terça-feira, setembro 30, 2008
Vamos falar de Varadouro
segunda-feira, setembro 29, 2008
Newman
quarta-feira, setembro 24, 2008
Rock?
terça-feira, setembro 23, 2008
Meio Ambiente x Álcool Verde
Em contrapartida, os órgãos competentes e o povo acreano querem saber da indústria, que medidas minimizadoras de ordem preventiva, corretiva, compensatória e de monitoramento que a mesma utilizará para cada situação de impacto ambiental.
Nem LI, nem LO
Quem não se lembra que exatamente há um ano houve uma audiência com este mesmo intuito? Porém, após três meses, a promotoria do meio ambiente (drª Meri Cristina) do MPE suspendeu a Licença de Instalação (LI) concedida pelo Imac à Álcool Verde, por achar ainda insuficiente o estudo ambiental realizado pela mesma. Assim, nem LI , nem LO.
Na verdade, tudo indica que o estudo era realmente antigo, dados dos anos 90.
Mas, motivados pela demissão em massa dos trabalhadores da cana, boa parte da imprensa acreana e os nossos políticos acharam a decisão da drª um absurdo, um atraso ao desenvolvimento do Acre. O MPE virou o bicho papão da vez!
Porém, fiquei foi fã da drª Meri. Simplesmente entendi que a mesma apenas estava exercendo o seu papel: não deixar que indústrias se instalassem aqui a qualquer custo, de qualquer forma.
Certo que o crescimento econômico é importante, mas como sempre discursam os nossos $inceros representantes, de modo sustentável é a melhor opção, que também não quer dizer muita coisa num Estado que se diz da florestania e que ao mesmo tempo nos passa a sensação de que o lema “desenvolvimento sustentável” serve mais é para embelezar os seus lindos e $inceros discursos.
Enfim, a Álcool Verde apresentará novamente o EIARIMA, mas, dessa vez, uma equipe multidisciplinar fez todo o estudo de impactos.
Marque presença na audiência. É um direito nosso fazer parte das tomadas de decisões que implicarão mudanças na região.
segunda-feira, setembro 22, 2008
fim de carreira
Principalmente quando a professora manda você ler um texto, você tropeça em uma palavra e ela te coloca de castigo na frente de toda a turma e manda você treinar o texto lá fora, sozinha.
Não tenho saco pra isso, minha irmã...
Vou vender peixe na feira que é mais negócio!
sábado, setembro 20, 2008
O que o senado tem de melhor
“Quando a velhice chegar,
aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres sesouberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres.”
A frase de Séneca foi a última a preencher as impressões que absorvi durante a produção deste texto, e não menos reveladora. Acredito, agora, que o segredo para a boa velhice está no contato físico e em tudo o que isso implica. Explico.
A curiosidade bateu na primeira vez que passei por aquela esquina e a música antiga, das serestas que meu avô ouvia – Orlando Silva, Francisco Alves, Nelson Gonçalves – tocava, ao vivo! Parei para entender.
O lugar estava lotado. Muitos, como eu, ficavam ali somente para observar. Acomodei-me na beirada de um canteiro onde tinha uma vista privilegiada para o espaço à frente da banda Raízes da Terra, que embala o povo mais animado com seus forrós, sambas-canções, boleros, chorinhos... Para chegar até a área de dança é preciso subir a rampa que tem em seu final uma placa com os dizeres: “Tribuna popular e democrática. Quando o povo fala, ou foi, ou é, ou será”.
Bem verdade que lá se fala, e muito. Do político que irritou vários com o discurso de hoje na Assembléia Legislativa do Acre; do que estão tratando na Câmara dos Vereadores; daquele camarada que diz ter matado meia dúzia na juventude e agora está dançando com a mais cobiçada, e quem tem coragem de tirar a dama do tal mentiroso? Mas o que fazem mesmo por lá, nas manhãs de quartas e sextas-feiras, é dançar.
Assim é o Senadinho. Um pequeno espaço separado para os idosos que gostam de dar seus passos cadenciados e desfilar preciosas lembranças enquanto os mais jovens trabalham. De tão alegres, contagiam. Eu observo como são econômicos com certas coisas que eu não seria: aproximam-se com passadas muito pequenas, os gestos e o modo de mover a cabeça também são diminutos, falam sem pressa, esperam a música começar enquanto conversam com largos sorrisos. Parece que para eles é o melhor do dia.
Em dois minutos, eu já estava inquieta.
--A moça está bem? A pergunta veio de um senhor simpático de uns 70, acho. Não notei que balançava a perna insistentemente.
-- Estou. A que horas começam a tocar?
-- Depende de quem vem pra dançar. Dança comigo? Tá precisando dançar pra acalmar as pernas.
