Sabe cara, quando tu vai pra um show, cara, e nota que o cara tá super feliz, cara, que gostou de rever a cidade, cara, que trouxe um repertório bacana, cara, com uma produção foda, cara...
Aí tu pensa, cara, que gastou R$ 15,00 cara, no fim do mês, cara, já lisa pra cacete, cara, pra ficar em pé, cara, no aperto, cara, vendo um monte de gente que adora dar uma de vip, cara, mas que sabe lá como pagou R$ 250,00 por uma mesa, cara, aí vem a reflexão, cara: esses 'produtores de evento', cara, dessa cidade pequena, cara, sabe que a gente paga mesmo pra ter um pouco de diversão, cara, e fazem um show de rock, cara, de-ro-quê, com mil mesas no salão e cara de acústico, cara, é foda, cara.
*O vocabulário do Dinho do Capital Inicial é baseado na famosa línga do p, só que, pra personalizar, ele substituiu por "cara".
sábado, outubro 27, 2007
quinta-feira, outubro 25, 2007
varadouro (o post)
Varadouro é um caminho aberto na floresta, mas, nesse contexto, o caminho é musical e esse ano a abertura tornou-se maior. Foi aí que eu entrei.
A proposta era integrar as artes e lá estava eu, sem rótulos, com uma câmera na mão e querendo tirar fotos, só isso.
Passei de público a alguém com um crachá amarelo e passe livre para o backstage.
O Festival Varadouro 2007 contou com a participação de 18 bandas (9 da casa e 9 do Brasil afora). Aconteceu numa sexta de chuva (19) e num sábado de calor acreano (20), em um espaço grande e com boa estrutura física.
Tinha música, foto, blusa, CD, botton, grafitagem (ou intervenção), skate e tacacá. Tudo no mesmo lugar.
Limitei minha participação às fotos. Escrever sobre música não é tão fácil quanto parece e prefiri evitar conceitos estrambólicos e avaliações sem propriedade. Volta e meia gente acaba conceituando a banda em um estilo que não tem nada a ver com ela e, no final, a maior influência é a cerveja mesmo.
Dos sons novos que ouvi, os que me fizeram tocar a guitarra imaginária foram da Lord Crossroad e Mr.Jungle. O Quarto das Cinzas tem um som diferente e uma vocalista super performática. Gostei também.
E as bandas da casa, nem se fala...Tem muita gente boa por aqui. Nicles, Marlton, Blush Azul, Mapinguari Blues, Camundogs, Los Porongas...
E, enquanto a outra edição não chega, a cena se fortalece!
A proposta era integrar as artes e lá estava eu, sem rótulos, com uma câmera na mão e querendo tirar fotos, só isso.
Passei de público a alguém com um crachá amarelo e passe livre para o backstage.
O Festival Varadouro 2007 contou com a participação de 18 bandas (9 da casa e 9 do Brasil afora). Aconteceu numa sexta de chuva (19) e num sábado de calor acreano (20), em um espaço grande e com boa estrutura física.
Tinha música, foto, blusa, CD, botton, grafitagem (ou intervenção), skate e tacacá. Tudo no mesmo lugar.
Limitei minha participação às fotos. Escrever sobre música não é tão fácil quanto parece e prefiri evitar conceitos estrambólicos e avaliações sem propriedade. Volta e meia gente acaba conceituando a banda em um estilo que não tem nada a ver com ela e, no final, a maior influência é a cerveja mesmo.
Dos sons novos que ouvi, os que me fizeram tocar a guitarra imaginária foram da Lord Crossroad e Mr.Jungle. O Quarto das Cinzas tem um som diferente e uma vocalista super performática. Gostei também.
E as bandas da casa, nem se fala...Tem muita gente boa por aqui. Nicles, Marlton, Blush Azul, Mapinguari Blues, Camundogs, Los Porongas...
E, enquanto a outra edição não chega, a cena se fortalece!
quarta-feira, outubro 24, 2007
Da série "coisas que só acontecem comigo"
Levar um chute, pratimente um coice, de um bucéfalo que estava no orelhão e ficar com lindo hematoma roxo na canela. Maravilha!
segunda-feira, outubro 22, 2007
estudar é preciso
Tive que tomar medidas drásticas pra poder estudar em casa e fazer a bendita monografia.
Não adiantou.
Mãe chega:
- Ah, pode ir tirando o cavalinho da chuva que eu vou perturbar mesmo...
