quinta-feira, janeiro 29, 2009

Ela voltou!

Após 15 dias na praia, Lombinho (vulgo irmã) está de volta. Chegou ontem à noite, no auge do meu sono. Acendeu a luz do quarto, me deu um beijinho na bochecha, uma bolsa, dois colares e um DVD do Cordel do Fogo Encantado. Até aí tudo bem (pra ganhar presente não importa a hora mesmo) e eu até que estava com saudades dela. Conversamos algumas coisas que eu já não lembro mais e voltei a dormir.
Hoje, às 09:37 ela me liga:

- Mana, eu posso comer essa torta de frango que tá aqui na geladeira?
- Rapaz, não sei há quanto tempo ela está por aí...
- E agora, o que eu vou comer?
- Bolacha, torrada, pão...
- O pão é de hoje?
- Não.
- Não tem nada de hoje?
- Não! Por acaso tu pensou que eu tava acordando cedinho todos os dias pra ir comprar pão?

Estou sentindo que terei problemas pela frente...

quarta-feira, janeiro 28, 2009

dos projetos de vida

Chega um momento na vida de uma pessoa em que questionamentos fundamentais interferem no cotidiano e perturbam a consciência tranqüila de alguém com hábitos simples, como por que a torneira gelada do meu bebedouro sempre fica entupida depois de 18:23 ou por que sempre que escrevo ‘tô’ no meio das frases o T insiste em sair maiúsculo e até mesmo por que as pessoas formadas em jornalismo têm a mania de criar e-mails com ‘_jornalista’ e eu não.

Essa profunda reflexão me fez repensar todo o sentido da vida e renovou um antigo sonho de infância que estou disposta a realizar antes do 24 anos. Amanhã mesmo parto para Milão onde irei desenvolver uma famosa linha de sapatos de palhaço. Sempre tive essa preocupação com o look antiquado dos palhaços e percebi logo cedo este promissor mercado. Além do mais, aquele sapatão com bico redondo e cores desbotadas não combinam nadinha com ar despojado dos palhaços.

Pretendo levar em consideração as cores da estação, as estampas, texturas e os tipos de piadas, claro. A partir daí, ganharei o mundo, as passarelas e os picadeiros do mundo fashion divulgando a coleção.

Inventarei uma teoria comprovando que o palhaço Bozo não morreu, mas que estava fora dos circos por incompatibilidade de gênio com sua personal style e agora aposta nessa nova criação e ressurgiu só para ser meu palhaço-propaganda.

Em maio de 2034, minha invenção chegará ao Acre. Presentearei os palhaços Rufino e Tenorino com um sapato qualquer da coleção outono/inverno do ano anterior e procurarei fazer outra coisa vida.

terça-feira, janeiro 27, 2009

hoje vim assim


Casaquinho comprado na Vest Nort
Blusa que a minha costureira fez
Cabelo assanhado
Calça surrada do Camelô Modas
Pernas de saracura
Sandália Arezzo
Colar de alguma lojinha de bijú de Fortaleza
Relógio do camelô de Manaux

(foto de Alexandre Noronha)

Hoje eu não vim assim. Vim pior que isso. O post é só pra falar do blog "Hoje vou assim", da publicitária Cristiana Guerra, que se veste bem diariamente.

domingo, janeiro 25, 2009

aiai...


Com quase oito anos de estrada, um diálogo se deu:

- Tu lembra a roupa que eu usei no nosso primeiro encontro?
- Er...Lembra que até um dia desses eu lembrava?
- Não me interessa se tu lembrava até um dia desses, ora bolas, eu quero saber se tu lembra agora!
-Ah...
- E aí, lembrou?
- Não. Eu lembro da minha.
- Claro, né?

pausa...

- Não lembro mesmo.
- Então eu acho que vou chorar um pouco.
- hahahaha

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Alô, som!

O grande elenco de "A invasão"