-- Desculpe, só vim pra olhar mesmo. E eu não danço.
-- Ih, não namora, também, né?
-- Como?
-- Mulher que não sabe dançar demora pra namorar, moça. Os homens num olham...
A velhice deve trazer, sim, alguma sabedoria, pensei.
-- Tá bom, quando a música começar eu danço com o senhor. Conhece o Panelada?
-- Ele acabou de passar, mas é o que dança mais ruim aqui! Só vem por causa das mulheres.
O Sr. Sandoval Vasconcelos, o velho galante, parecia enciumado. Eu procurava o Panelada porque é personagem do pequeno documentário que disponibilizei Overmundo. Wander Silva, aluno do Curso de Cinema da Usina de Artes e um dos responsáveis pelo curta, conta que trabalhava em outro documentário quando esteve no Senadinho para pedir informações e descobriu ali um excelente tema. Conversou duas vezes com Panelada e decidiu que seria ele.
Nordestino, aventureiro, dono de algumas frases dignas de serem roubadas, Panelada é figura cativa no Senadinho. Dizem que fica furioso quando tentam atrapalhar as horas de lazer com campanhas ou movimentos trabalhistas por ali. Conhece o momento exato de tirar a dama para dançar: Quando ela começa a mexer o pé! Diz isso o tempo todo, alguém tem que aprender... Não é o que a Sra. Áurea Rabelo, 63, acha. "Chego aqui com vontade de dançar e eu mesma chamo quem eu acho que vai me levar direito. Se balanço o pé sozinha, é porque não encontrei ninguém ainda. Mas se me tiram pra dançar, eu não rejeito. Não se faz uma desfeita dessas."
Há oito anos, a Fundação Estadual de Cultura começou a pagar uma banda para divertir os idosos que faziam dali um lugar de reencontro com o passado. Além de comentarem as fofocas da cidade, relembravam também os antigos “assaltos”, festas preparadas para surpreenderem os amigos no dia de seus aniversários. Nessas festas, geralmente ao ar livre, tiravam senhoras e meninas para dançar até terem coragem de convidar as moças. Muitos romances nasceram assim.
Enquanto ouço suas lembranças, quase consigo cantar “Pedacinho do céu”, “Eu sonhei que tu estavas tão linda”, “Carinhoso”. Mas eles não admitem que a saudade do que passou supere o que vivem hoje. E assim volto a falar da falta de pressa. Do momento em que chegam até a música começar leva um bom tempo; dos passos sozinhos até dançarem acompanhados foram longos minutos de conversa, dos sorrisos lagos aos intervalos para os comentários sobre parlamentares que também matam ali a vontade de dançar (seria só isso?) pode-se creditar vários encontros.
Coisas assim, pequeninas.
Alunos de uma universidade distribuem uma camisa branca da campanha de violência contra idosos. Dessa vez, Panelada não se aborreceu. “Você será um idoso um dia”, era mais ou menos o que vinha escrito. A maioria vestiu com boa vontade e continuou o que estava fazendo. Nos rostos dos jovens senhores do Senadinho há marcas do tempo, mas não há cansaço. Eles se cumprimentam e continuam a conversa de onde pararam, abraçam seus pares e dançam sem conversar, trocam a música, muda o dia, sempre som seus passinhos pequenos e fala lenta que fazem as duas horas de encontro parecerem quatro muito bem aproveitadas.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Festival Varadouro 2008
Nos dias 26 e 27 de setembro acontecerá a 4ª edição do Festival Varadouro. O Festival virá com força total. Diversidade é a palavra-chave do evento que reunirá mais de 20 bandas de todas as regiões do Brasil e de dois países da América Latina.
O evento, que será realizado no estacionamento do estádio Arena da Floresta, é patrocinado pela Petrobras.
Confira a programação:
Dia 26, sexta-feira
Tk7dois1 (AC) – 19h00
Boddah Di Ciro (TO) – 19h30
Blush Azul (AC) – 20h00Marlton (AC) – 20h30
La Pupuña (PA) - 21h00
Yaconawás (AC) – 21h30
Ecos Falsos (SP) – 22h00
Survive (AC) – 22h30
Pata de Elefante (RS) – 23h00
Los Porongas (AC)– 23h30
Atajo (BOL) – 00h00
Dia 27, sábado
Ashaninkas (Apresentação especial da nação indígena – AC) 18h00
Hey, Hey, Hey (RO) 19h30
Silver Cry (AC) 20h00
Calango Smith (AC) 20h30
Cabocrioulo (AM) 21h00
Diego de Moraes e o Sindicato (GO)21h30
Nicles (AC) 22h00
Linha Dura (MT) 22h30
Bareto (PERU) 23h00
Filomedusa (AC) 23h30
Cordel do Fogo Encantado (PE) 00h00
Ingresso R$ 6,00
R$ 3,00 (estudante)
Locais de vendas: Museu dos Autonomistas, Catraia e Fundação Elias Mansour.