- Mas mãe...
(sai do quarto)
* Toc toc toc na janela
- Que é mãe?
- hihihihi
(corre)
* Toc toc toc na porta
- Oi, mãe...
- Ah, Dedinha, não gostei disso não...Vamo conversar, vamo?
domingo, outubro 21, 2007
quinta-feira, outubro 18, 2007
fiu fiu
Eu posso não ser simpática sempre, mas procuro ser educada... E uma das coisas que eu ainda faço é responder quando cumprimentam, mesmo com segundas intenções...
-Boa tarde!
- Boa tarde. (séria e com olhar fixo pro chão)
- A gente pode se conhecer melhor?
(andando...)
- Dá só uma olhadinha, por favor!
(se distanciando...)
- Você tá com raiva de quê?
(lá longe...)
Se eu estivesse com tpm, até pararia pra perguntar:
"Ô meu filho, e a gente se conhece daonde? Foi só um 'Boa tarde'. Só-i-ssô!"
Mas é bom alimentar o ego de vez em quando, né?
-Boa tarde!
- Boa tarde. (séria e com olhar fixo pro chão)
- A gente pode se conhecer melhor?
(andando...)
- Dá só uma olhadinha, por favor!
(se distanciando...)
- Você tá com raiva de quê?
(lá longe...)
Se eu estivesse com tpm, até pararia pra perguntar:
"Ô meu filho, e a gente se conhece daonde? Foi só um 'Boa tarde'. Só-i-ssô!"
Mas é bom alimentar o ego de vez em quando, né?
quarta-feira, outubro 17, 2007
do medo
Ando com medo... (nos dois sentidos)
Não apontaram uma arma pra minha cabeça, não me ameaçaram, não roubaram minha bolsa, mas eu ando com medo.
Depois que você passa por uma dessas, a sensação de impotência é tão grande que você se sente alvo o tempo todo.
Só levaram o rosinha, mas parece que ele (o filho da puta de dois posts atrás) vai voltar pra levar o resto das coisas.
Aí eu ando que nem doida, sem dinheiro, sem cartão, sem bolsa grande e rápido. Sempre rápido.
Às vezes o medo é até bom, porque ajuda a previnir, mas essa insegurança acaba interferindo no cotidiano e daqui uns dias eu perco a coragem de voltar pra casa a pé.
E olha que eu tô falando de Rio Branco...
Não apontaram uma arma pra minha cabeça, não me ameaçaram, não roubaram minha bolsa, mas eu ando com medo.
Depois que você passa por uma dessas, a sensação de impotência é tão grande que você se sente alvo o tempo todo.
Só levaram o rosinha, mas parece que ele (o filho da puta de dois posts atrás) vai voltar pra levar o resto das coisas.
Aí eu ando que nem doida, sem dinheiro, sem cartão, sem bolsa grande e rápido. Sempre rápido.
Às vezes o medo é até bom, porque ajuda a previnir, mas essa insegurança acaba interferindo no cotidiano e daqui uns dias eu perco a coragem de voltar pra casa a pé.
E olha que eu tô falando de Rio Branco...
causos de White River
E mais uma:
Ex-presidiário ateia fogo em menina de 11 anos
Francisco Canisio Nascimento Santos, 20, ex-presidiário, na tarde do último domingo na companhia de um comparsa, tentou estuprar uma menina de 11 anos. O crime aconteceu no município de Senador Guiomard a 29 km de Rio Branco e causou revolta à população local.
Segundo informações da polícia, a criança conseguiu escapar das mãos dos acusados, mas não se livrou da tentativa de homicídio praticada por Francisco Canisio, que jogou gasolina no corpo da menina e ateou fogo. A criança coberta de chamas saiu correndo pela rua pedindo por socorro.A brutalidade teria sido testemunhada por várias pes-soas, mas somente duas te-riam contado à polícia por medo dos agressores. Queimada viva a criança agonizava no meio da rua após ter sido brutalmente atacada pelo acusado Francisco Canisio.
Conforme informações da polícia de Senador Guiomard, a vítima foi vista saindo de um matagal aos gritos e Francisco correndo atrás. Apurou-se ainda que o agressor sacou de um frasco, que trazia no bolso, derramou um líquido contido no recipiente sobre a menor e em ato contínuo a incendiou na frente de várias pessoas.
