos como estes ,eu te pergunto,o maniaco do parque,suzane von hichitoffen,o assassino do cinema,se perguntassem para a familia diziam que ele era bonzinho mas fizeram o que fizeram ,om povo so quer uma coisa justiça

Anônimo disse...

A abordagem do caso Isabella como sendo a cobertura da mídia uma novela “trágica”e “doentia”, “classista” e “racialista” do crime, por tratar-se de criança branca e de classe media, deve ser considerada no mínimo, equivocada, até porque se tenta desvalorizar a dor dessa morte comparando-a com a de outras crianças vítimas de um vírus que age independente da vontade humana. A abordagem acertada é que tratava-se de uma criança indefesa, linda, saudável, que teve a vida ceifada por pessoas desequilibradas, que convivem normalmente em sociedade, E QUE DEVERIAM PORTEGÊ-LA. Foi um crime brutal, que deve ser plenamente esclarecido, até para que outras famílias reflitam se o mesmo não está ocorrendo com elas, E PROCUREM AJUDA ESPECIALIZADA. O fato de a mídia e a população brasileira estarem demonstrando tanto interesse e revolta por este caso, bem como pelo da menina torturada em Goiânia, mostram que neste país ainda tem muita gente de bem, que se comove diante de crimes tão brutais.

Anônimo disse...

a imprensa ta fazendo o que o povo quer nao vamos esquecer esse caso ,temos que fazer cobranças ,voce esta vendo o que esta acontecendo na china ,o mundo inteiro esta cobrando ,e nos no brasil que nao aprendemos nada temos que cobrar mais e mais,nao e porque somos um pais democratico que nao vamos cobrar,e nossa obrigaçao cobrar por justiça.

Magalices disse...

Concordo com essa notícia virou novela. Escrevi algo com essa idéia no meu blog na semana passada. Acredito que as pessoas estão confundindo realidade e ficção. Culpa da mídia, infelizmente. Tantas outras notícias importantes e ficam gastanto minutos preciosos com especulações desse caso.

Anônimo disse...

Não tenho palavras com uma brutalidade dessas, só tem uma coisa pra acabar com isso tudo, prá quem faz uma barbaridade dessa com uma criança inocente é só pena de morte, ai sim que nós penssaria-mos 3 trez vezes antes de fazer..

Anônimo disse...

A midia se comporta de maneira errada, em vender a desgraca alheia - neste caso Isabella nao ha mais nada para a populacao ver, eh sim agora o problema da policia para desvendar o caso e dai informar a sociedade. E tambem deixar em paz a mae desta garotinha, que sim perdeu seu tesouro, mas nao ha nada mais que alguem possa fazer por ela, ela deve ter amigos e uma familia - com certeza ela nao quer estar perto de gente que so bisbilhoteia e jornalistas seguindo todos os passos dela - isso eh desrespeito.

Eu espero sim que o caso seja desvendado, mas tambem esta me incomodando todos esses capitulos - devem ter outras coisas importantes acontecendo.

Anônimo disse...

É, Claudio, os comentários que li a respeito do seu artigo, apenas legitimam cada palavra do que foi escrito. O caso virou uma novela e a audiência eclética é, tristemente, cada dia maior.

Isabela disse...

O fato de ser uma menina de classe média ajuda e muito, sim, esse caso ter se tornado uma "novela". Acho que, muita gente, de tão cheia que está desse sensacionalismo, acaba minimizando o caso. Não os culpo, porque enche mesmo. Mas não dá pra virar totalmente as costas, porque foi um crime brutal: não interessa se foi com criança rica, pobre, branca ou negra. É uma brutalidade e ponto.

Acho que cabe a nós "filtrar" um pouco essa neurose, e não desligar a TV somente quando surgirem informações realmente concretas.

Anônimo disse...

Deus! Espero que possa ler os e-mail's alheios! Nunca vi tanta barbarie em um país tão pequeno e vulgar (onde a corrupção assola o mesmo)... Deus! espero que Ajude a polícia a prender o verdadeiro culpado pela morte da pequena e indefesa Isabela. Ela só morreu porque já sabia falar, mas sua defesa era do tamanho da de uma menina de 4 ou 5 meses, diante de um monstro frio e cruel que deve tê-la espancado e para não deixar vestígios, armou este "plano sórdido". Eu me coloco no lugar da mãe, pois tenho uma filha e sempre que ela ia passar os fins de semana com o pai, eu vegetava até que ela estivesse em casa.

Anônimo disse...

A mídia não cometeu nenhum crime, não jogou nenhuma criança do 6o andar, ainda viva...as pessoas gostam de ficar alheios, ou seja: o problema não é meu... é mais fácil ficar de fora, fechar os olhos, não querer ouvir a realidade e pior colocar a culpa na mídia... sabemos que existem outras crianças morrendo, vamos nos mexer, procurar fazer algo por um mundo melhor, defender nossas crianças, ficar atentos, estudar, orar, etc...