Detalhe importante: quem chegar antes das 19h entra de graça.
Eu vou nessa! bora?
quarta-feira, setembro 17, 2008
dos milagres que acontecem
Não, eu não passei.
Aconteceu algo mais improvável ainda. Às 17:20 me ligaram dizendo que uma pessoa havia desistido e que eu era a próxima da lista.
Aí eu fui e agora serei uma grande atriz do rádio.
É isso.
terça-feira, setembro 16, 2008
Em busca do sucesso
Há umas duas semanas vi no jornal que o Governo do Estado pretende resgatar as tradicionais radionovelas que tanto faziam sucesso antigamente, para isso, ia oferecer um curso (de graça) para formar radioatores. No começo nem dei bola, porque essas coisas legais sempre acontecem no horário comercial e eu estou trabalhando. Mas, para a minha surpresa, o curso é à noite.
Dois colegas de trabalho também se inscreveram e até hoje alegam que eu soube desse curso bem antes e não avisei ninguém para fazer reserva de mercado.
Como muitas pessoas se inscreveram e são apenas 20 vagas, foi necessário o tal do processo seletivo. A tarefa era ler um textinho interpretativo, outro narrativo e torcer pra impressionar. Não funcionou (pelo menos comigo).
Tentei usar a tática da vez passada: fingir desinteresse pelo curso, assim, se eu passasse, seria uma surpresa, como aconteceu com curso de cinema. Não deu certo. Eu tava mesmo a fim de fazer esse curso.
Entrei na sala dibôua, sem muito nervosismo. Coloquei os fones, ajustei o microfone e li direitinho.
Aí a moça disse:
- Você pode ler de novo?
- Tá...
(li de novo)
- Certo...Respira...Já tá menos nervosa?
- Er...Pera (eu não estava oficialmente nervosa até então, mas aí minhas mãos começaram a gelar, tremer e foi-se).
(li de novo...)
- Você pode ler o outro texto?
(enquanto isso, o cara da mesa de som, ao lado dela, fazia gestos positivos do tipo “Vai lá, solta a voz!” “Fala com o coração!”)
E eu ali pensando “O que diabo eles ainda acham que eu tenho pra soltar? Eu não tô escondendo o jogo não...É só isso mesmo!”
Li mais uma vez, ela agradeceu e eu saí da sala.
Com meus colegas de trabalho a experiência não foi muito diferente. Jihane até pensou em apelar para o emocional e dizer que precisava dessa vaga, porque apanhava em casa e sentia que o rádio poderia salvá-la, mas ficou tão nervosa que acabou se atrapalhando.
Já eu me via estrelando a nova radionovela da Rádio Difusora Acreana, com uma big festa de lançamento, dezenas de cartas dos fãs e muitas fotos estampadas no jornais com o título “Ela não é só mais uma vozinha bonita do rádio”.
* Em tempo, o resultado da seletiva sai amanhã, mas como eu prevejo um futuro negativo, vou postar logo o texto.
Sucesso total
Entendi que no critério dos internautas, de acordo com aqueles postos no site – ser citada na imprensa de seu país e do mundo, influenciar pessoas, gerar lucros para sua empresa ou governos, ter um número grande de pessoas sobre seu comando e participar de projetos de cunho humanitário – a Mulher Melancia Andressa Soares deve ficar à frente de Xuxa e Zilda Arns.
Mas quem seriam essas duas?!!
Eliz não odeia tanto a pós
Quando criança seu sonho era ter uma bicicleta, mas enquanto ela não chegava (nunca chegou) se conformava em brincar com seus amiguinhos e amiguinhas de amarelinha, esconde-esconde, “casinha”, coisas que a maioria das crianças da “era hiper-moderna” não conhece.
Em seu primeiro dia de aula, aos sete anos, (começou estudar tarde, né?) só chorava. Uma coisa que não queria era ir pra escola, pois morria de medo de não ter tempo para jogar futebol, uma das atividades que mais adorava fazer, principalmente em dias de chuva. Sua mãe passou alguns meses sofrendo com a rebeldia de sua filhinha. Com o passar dos tempos, já no ensino fundamental, era a aluna mais bagunceira da sala, mexia com todo mundo, a ponto de um aluno levantá-la pela gola da camisa, porém tinha um bom desempenho escolar e já gostava de estudar.
Por falar em chuva, Eliz ama chuva mais que sol. Por Natt e Fabi, ela é estranha por não gostar de sorvetes, por não pentear os cabelos, entre outras coisitas, talvez agora por gostar mais de chuva.