A vítima está no Pronto-Socorro de Rio Branco, onde se encontra internada com 60% do corpo queimado. No final da tarde de segunda-feira, uma equipe da Polícia Militar prendeu Francisco Canisio, que se encontrava embaixo de uma mangueira, localizada à Rua Manoel Julião, nas proximidades de uma escola pública.
Ao avistar os policiais ele tentou fugir, mas foi cercado e preso. Assim que a notícia da prisão do acusado se espalhou na cidade, populares ameaçaram invadir a delegacia para linchá-lo. Ele teve que ser removido para uma cela de segurança com a polícia cercando o local.
Fonte: Jornal A Gazeta
*Será que alguém pode contar essa história direito?
terça-feira, outubro 16, 2007
flanela
Engraçado pensar como algumas coisas passaram de 'vagabundagem' a 'apenas um trabalho' em tão pouco tempo.
De vez em quando eu vou de carro (que não é meu) para o trabalho e deixo-o estacionado no mesmo lugar. Eu sei que quando eu voltar o moço que olha carros estará lá, naquele mesmo cantinho, de boné e me avisando se posso sair. É sempre assim.
O que a gente não se deu conta é que esse passou a ser um serviço prestado, como outro qualquer, e não uma tentativa de proteger seu carro do próprio carinha que se dispôs a 'dar uma olhadinha'. A gente não paga pra ele olhar, e sim pra ele não riscar.
Só que nesse lugar é diferente. O rapaz está lá todos os dias, na mesma hora, e ainda tem carga horária a cumprir. Faz esse serviço há anos, no mesmo espaço e ainda ganhou a confiança do cliente. Há quem deixe a chave do carro com ele. Muitos, até.
Hoje, atrasada pra ir buscar a lombinho, não paguei o serviço. Horas depois, tive que voltar pra resolver um problema no banco.
Fi eu saindo do carro e ele:
"Nem me deu hoje, hein?" (desconsidere o duplo sentido da frase)
"Er...Por isso mesmo que eu voltei!" (desconsidere mesmo, viu?)
"Então faz assim, paga logo metade..."
* Tiro 5o centavos do bolso e pago.
Na volta, quito a dívida.
"Valeu gata...Mas o quê que aconteceu que tu tava sumida, hein? Não vem mais trabalhar não é?"
*E o cara ainda dá conta da minha vida, é mole?
De vez em quando eu vou de carro (que não é meu) para o trabalho e deixo-o estacionado no mesmo lugar. Eu sei que quando eu voltar o moço que olha carros estará lá, naquele mesmo cantinho, de boné e me avisando se posso sair. É sempre assim.
O que a gente não se deu conta é que esse passou a ser um serviço prestado, como outro qualquer, e não uma tentativa de proteger seu carro do próprio carinha que se dispôs a 'dar uma olhadinha'. A gente não paga pra ele olhar, e sim pra ele não riscar.
Só que nesse lugar é diferente. O rapaz está lá todos os dias, na mesma hora, e ainda tem carga horária a cumprir. Faz esse serviço há anos, no mesmo espaço e ainda ganhou a confiança do cliente. Há quem deixe a chave do carro com ele. Muitos, até.
Hoje, atrasada pra ir buscar a lombinho, não paguei o serviço. Horas depois, tive que voltar pra resolver um problema no banco.
Fi eu saindo do carro e ele:
"Nem me deu hoje, hein?" (desconsidere o duplo sentido da frase)
"Er...Por isso mesmo que eu voltei!" (desconsidere mesmo, viu?)
"Então faz assim, paga logo metade..."
* Tiro 5o centavos do bolso e pago.
Na volta, quito a dívida.
"Valeu gata...Mas o quê que aconteceu que tu tava sumida, hein? Não vem mais trabalhar não é?"
*E o cara ainda dá conta da minha vida, é mole?
sábado, outubro 13, 2007
ah, cacete!
Não vou conseguir dormir mesmo...
Não vou porque um filho da puta resolveu escolher justamente o carro do meu namorado pra quebrar o vidro, amassar a porta e roubar só o meu celular que eu tinha esquecido lá dentro.
Eu nunca saio à noite, quando resolvo, dá nisso!
Não sou a primeira nem a última, mas o trabalho que vai dar pra ir à delegacia prestar queixa, ligar pra empresa bloquear o número e ainda ficar sem celular já me deixa suficientemente irritada.