Anônimo disse...

Acredito que para se mover um país é preciso ter a liderança! Para que casos como este da Isabela não venha cair no ostracismo ou mesmo ser abandonado pela mídia, por "uma simples tapioca".É preciso que os 91% da população (que são os pobres) exterminem os 9%(que são os milionários), esses sim são os que assassinam a moral e os bons costumes. Deixem as Isabela's viverem para que sua geração eliminem esses inúteis que ocupam a panelinha do governo!

Anônimo disse...

Esse antropólogo tem problemas com sentimentos? A mídia está dando atenção pq é uma criança de classe média e bonita? Pelo amor de Deus! Uma criança morreu, vítima de uma violência brutal. Vamos sim, cobrar da justiça uma solução para esse crime e infelizmente outros. E se a imprensa está dando muito importância a esse fato, serve no mínimo para não deixar cair no esquecimento, e a imprensa está mostrando um trabalho dígno de "CSI" da polícia e da perícia.
O fato já aconteceu, agora vamos acreditar que ele tenha sido cometido por qualquer "monstro" alheio à família, um ladrão escondido no apartamento que se assusta com a criança acordando. Pai, madastra, mãe, não dá para aceitar que uma pessoa conviva com uma criança e depois simplesmente atire ela pela janela. Não dá

Anônimo disse...

Concordo que se tornou uma novela sórdida. Dias e dias a fio com o mesmo assunto... antes dele, era a menina torturada em Goiás. Parece que precisam ter assuntos horrendos nos noticiários, mas só um pouquinho: quantas coisas sérias estão acontecendo no país? Tudo bem, foi um crime horrível, mas deixe o crime com a polícia!!! Esse tom de novela mexicana já passou dos limites!

Anônimo disse...

O problema é que devido à especulação e ao sensacinalismo, a massa, que não tem acesso às evidências, fica à mercê da maré. O caso realmente virou um misto que "CSI" , "Big Brother" e folhetim barato das oito.

Apesar da forma dura como foi colocado, concordo com a essência do que foi dito pelo antropólogo.

Está na hora de voltar a trabalhar. Vamos deixar de lado os temas mórbidos e tentar levar nossas vidas com um tanto razoável de qualidade.

Que a polícia faça seu trabalho, que a justiça cumpra com sua obrigação e que a criança descanse em paz.

Sou pai de 2 filhos e me preocupa pçrofundamente o fato de o mundo em que vivemos estar ficando cada vez mais selvagem e irracional.

Anônimo disse...

Não se discute a brutalidade de um crime que causou perplexidade e comoção em toda a sociedade brasileira. No entanto cabe á policia desvendá-lo e à justiça punir os culpados. Concordo que há um exagero por parte da imprensa na cobertura do episódio, porém não acredito em "classimo", "racionismo" ou coisa parecida. O que há na verdade é a falta de assunto, de criatividade, e a exploração da desgraça alheia com sensaciolismo, para manter a audiência em alta.

Anônimo disse...

que putaria é essa? invasão?
xô, xô, isso é um blog para poucos
marrapaz!

Tom disse...

É de se lamentar...ler tragedia apos tragedia,pseudos conhecedores da vida nacional que se formou na frança e tem phd de bobologia..Fato e que quem esta doente e nossa sociedade e ja faz muito tempo que isso esta acontecendo..uma vida vale mais que um bilhao de palavras..uma vida e na verdade uma obra de Deus..uma vida ainda mais de 5 anos e tirada com tamanha brutalidade ,não se pode comparar com mortes por dengue..este pais esta na hora de parar de ser individualista..classista no sentido intelectual e economico..SR PROFESSOR SEI LA DO QUE VOLTA PRA EUROPA E VAI FALAR BOBAGENS POR LÁ ..PORQUE POR AQUI NÃO PRECISAMOS DE BOÇAIS.
DEUS TENHA MISERRICORDIA DAS CRIANÇAS DESTE PAIS ..ABANDONADAS MAL TRATADAS... USADAS...E ASSASSINADAS POR MONSTROS SOLTOS COM UMA POLITICA DE QUEM VALE MAIS E PORQUE TEM MAIS..HIPOCRITAS...

Fabiana Fonseca disse...

A Folha divulgou hoje a versão dos criminalistas e investigadores para o assassinato da menina: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u392421.shtml
Para mim, é a mais plausível, apesar de repugnante, como tudo o que ocorreu na imprensa até o momento.

Pensamentos Soltos disse...

:O
Não sou anônima, logo não posso comentar!

Mas não pretendo sumir denovo, comento no próximo post.

Elynalia disse...

acho que vou fazer isso no meu blog também pra ver se ganho comentários ^_^