Como em Capixaba não tinha ensino médio, Eliz teve que se aventurar em Rio Branco. Partiu para a capital, mas todo fim de semana pegava o bus das 18hs destino à Capixaba.
Terminou o ensino médio, ficou alguns anos sem estudar. Virou uma porra-loca, só queria saber da night acreana. Se ao mesmo tempo estivesse estudando... mas, não tava. Velho tempo que não queremos nada com a vida, mas que depois vem o arrependimento.
O insight! Graças a Deus, houve um estalo. De repente, ela quis voltar a estudar. Arrumou sua mochila e disse: "queridos pais, vou embora pra Fortaleza estudar". Por que Fortaleza? Simples, ela estava a fim de ir para um lugar que sonhava em conhecer, que não tinha parentes, e a convite de duas amigas, foiii!
Lá, se formou em publicidade. É sério, apesar de ultimamente atuar mais como jornalista, publicidade tem tudo a ver com ela. Estagiou em departamentos de publicidade e marketing, teve vários trabalhos veiculados em revistas locais, inclusive na Veja Fortaleza. Experiência muito bacana.
Como boa filha que é, voltou. Formada, é claro. Hoje, edita o primeiro jornal impresso de Capixaba, a saber, Jornal Capixaba. Sempre teve em mente contribuir socialmente para aquele município.
Atua também como diagramadora da revista Cozinha Amazônica, editada por Nattercia Damasceno, e que tem uma redação impecável: Fabiana Mesquita, Hermington Franco e Francisco Aquiney. Revista esta, publicação da empresa de comunicação integrada: Oficina da Imagem. Então, Eliz não odeia tanto a pós. Olha só o que ela proporcionou ao trio sugestível: uma amizade divertida. Maaasss, "nós não somos divertidas", segundo a Natt, "é só produção". Vai entender! rs
segunda-feira, setembro 15, 2008
Deixa eu me apresentar
*Em 2006, ela finalmente conheceu o quiosque do Santos Dumont.
domingo, setembro 14, 2008
novidades novas
Eliz, Fabi e eu. Nós não somos divertidas. É só produção
sábado, setembro 13, 2008
Laico de fato
sábado, setembro 06, 2008
Quatro anos é muito tempo
terça-feira, setembro 02, 2008
simples assim
Então quando a gente topa com algo sério não deveria se espantar tanto, porque todos os dias a gente passa por isso.
O que pouca gente entende é que se prefere uma coisa a outra. Ou usa o sapato preto ou o marrom. Não dá pra ter os dois ao mesmo tempo (a não ser que isso dependa só de dinheiro, mas nem todo mundo funciona dessa forma e certas pessoas não colocam sentimentos a venda, não é?).
O fato é que não se pode ter tudo e que em algum momento a gente perde. É só uma questão de escolha.
segunda-feira, setembro 01, 2008
do dia-a-dia
Escolhi o pior dia pra ir: a segunda-feira de manhã. Tenho certeza que se tivesse ido na quinta-feira, às 08h36min, teria uma das primeiras senhas, mas as coisas não funcionam assim. Todo mundo resolve seus problemas na segunda de manhã e, é claro, o sistema sempre pára na segunda de manhã, geralmente na altura da senha 934, quando seu número premiado ta lá pela casa dos 50.
Nessas horas, além de ouvir música, eu presto atenção na reação das pessoas e imagino estratégias de comunicação para entreter o público.
Primeiro de tudo seria instalar um simples equipamento de som, como aqueles da Marisa & Família. Isso funciona que é uma coisa.
Então ele poderia, calmamente, desejar um caloroso bom dia, ler uma mensagem reflexiva e só aí avisar que o bendito sistema está fora do ar.
As pessoas não entendem que o problema todo está na falta de comunicação. Quem vai ao Detran na segunda de manhã já conta com a probabilidade, inclusive, de o sistema estar fora do ar, mas custava dar um aviso coletivo e com um pouco mais de carinho?
Aí o placar eletrônico fica marcando o 934 no guichê 9 eternamente e ninguém entende nada. Até que uma moça mal-humorada levanta, pede informação e volta resmungando alto que "o sistema está fora do ar e ninguém avisa a gente".
Com o sistema de som, o cara avisaria que o tal sistema foi dar uma volta e depois disso poderia rolar um bingo, top five das músicas mais tocadas na rádio ou algo útil mesmo: orientações ao clientes, como os documentos necessários para renovar a carteira e informações gerais para não sobrecarregar o tiozinho rabugento do balcão de informações.
Agora que eu já dei essa fórmula de sucesso, algum jornalista desempregado irá copiar meu projeto, oferecer ao chefe do Detran e trabalhar lá para sempre.
Eu? Eu só quero renovar minha carteira.