Que seja atropelado por um caminhão e seu corpo fique em pedaços assimétricos e irreconhecíveis!
Que morra de overdose hoje mesmo!
Que leve três tiros: um na cabeça, outro no ombro esquerdo e um no coração, pra não ter perigo...
Que seja pego em um acerto de contas, leve cinco facadas, o corpo seja jogado no rio Acre e seja enterrado como indigente.
Rogo praga mesmo!
E não me venham com má distribuição de renda, problemas sociais e direitos humanos!
É bandido e acabou!
Não vou porque um filho da puta resolveu escolher justamente o carro do meu namorado pra quebrar o vidro, amassar a porta e roubar só o meu celular que eu tinha esquecido lá dentro.
Eu nunca saio à noite, quando resolvo, dá nisso!
Não sou a primeira nem a última, mas o trabalho que vai dar pra ir à delegacia prestar queixa, ligar pra empresa bloquear o número e ainda ficar sem celular já me deixa suficientemente irritada.
Que seja atropelado por um caminhão e seu corpo fique em pedaços assimétricos e irreconhecíveis!
Que morra de overdose hoje mesmo!
Que leve três tiros: um na cabeça, outro no ombro esquerdo e um no coração, pra não ter perigo...
Que seja pego em um acerto de contas, leve cinco facadas, o corpo seja jogado no rio Acre e seja enterrado como indigente.
Rogo praga mesmo!
E não me venham com má distribuição de renda, problemas sociais e direitos humanos!
É bandido e acabou!
quarta-feira, outubro 10, 2007
"A vida é cheia de som e fúria"
Hoje eu tô numa mistura de Michael Douglas em Um dia de Fúria com Matt Dillon em Um dia Perfeito e uma pitada do falecido Francisco Milani, o Saraiva do Zorra Total, com o seu famoso bordão "tolerância zero"
Pelo título dos filmes, essas crises parecem ter duração limitada: "um dia..."
Um dia sem saco, sem paciência, sem provicianismo de cidadezinha do interior, falso moralismo, precipitação, verdades inquestionáveis.
Um dia pra não ouvir perguntas bestas, porque, apesar de falar demais, eu tenho a consciência de que fazer intervenções utilizando o senso comum ou sempre se baseando nas falas dos professores não significa absolutamente nada, além de ser chatíssimo.
Um dia pra ler coisas extremamente irritantes e, mesmo assim, continuar lendo só pra se revoltar com as posições alheias.
E, finalmente, uma dia pra lembrar que o salário tá na conta e sair pra comprar um sapato novo.
Pronto. Passou.
Pelo título dos filmes, essas crises parecem ter duração limitada: "um dia..."
Um dia sem saco, sem paciência, sem provicianismo de cidadezinha do interior, falso moralismo, precipitação, verdades inquestionáveis.
Um dia pra não ouvir perguntas bestas, porque, apesar de falar demais, eu tenho a consciência de que fazer intervenções utilizando o senso comum ou sempre se baseando nas falas dos professores não significa absolutamente nada, além de ser chatíssimo.
Um dia pra ler coisas extremamente irritantes e, mesmo assim, continuar lendo só pra se revoltar com as posições alheias.
E, finalmente, uma dia pra lembrar que o salário tá na conta e sair pra comprar um sapato novo.
Pronto. Passou.
terça-feira, outubro 09, 2007
notas
*Existem umas estratégias de comunicação que não funcionam, mas as pessoas insistem em utilizá-las.
Todo sabádo eu ouço o mesmo comercial na rádio:
"E você que está indo pra balada, antes dê uma passadinha na peixaria do meu amigo Roberto (nome fictício)"
Meus amigos, quem é que em sã consciência encara uma caldeirada de peixe às 23h, no calor insuportável de White River, e depois vai pra balada?
*Esse negócio de ser simpática é a maior furada. A gente reencontra um conhecido, abre aquele sorriso, pergunta como anda a vida, a família e a criatura fica com cara de tacho. Não falo mais também.
* De repente eu virei fotógrafa. Assim, sem mais nem menos. E o termo que mais ouvi ontem foi "produção de conteúdo".
* Um dia eu posto alguma coisa séria. Ou não.
Todo sabádo eu ouço o mesmo comercial na rádio:
"E você que está indo pra balada, antes dê uma passadinha na peixaria do meu amigo Roberto (nome fictício)"
Meus amigos, quem é que em sã consciência encara uma caldeirada de peixe às 23h, no calor insuportável de White River, e depois vai pra balada?