A verdade é que eu fico revoltada depois de 01:24 p.m e, como em dias comuns costumo estar dormindo neste horário, hoje resolvi esperar só para poder atualizar o blog.
Essa semana estava lembrando daquele meu sonho de ser radioatriz e cheguei à conclusão de que tudo não passou de uma radionovela.
OK, OK, eu já havia admitido que não levava jeito para coisa, mas queria pelo menos o direito de poder divulgar o produto e me exibir por aqui, né?
Coincidentemente, nesta mesma semana em que estava disposta a escrever um texto reclamão daqueeeeles, recebi um e-mail da Lena, que ministrou a oficina na Usina, enviando o produto final realizado pelo grupo.
“A invasão” foi o programa gravado pelos alunos do curso em setembro de 2008 e ouvido pela primeira vez na mesma época. Na ocasião, foi anunciado que ele seria veiculado nas rádios Aldeia e Difusora Acreana, já que o objetivo maior do projeto era ressuscitar as tradições das radionovelas no Estado.
Apesar de já estar habituada com a falta de prazo das coisas por aqui, não consigo entender qual a dificuldade de se iniciar e finalizar uma atividade. Qualquer projeto meia boca que se faça exige um período de execução, mas parece que tudo é desconsiderado.
Estamos em janeiro de 2009 e só tive acesso ao áudio agora. A justificativa é que estão com dificuldades de encaixar o programa de meia hora na grade imutável das rádios.
Para quem banca, chama a TV e faz aquele auê pra divulgar o projeto, pode não significar nada segurar o produto por dois, quatro, seis meses que sejam, mas para quem fez parte disso, significa muito. Muita gente acreditou no projeto e achou mesmo que ele poderia render alguma coisa séria. O processo de produção e aprendizado deve ser contínuo.
Às vezes até quero acreditar nas boas iniciativas do governo estadual, mas logo desanimo porque sei que elas têm curto prazo de validade e entusiasmo.

Não sai na rádio, mas sai no Sugestível, ora bolas. Para quem tiver paciência e curiosidade de curtir a produção local, segue “A invasão”.




A quem interessar, toooodo o meu talento sonoro foi exposto em oito segundos de fama na voz da economista Diocélia Rocha, entre o 03:22 e 03:30.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

da língua


Etiqueta da chave do terraço da Assembléia Legislativa do Acre.

E eu me preocuprando com o Novo Acordo Ortográfico...

sábado, janeiro 17, 2009

recortes

- E o Will Smith não é conhecido não, fia?
- É...
- Então...Leva logo!

* O poder de persuação para se vender um DVD pirata.

*Adoro ouvir essas conversas pela metade.

Sede Verde

"Esse na verdade é um projeto do povo acreano". Foram as palavras do prefeito em exercício, Eduardo Farias, em relação à candidatura de Rio Branco à Copa do Mundo de 2014, em um programa de entrevista da Rádio Difusora Acreana.

Queria mesmo saber o que o povo acha disso, porque euzinha aqui não tenho nada a ver com essa conversa e pelo que me deixem fora dessa história de achar que o Acre tem condições de sediar uma Copa do Mundo. Não é um Campeonato Brasileiro, meu amigo, é uma Có-pa-do-Mun-dô!

Podem até me chamar de pessimista, agorourenta, já que ainda faltam anos para o tal evento, mas esse tempo é quase nada para uma cidade se desenvolver. Eu amo o Acre, sério mesmo, porém tenho bom senso para acreditar que ele ainda não está preparado para sediar um evento dessa grandiosidade. Temos probleminhas pequenos que nos impedem de ir para frente e, mesmo construindo hotéis, restaurantes e toda a estrutura necessária, não conseguimos pensar grande.

Mesmo a cidade se modificando, ganhando novas obras, parece que a gente não consegue se desprender daquele pensamento provinciano. Admito que o povo acreano é hospitaleiro, mas não há bom senso para atender a demanda. Quem mora aqui sabe as dificuldades de encontrar alguma coisa pra comer depois da meia-noite, comprar um presente depois que sai do trabalho, porque as lojas só ficam abertas até no máximo 19h, ou tomar uma injeção no domingo, pois encontra poucas farmácias abertas e a que funciona 24h, o rapaz que aplica injeções só trabalha até sábado. São coisinhas pequenas que dificultam o dia-a-dia. Quem mora aqui, se adapta, mas quem vem a passeio espera contar com todo o aparato de outras cidades.
Sou contra mesmo.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Eu queroooo!!


Olha que graça essa câmera digital que será lançada pela LEGO até julho! Como ela também vem MP3, rádio-relógios, walkie-talkies... são vários gadgets criados especilmente para atingir a meninada. Entretanto, como minha idade mental deve estar agora nos 9 anos e meio, vou tratar de garantir a minha! Os preços devem variar entre 20 e 60 dólares no site, mas por essa fofura vale a pena! Quem não teve infância?!!

fama disfarçada


Eu sou a mãe divorciada do Judiciário em Foco de Dezembro/2008

Bom dia!

Todos os dias entra um senhorzinho aqui na sala e dá um caloroso “Bom dia pra vocês!”. Ela já ficou conhecido como “Sr. Feliz”, porque não há mais ninguém no mundo que acorde com tanta disposição. Chega a ser um insulto uma pessoa acordar feliz todas as manhãs e ainda repetir o bom dia com o mesmo entusiasmo de sempre.
Depois que ele sai eu até me obrigo a ser simpática para atrair boas energias e desejar pelo menos uma boa tarde.

Foto: http://www.flickr.com/photos/lemanz_r/264991295/

terça-feira, janeiro 13, 2009

Feliz 2009?