*Esse negócio de ser simpática é a maior furada. A gente reencontra um conhecido, abre aquele sorriso, pergunta como anda a vida, a família e a criatura fica com cara de tacho. Não falo mais também.
* De repente eu virei fotógrafa. Assim, sem mais nem menos. E o termo que mais ouvi ontem foi "produção de conteúdo".
* Um dia eu posto alguma coisa séria. Ou não.
domingo, outubro 07, 2007
reclamações e sugestões aqui
Alguém poderia, por gentileza, dar um jeito na caixa de comentários do blogguer?
*Que cacete!
*Que cacete!
sábado, outubro 06, 2007
sobre crônicas e contos
Toda história tem várias versões. O problema é quando as pessoas esquecem disso e fazem de uma visão a verdade absoluta. Nessa tal profissão que eu espero exercer, ouvir os diversos lados da história é um mandamento.
Então às vezes as pessoas contam histórias a sua maneira, estilo, opinião e fazem disso a história dos outros.
E aí vem outro problema chamado 'coleguismo' e faz com que outras pessoas absorvam aquela informação sem questionamentos. É difícil manter a isenção quando se tem um amigo no meio.
Isso acontece e sempre vai acontecer (no jornalismo ou não).
A forma de interpretação pessoal nunca será a mesma, mas acredito que quando a mensagem é entendida pela maioria da mesma forma, houve comunicação.
Porém, isso é totalmente desconsiderado quando se trata de um amigo. Uma falha humana que complica tudo.
É como se numa sala de 168 alunos, o professor explicasse uma matéria, mas 16 entendessem de outra forma. Esses 16 são meus amigos, portanto, estão certos. Os 152 restantes não passam de 'ignorantes' alienados.
E assim cria-se um juízo de valor.
Isso é o que mais me assusta.
Criar opiniões baseadas em fatos não vistos, só porque existe uma relação próxima com o outro. Facilitar caminhos só porque existe uma relação próxima com outro.Fazer favores e passar por cima de outros, só porque existe uma relação próxima com outro.
E tudo o que se pode questinoar sobre ética começa a morrer aí mesmo, sem nem ao menos percerbemos.
E o que motivou a polêmica perde a autenticidade, afinal, torna-se também uma relação de interesses.
Acontece comigo e com você. Sempre.
Então às vezes as pessoas contam histórias a sua maneira, estilo, opinião e fazem disso a história dos outros.
E aí vem outro problema chamado 'coleguismo' e faz com que outras pessoas absorvam aquela informação sem questionamentos. É difícil manter a isenção quando se tem um amigo no meio.
Isso acontece e sempre vai acontecer (no jornalismo ou não).
A forma de interpretação pessoal nunca será a mesma, mas acredito que quando a mensagem é entendida pela maioria da mesma forma, houve comunicação.
Porém, isso é totalmente desconsiderado quando se trata de um amigo. Uma falha humana que complica tudo.
É como se numa sala de 168 alunos, o professor explicasse uma matéria, mas 16 entendessem de outra forma. Esses 16 são meus amigos, portanto, estão certos. Os 152 restantes não passam de 'ignorantes' alienados.
E assim cria-se um juízo de valor.
Isso é o que mais me assusta.
Criar opiniões baseadas em fatos não vistos, só porque existe uma relação próxima com o outro. Facilitar caminhos só porque existe uma relação próxima com outro.Fazer favores e passar por cima de outros, só porque existe uma relação próxima com outro.
E tudo o que se pode questinoar sobre ética começa a morrer aí mesmo, sem nem ao menos percerbemos.
E o que motivou a polêmica perde a autenticidade, afinal, torna-se também uma relação de interesses.
Acontece comigo e com você. Sempre.
quarta-feira, outubro 03, 2007
o golpe
Pra quem não sabe, eu trabalho numa empresa de telefonia.
O que eu faço, ao contrário do que muitos pensam, é ler os jornais e sites a procura do nome da empresa. Eu até poderia poderia falar o nome dessa empresa, pra não ficar repetindo 'empresa', mas isso se transformaria em clipping, geraria uma fonte de pesquisa no google, alguém que gostasse muito de mostrar serviço iria encontrar esse texto, descobrir minha real insatisfação, comunicar ao setor de relações com a mídia da matriz, que entraria em contato com o meu chefe, em outra filial, que entraria em contato com o RH e eu seria demitida. E, como eu ainda tenho quatro meses de estágio, prefiro ficar.
Como o meu setor é pequeno e eu sou sem moral, divido a sala com o jurídio, outro setor coitadinho que não tem sala própria e só tem uma estágiária, que é minha amiga. Tudo no lado dela é mais bonito. Ela tem escaner, um computador melhor, um telefone sem fio, fax, impressora e mais trabalho :D
As pessoas até falam mal nos jornais, mas o número de processos é bem maior.
Então de vez em quando vem alguém instisfeito, nevorsinho ou desesperado conversar com a minha amiga estagiária da mesa ao lado.
Os casos são sempre os mesmos: furto, clonagem, cobrança indevida...Mas hoje o caso era de vida ou morte.
A mulher não parava de repetir: "Meu marido vai me matar, meu Deus!"
Também pudera, ela foi mais uma vítima do golpe do celular. Alguém liga (a cobrar), dizendo que é da empresa (sim, a 'empresa' que eu trabalho) e que a pessoa foi sorteada em uma promoção e ganhou vários prêmios, mas, para desfrutar de todas as maravilhas, a criatura teria que comprar cartões de celulares pré-pagos das empresas concorrentes e passar o código por telefone.
Eu tento, de verdade, acreditar que o poder de persuação ultrapassa a sanidade.
Tento compreender que a 'inocência' faz com que pessoas caiam nesse papo.
E tento, tento mesmo, aceitar que a vontade de ganhar qualquer coisa nessa vida é tão grande que os pobrezinhos se rendem a tal golpe sem pensar muito antes.
Mas quando alguém chega aqui dizendo que atendeu a chamada a cobrar, viu pelo bina que o número era de um celular de Fortaleza, passa uma hora e meia nessa ligação e ainda gasta duzentos reais em créditos para celulares de outra operadora, aí até eu tenho vontade matar!
O que eu faço, ao contrário do que muitos pensam, é ler os jornais e sites a procura do nome da empresa. Eu até poderia poderia falar o nome dessa empresa, pra não ficar repetindo 'empresa', mas isso se transformaria em clipping, geraria uma fonte de pesquisa no google, alguém que gostasse muito de mostrar serviço iria encontrar esse texto, descobrir minha real insatisfação, comunicar ao setor de relações com a mídia da matriz, que entraria em contato com o meu chefe, em outra filial, que entraria em contato com o RH e eu seria demitida. E, como eu ainda tenho quatro meses de estágio, prefiro ficar.
Como o meu setor é pequeno e eu sou sem moral, divido a sala com o jurídio, outro setor coitadinho que não tem sala própria e só tem uma estágiária, que é minha amiga. Tudo no lado dela é mais bonito. Ela tem escaner, um computador melhor, um telefone sem fio, fax, impressora e mais trabalho :D
As pessoas até falam mal nos jornais, mas o número de processos é bem maior.
Então de vez em quando vem alguém instisfeito, nevorsinho ou desesperado conversar com a minha amiga estagiária da mesa ao lado.
Os casos são sempre os mesmos: furto, clonagem, cobrança indevida...Mas hoje o caso era de vida ou morte.
A mulher não parava de repetir: "Meu marido vai me matar, meu Deus!"
Também pudera, ela foi mais uma vítima do golpe do celular. Alguém liga (a cobrar), dizendo que é da empresa (sim, a 'empresa' que eu trabalho) e que a pessoa foi sorteada em uma promoção e ganhou vários prêmios, mas, para desfrutar de todas as maravilhas, a criatura teria que comprar cartões de celulares pré-pagos das empresas concorrentes e passar o código por telefone.
Eu tento, de verdade, acreditar que o poder de persuação ultrapassa a sanidade.
Tento compreender que a 'inocência' faz com que pessoas caiam nesse papo.
E tento, tento mesmo, aceitar que a vontade de ganhar qualquer coisa nessa vida é tão grande que os pobrezinhos se rendem a tal golpe sem pensar muito antes.
Mas quando alguém chega aqui dizendo que atendeu a chamada a cobrar, viu pelo bina que o número era de um celular de Fortaleza, passa uma hora e meia nessa ligação e ainda gasta duzentos reais em créditos para celulares de outra operadora, aí até eu tenho vontade matar!
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