Eu quero mesmo acreditar que 2009 ainda poder ser um ano feliz, como as pessoas andam desejando por aí, mas tudo conspira contra.
Depois da maré de enfermidades que me pegou de jeito no final do ano e começou com uma simples virose que se transformou na pior crise de gastrite que um indivíduo poderia ter e abriu 2009 com uma gripe de tosse cachorrenta, fica difícil crer que a vida vá melhorar faltando somente 11 meses e 18 dias para 2010.

Antes de cada dia começar eu faço aquela escolha que os textos de auto-ajuda sempre aconselham: "Ao acordar, você decide como as coisas irão lhe afetar”. Sim, eu escolho não me irritar, mas o meio definitivamente não coopera.
Minha tosse chegou no dia 31 de dezembro de 2008 e acho que vai me acompanhar até a primavera de 2054, porque não há xarope sabor banana que dê jeito, muito menos lambedor com formiga.

Quando as coisas já não iam bem, elas pioraram (o que é lógico). 2009 também trouxe um infortúnio de não mais viajar em janeiro e tive que remarcar a passagem. Na hora de comprar passagens eles te vendem até por celular, mas para remarcar você tem que ir à loja da TAM que fica bem ali no aeroporto. Consegui uma tarifa razoável e me mandei para o aeroporto à noite. Enfrentei fila, expliquei a situação, consegui a tarifa que eu esperava, mas na hora de pagar a máquina do cartão não estava funcionando.

Deixei bem claro para a moça que a culpa não era minha e que ELA TINHA QUE DAR O JEITO DELA!
Ela me explicou com todo o seu sotaque sulista que ‘aguentaria’ a reserva pra mim até o dia seguinte e que era SÓ EU VOLTAR À LOJA E PAGAR A DIFERENÇA. Super simples.

Eu já deveria saber que aquilo não daria certo, pois não se pode confiar em mulheres que não sabem usar blush, mas fui contra meu instinto feminino e acreditei na moça.

Depois de enfrentar 18km da minha casa à loja do aeroporto, descubro que a anta, digo, moça, fez a reserva com a data errada e o prazo tinha expirado. A outra moça me explicou gentilmente que para o dia que eu queria eu teria que pagar agora uma diferença de somente R$ 1.300 (quantia que todo mundo levabolso).

Xinguei, chorei, berrei, contei até dez e disse: “E como nós vamos resolver isso agora?”
Eu poderia muito bem ter ido resolver o assunto com o gerente, mas como a viagem até o aeroporto é estressante e eu sou aquele tipo de brasileira que deixa as coisas passarem para evitar mais aborrecimentos, conscenti que a atendente conseguisse outra data com a mesma tarifa, paguei a diferença e fui pra casa com ódio no coração.

2009 promete...

sexta-feira, janeiro 09, 2009

O que ler? Vai a dica...

Está tarde para fazer uma retrospectiva, portanto, vou falar apenas dos livros mais interessantes que minha retina registrou em 2008:

"O Livro de Ouro da MPB" (Ricardo Cravo Albin, Rio de Janeiro: Ediouro, 2003).
Destinado a pesquisadores e amantes da música brasileira (Eu! Eu!), o livro relata a vida dos grandes nomes da MPB desde a sua origem até os dias de hoje. Não é ficção, apenas uma compilação do que foi registrado sobre esses artistas, sem complicar na linguagem e ricamente ilustrado com imagens dos arquivos da Funarte e Museu da Imagem e do Som. Destaque para a era do rádio, em que o autor busca mostrar como alguns nomes foram significativos para emplacar sucessos das marchinhas cariocas, tocadas no carnaval dos blocos até hoje.
Outra etapa importante destacada por Albin é o processo de redemotratização através das músicas engajadas de alguns cantores e bandas dos anos 1980 e 1990.
Vale a pena dar uma atenção para as sonoras 365 páginas desse livro.


"A Felicidade, Desesperadamente" (Editora Martins Fontes, 2001. 139 págs.).
Não é auto-ajuda, é filosofia. André Comte-Sponville, numa conferência-debate apresentada em 1999, nos diz que “a sabedoria é necessária por dois motivos: porque somos infelizes e porque somos mortais. Quando temos tudo para ser feliz e não somos, é porque nos falta sabedoria. E sabedoria é saber viver, aprender a viver”. A citação despertou meu interesse em ler o livro todo para de entender a visão do autor sobre como temor, esperança, verdade e sabedoria estão interligados e devem ser bem administrados por cada um de nós, para que tenhamos contentamento e a tão almejada felicidade.
O livro foi presente da Juliana Machado, e posso dizer que ela ainda merece uma boa resenha sobre ele.

Ficam as dicas.
Boa leitura e um feliz 2009!!!